quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Fonte do Bom Sucesso. (Porto)

Fonte do Bom Sucesso em finais dos anos 50 do séc. XX
Já aqui abordamos em tempos, a Casa e Capela da Quinta do Bom Sucesso erguidas em 1748, por António de Almeida Saraiva, um abastado mercador do Largo de S. Domingos, para lhe servir como casa de férias, afastada da cidade.
Abordemos agora o pormenor da fonte de alvenaria de granito que integrava na altura o conjunto.
António de Almeida Saraiva mandou edificar o conjunto perto da ermida de N. Sra. do Bom Sucesso, já lá existente, que mandou entretanto mandou restaurar. 
FONTE DO BOM SUCESSO - PORMENOR
A casa estava inserida numa enorme quinta que ia de Agro Monte, pela viela do Friage (actual Rua Arquitecto Marques da Silva e que foi da Friagem) até ao Campo Alegre. Ao lado da ermida, construiu uma fonte onde numa lápide poderia ler:
“Foi mandada construir no ano de 1748, por António de Almeida Saraiva, Senhor da Quinta do mesmo nome, cuja água se prontificava a fornecer quando e na quantidade que muito bem lhe parecesse. É toda de pedra trabalhada e, em plano alto, ostenta uma pequena imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso resguardada num nicho com grade de ferro e, sob este, um golfinho a lançar água para uma taça conchada de granito.”
 Pormenor da fonte, com as habituais aguadeiras e um transeunte  
Quinta do Bom Sucesso (Casa, Capela e Fonte) Frederick William Flower, 1849-1859.
A Fonte do Bom Sucesso ainda existe. Pelo que nos foi dado a conhecer, encontra-se actualmente numa quinta que pertenceu à família Rocha Ferreira, na freguesia de Martim em Barcelos, local onde foi recolhida junto com mais algum património escultórico que a Quinta do Bom Sucesso possuía.  

Imagens:
- AMP
Frederick William Flower

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Clube de Cadouços. (Porto)

Já neste blogue abordamos em tempos a «antiga Estação de Cadouços» assim sendo tratemos agora do «Restaurante de Cadouços» ou «Clube de Cadouços».
Neste local, antes de a Câmara Municipal do Porto ter aprovado o projecto para o respectivo Largo de Cadouços, o que sucedeu em 09 de Agosto de 1866, era montado um circo na época balnear. Em 29 de Agosto de 1869,  foi por sua vez inaugurada uma praça de touros, que durou cerca de 2 anos.
Restaurante de Cadouços em finais de 1800
O Clube de Cadouços, por sua vez, seria inaugurado em 1881. Destinado para uma elite da população, pagava-se uma jóia de 1$000 reis e 6$000 reis por ano. A partir de 1884 o clube formou uma orquestra amadora composta por sócios.
Programa do Casino de Cadouços
Aspecto da Praça de Cadouços, já ajardinada, em finais do séc. XIX
Cadouços, BPI
Estação de Cadouços - 1874-1878

Imagens:
- AHMP
- JN

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Joshua Benoliel. (1873-1932)

Joshua Benoliel. (1873-1932) 

Joshua Benoliel nasceu em Lisboa, em 13 de Janeiro de 1873 e viria a falecer também em Lisboa, em 03 de Fevereiro de 1932. Era Judeu, descendente de uma família hebraica que se instalara em GibraltarFoi um fotógrafo e jornalista, considerado como um pioneiro da reportagem fotográfica em Portugal. Fez a cobertura jornalística dos grandes acontecimentos da sua época, acompanhando os reis D. Carlos e D. Manuel II nas suas viagens ao estrangeiro, assim como a Revolução de 1910, as revoltas monárquicas durante a Primeira República, assim como exército português que combateu na Flandres durante a Primeira Guerra Mundial. As suas fotografias caracterizam-se pelo intimismo e humanismo com que abordava os temas.
Embora se tenha vinculado, ao longo da sua carreira, principalmente às publicações da Empresa de "O Século", colaborou em muitos outros periódicos, tanto no âmbito nacional como no internacional. A sua produção representa um privilegiado testemunho histórico, pois acompanha a fase de transição entre a Monarquia e a República, retratando muitas das personalidades de um e do outro regime, mas sem nunca deixar de captar instantâneos da população, em que se destaca o cariz humanista que soube imprimir às cenas.
Chafariz do Rato em 1907 - Joshua Benoliel
Procissão do Corpo de Deus a sair da Sé 
Local: Largo da Sé, Lisboa

Data: 21.06.1908

Ref.ª Arquivo Municipal de Lisboa: PT/AMLSB/JBN/000050
Relativamente ao histórico dos documentos fotográficos desta série, os seus primórdios estão assentes exclusivamente em depoimentos orais esparsos, mas que, em síntese, informam terem sido incorporados no Serviço de Fotografia do Jornal "O Século" mediante compra efectuada ao filho do fotógrafo, Judah Benoliel, dentro de uma campanha mais vasta de vendas que ele fez de parcelas da produção paterna, em datas que não se conseguem precisar. A favor do acerto destas afirmações está o hábito que se sabe notório, de os antigos fotógrafos, mesmo que estivessem ao serviço de terceiros, acumularem consigo as respectivas matrizes, a par de se constatar que a produção de Joshua Benoliel se encontra hoje realmente dispersa por várias instituições e inclusive, no caso daquilo que existe na Torre do Tombo, por mais de um fundo.
Teatro da Trindade entre 1909 e 1911 - Joshua Benoliel
Joshua Benoliel (esquerda da imagem) junto ao carro que o conduz ao Gerês em reportagem ao serviço de "O Século" e a "Ilustração Portuguesa".
in: Fotobiografias do Século XX - Direcção de Joaquim Vieira, Editora: Circulo de Leitores
Somente a partir de 1987 é possível encontrar bases mais sólidas para a história da série, graças a uma sequência de ofícios e de outros registos que comprovam a presença física deste extenso conjunto constituído exclusivamente por negativos, proveniente das instalações da extinta EPJS, na Direcção-Geral da Comunicação Social, então subordinada à Presidência do Conselho de Ministros. Esta documentação acompanhou, por sua vez, a incorporação de todo o acervo fotográfico da EPJS no Centro Português de Fotografia . CPF (criado em 1997), que ficou sob a guarda de um seu arquivo dependente, o Arquivo de Fotografia de Lisboa - AFL, até à extinção deste, em 2007, e a imediata passagem do seu inteiro património à responsabilidade do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

Fontes:
- Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Lisboa
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Imagens:
- Joshua Benoliel

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Domingos Alvão. (1872-1946)

Domingos Alvão. (1872-1946)
Domingos do Espírito Santo Alvão foi um dos maiores fotógrafos portugueses do século XX. Nasceu em 1869, no Campo da Regeneração (actual Praça da República), no seio de uma família da nova burguesia. Seus pais eram Francisco Júlio Alvão, de Vila Real, barbeiro, e mais tarde funcionário das finanças; e Corina de Jesus Alvão, natural de Santo Ildefonso, da cidade do Porto. O seu padrinho foi o comendador Domingos José Ramos de Faria, do qual herdou o primeiro nome. Era casado com Virgínia de Jesus Ribeiro.
Domingos Alvão cedo demonstrou interesse pela fotografia. Conheceu Emílio Biel de quem se tornou aprendiz e, depois de um breve estágio em Madrid, entrou como operador para o estabelecimento do capitalista Leopoldo Cyrne na rua de Santa Catarina. Na mesma rua, dirige a Escola Practica de Photographia do Photo-Velo Club. É em 1901/3 que o Photo-Velo Club muda de nome para Fotografia Alvão. 
Esquina das Ruas Santa Catarina e Passos Manuel em 1913
É perceptível a Casa Alvão
O mesmo local, num outro cliché da Casa Alvão
Rua Passos Manuel, num cliché obtido no cruzamento com a Rua de Santa Catarina
Este cliché data provavelmente dos anos 20, desconhecemos o autor
Photographia Alvão
Fotografia Alvão
Em 1901 participa na Exposição Internacional de Leipzig, e em 1907 recebe o Diploma de Mérito no Concurso Mundial de Fotografia Artística e Científica em Turim, Itália, o qual tinha o patrocínio da Princesa Maria Letícia de Sabóia. 
O primeiro comboio chega à estação de São Bento, no Porto em 1896
Fotografia de Alvão
Além de ter sido o fotógrafo oficial das grandes empresas e instituições e do próprio Estado, a sua obra foi vastamente editada em diversas publicações da época como a Ilustração Portugueza ou a Gazeta das Aldeias. De todo um vasto trabalho tem destaque especial a obra Portugal, editada em 1934. No ano seguinte, recebeu a comenda de Cavaleiro da Ordem Militar de Cristo.
Um dos últimos trabalhos da Casa Alvão para o Governo do Estado Novo foi aquando da Exposição do Mundo Português, em 1940, em Lisboa. Entretanto divorciado, Domingos Alvão era casado em segundas núpcias com Virgínia de Jesus Ribeiro, de Amarante, a qual veio a falecer em 1943. Quando adoece de cancro no pulmão Domingos Alvão encontra-se a viver com as filhas na Areosa, na estrada da Circunvalação. Morre a 20 de Novembro de 1946, e é sepultado no cemitério da Lapa, mas a Casa Alvão ainda se mantém a funcionar no mesmo local. 

Imagens:
- Domingos Alvão
- Autor desconhecido
Fontes:
United Photo Press.
- Centro Português de Fotografia

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Frederick William Flower. (1815-1889)

Frederick William Flower nasceu em Leith, na Escócia em 1815. Em 1834, com apenas 19 anos viaja para o Porto para trabalhar na firma de vinho do Porto "Smith Woodhouse & Company".
Frederick William Flower. (1815-1889)

"O fotógrafo amador medindo o tempo de pose perto de Águas Férreas, Porto"
auto-retrato de Frederick William Flower 
A extinta Ponte Pênsil. Prova actual em papel salgado a partir dum calótipo de Frederick William Flower
Frederick William Flower é tido como um dos pioneiros da fotografia em Portugal, nomeadamente das cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia. O seu interesse por fotografia remonta a 1849, quando em Portugal despontava toda uma geração de pintores, escultores e arquitectos românticos. Entre 1849 e 1859, foi um dos pioneiros da fotografia portuguesa e, durante mais de um século, os seus descendentes directos asseguraram a memória e a conservação do seu precioso espólio.
A rua da Ponte Nova, cerca de 1850. 
Calótipo de Frederick William Flower, publicado na revista «O Tripeiro», Série VI, ano IV
Capela do Bom Sucesso por Frederick William Flower 1849-1850
Convento da Serra do Pilar. Calótipo de Frederick William Flower - 1849-1859
Utilizava a técnica do calótipo (ou processo de Fox Talbot), e colódio húmido. Teria começado a fotografar com a técnica inglesa talvez pelo facto de ser amigo do comerciante e artista (e também fotógrafo amador) Joseph James Forrester. 
Uma Família Inglesa - Uma menção honrosa aos formidáveis calótipos de Frederick William Flower
É entre 1853 e 1858 que Frederick William Flower faz a maioria dos seus calótipos. Frederick William Flower viria a falecer no Porto em 1889.
Vista parcial da cidade do Porto em 1849. Frederick William Flower
Ponte D. Maria II. Frederick William Flower
 Largo de S. Gonçalo em Amarante. Frederick William Flower c. 1850

Fontes:
Centro Português de Fotografia
- BMP

Imagens:

Frederick William Flower

Aurélio da Paz dos Reis. (1862-1931)

Aurélio da Paz dos Reis (1862-1931)
Aurélio da Paz dos Reis nasceu a 28 de Julho de 1862. Era filho de Miguel da Paz dos Reis, negociante, e Carolina Rosa dos Santos, modista de renome na alta sociedade portuense. Moravam na Praça D. Pedro, no Porto, lugar onde, em 1893, Aurélio da Paz dos Reis vai estabelecer o seu negócio de horticultura e floricultura "Flora Portuense", o primeiro do género, em Portugal. A "Flora Portuense" situava-se onde actualmente encontramos a confeitaria "Ateneia".
Aurélio da Paz dos Reis era floricultor e no seu palacete na Rua de Nova Sintra, no n.º 125 criava as suas flores no jardim. 
Filhos de Aurélio da Paz dos Reis, (Hilda Ophélia no centro) fotografados pelo pai, junto à fonte do jardim de S. Lázaro, c.1900
Aurélio da Paz dos Reis com a sua família, esposa e filhos, na residência da mesma, que se localizava na rua Barão de Nova Sintra, no Porto
Aurélio da Paz dos Reis
Aurélio da Paz dos Reis
Aurélio frequentou o liceu embora nunca o tenha chegado a acabar. Casa-se com Palmira Cândida de Souza Guimarães, filha do Visconde de Corim, no verão de 1886. Têm quatro filhos, Homero Áureo (1887), Horácio Fortunato (1888), Hugo Virgílio (1891) e Hilda Ophélia (1898), dos quais apenas Hugo sobreviverá. 
 O vapor "Veloz" na barra do Douro - Aurélio da Paz dos Reis 
Aurélio da Paz dos Reis foi um comerciante na sua cidade natal, revolucionário republicano, mação convicto, é considerado o pioneiro do cinema em Portugal visto ter sido o primeiro português que produziu e realizou um filme no seu país, A Saída do Pessoal Operário da Fábrica Confiança, que é uma réplica do primeiro da história do cinema, rodado em França pelos irmãos Lumière, em (1894 - 1895) La Sortie de l'usine Lumière à Lyon. O chamado Kinematógrafo Português termo usado por Paz dos Reis para referir o cinematógrafo inventado pela família Lumière – foi apresentado em sessão pública no Porto, junto com outros onze «quadros», sete nacionais e onze estrangeiros, no Teatro do Príncipe Real, mais tarde chamado Teatro Sá da Bandeira, no dia 12 de Novembro de 1896. Eram filmes com a duração de cerca de um minuto.
Vista parcial da praça de D. Pedro com os Paços do Concelho em demolição em 1916 
Aurélio da Paz dos Reis (1862-1931). CPF - DGARQ - APR3570
Hilda Ophélia
Hilda Ophélia Paz dos Reis, era filha de Aurélio. Aurélio tinha o hábito de enviar postais fotográficos aos clientes e amigos, a desejar Boas Festas, com a imagem da filha de quem muito gostava e que faleceu muito nova, em 1919, vítima da gripe pneumónica.
Gigantografia exposta no Centro Português de Fotografia
Hilda - Boas Festas e Feliz Anno - 1907
Em nome da minha família, com muito respeito e affecto, desejo a V.a Ex.a um Novo Anno alegre e feliz
Hilda Paz dos Reis. Janeiro - 1908
Correio de Boas-Festas de Hilda Paz dos Reis. Anno feliz - 1910
Correio de Boas Festas de Hilda Paz dos Reis - Anno Feliz - 1910. Cliché de Aurélio da Paz dos Reis, obtido na antiga Praça de D. Pedro, c.1909
Correio de Boas-Festas de Hilda Paz dos Reis. Anno feliz - 1910 (outro cliché)
Aurélio com a filha, Hilda, ao colo
Aurélio da Paz dos Reis foi vereador e presidente substituto da Câmara Municipal do Porto, e participou em numerosas colectividades culturais e de beneficência, salientando-se a colaboração no Ateneu, no Orfeão Portuense, no Asilo de S. João, no Clube dos Fenianos e criou o Conservatório de Música.
Em 1929, interrompeu as investigações de tipos de flores na Rua de Nova Sintra, pois foi perdendo o entusiasmo. Passados dois anos, Aurélio é vítima de congestão cerebral e faleceu a 18 de Setembro de 1931.


Imagens: 
- Aurélio da Paz dos Reis
Fontes:
- Centro Português de Fotografia
- AMP

Emílio Biel. (1838-1915)

Emílio Biel  (1838-1915)

Karl Emil Biel, que após a sua vinda para Portugal passou a usar o nome de Carlos Emílio Biel, nasceu na Alemanha a 18 de Setembro de 1838 e foi um negociante, editor e fotógrafo, considerado um dos precursores da fotografia em Portugal. Após uma passagem por Lisboa estabeleceu-se no Porto em 1860, com apenas 22 anos, onde se dedicou ao comércio e à edição de livros, sendo considerado um dos introdutores da fototipia em Portugal. Como editor, publicou uma edição de Os Lusíadas, considerada uma raridade nos dias de hoje, e importantes obras sobre fotografia portuguesa. Possuía a representação no nosso país de firmas como Coats & Clark, Benz, entre outras. Entre 1862 e 1864 teve uma casa de venda de botões na Rua da Alegria. Em 1874 comprou a Casa Fritz, que passaria a ser conhecida por Casa Biel na Rua do Almada. 
PHOTOGRAPHIA DA CAZA REAL - EMÍLIO BIEL & Cª
Uma casa comercial dedicada à fotografia, iniciando, assim, a sua carreira no mundo da fotografia. Mais tarde, a "E. Biel & Cia" passou para o Palácio do Conde do Bolhão, no n.º 342 da Rua Formosa.
Emílio Biel (além do que realizava no estúdio) dedicou-se também à fotografia paisagística e de grandes obras de engenharia. Em 1885 iniciou o levantamento documental e fotográfico da construção do caminho-de-ferro em Portugal assim como do Porto de Leixões em Matosinhos entre 1884 e 1892. 
Foi também photografo da Caza Real, na época do rei D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, também de nacionalidade alemã.
Exemplo do trabalho de Emílio Biel: 
Ponte Maria Pia em fase de construção (27 Agosto de 1877)
Paisagem no choupal, Coimbra em 1903 - Cliché de Emílio Biel
À época em que o Bilhete Postal Ilustrado (BPI) iniciou no nosso país a sua idade de ouro, Emílio Biel dispunha assim já de uma elevada sensibilidade artística, à qual se associavam todos os recursos técnicos necessários para lhe permitir converter-se num dos nossos principais editores (tendo produzido cerca de 500 BPI, dos quais pelo menos cerca de metade dizem respeito à cidade do Porto).
Quando começou a Primeira Guerra Mundial, pouco antes de falecer, Emílio Biel  viu todos os seus bens serem confiscados devido à sua origem alemã...

Fontes:
- bav CMP
Emílio Biel. Pró-Associação Portuguesa de Cartofilia. 
- BMP