quinta-feira, 19 de junho de 2014

Solar de Lamas - Quinta de Lamas. (Paranhos/Porto)

Também conhecida por Casa de Canavarros, Casa das Viscondessas de Lamas e Casa das Viscondessas de Roriz. 
Não é ainda «Monumento Desaparecido» mas, tal como muitos itens aqui abordados, um forte candidato ao título, até porque não dispõe de qualquer protecção legal, pelo que apuramos.
Solar de Lamas c. 2014. Clichés de Alexandre Silva
 Entrada principal, pela Rua Dr. Manuel Pereira da Silva, zona quase engolida pelo polo universitário
Solar de Lamas c. 1934 in AHMP
A propriedade do Solar de Lamas é uma quinta setecentista erguida numa zona rural dos arredores da cidade do Porto, na freguesia de Paranhos, hoje naturalmente integrada pelo desenvolvimento da cidade, embora não se tenha perdido por completo a noção do enquadramento original, entre casario modesto e terrenos murados. O acesso ao terreiro da casa faz-se através de um portal em arco abatido encimado por um frontão recto interrompido, que apresenta ao centro o brasão, esquartelado, dos primeiros proprietários, enquadrado por duas volutas algo desmesuradas.
 Solar de Lamas - Vista aérea 
O urbanismo envolvente não cessa, neste local predominantemente rural, num passado ainda recente
A casa nobre desenvolve-se em U, com uma longa fachada central, a oeste, entre dois corpos mais avançados, com dois pisos, fazendo-se o acesso ao andar nobre por uma escadaria de aparato com dois lanços ao longo da parede, cujo vão forma um corpo avançado onde se rasga, no piso térreo, um portal de entrada para as lojas. A escadaria está revestida com azulejos azuis e brancos modernos, idênticos aos que correm a fachada em rodapé. 
Solar de Lamas - Pormenor
Solar de Lamas - Pormenor in Google Earth
Num dos corpos laterais está a capela da quinta, com um portal decorado por um singelo enrolamento de volutas sobre o lintel, encimado por janelão cujo frontão, em arco abatido, se ergue um pouco acima do friso sobre o qual se desenvolve o frontão. Este é triangular, embora abatido, e possui uma alta cruz ao centro, e dois fogaréus nas extremidades. A casa inclui ainda anexos agrícolas, jardim e terreno de cultivo, estando o conjunto muito degradado.
Solar de Lamas - Pormenor in Google Earth

 Portal em arco abatido encimado por um frontão recto interrompido, que apresenta ao centro o brasão
Zona rural de Paranhos, abrangendo o Bairro Social da Fábrica da Areosa (Nordeste), voltado à Estrada da Circunvalação e a Quinta das Lamas (dos Viscondes de Roriz) 1939-40 in AHMP

Imagens:
- Alexandre Silva
- Virtual Earth
- AHMP
Fonte:
- IGESPAR

terça-feira, 17 de junho de 2014

Cruzeiro do Senhor da Saúde. (Braga)

Oratório do Senhor da Saúde.  BPI de cerca de 1910
Este cruzeiro datava de princípios do século XVI e foi mandado erguer pelo Arcebispo D. Diogo de Sousa que o mandou colocar junto à Sé Primaz. 
Posteriormente o cruzeiro foi transferido para junto do recinto onde se situava, o hospital da Devesa, erigido por D. Frei Bartolomeu dos Mártires, no local onde se situa hoje o parque da Ponte. 
Em 1625, por ordem do Arcebispo D. Afonso Furtado de Mendonça, foi transferido para o Largo das Carvalheiras, junto da demolida Capela de S. Miguel-o-Anjo. 
Após esta última mudança, foi deslocado um pouco para Sul desse largo, ficando localizado junto a onde hoje se ergue a Escola Primária da Sé.
Foi-lhe acrescentado uma cobertura metálica que assentava sobre quatro colunas graníticas em estilo renascença as quais eram vedadas com grades de ferro.
Em 1912, devido ao forte sentimento anti-clerical, impulsionado por um regime Republicano, que tentava apagar o papel da Igreja na sociedade, alguém apedrejou o cruzeiro, durante a noite, danificando-o.
Após este atentado, o Oratório do Senhor da Saúde foi desmantelado e transferido, em 1914, para o Parque da Ponte. 
O bando de carbonários que, levados pelo sentimento doentio de ódio e opositor à Igreja imposto pela 1.ª República, apedrejaram este e outros cruzeiros na cidade de Braga, como o cruzeiro do Senhor da Saúde, o cruzeiro da Cruz de Pedra, o cruzeiro alpendrado de Infias e ainda o cruzeiro de S.Lázaro (neste último monumento, os vândalos, quebraram os braços e as pernas da imagem de Cristo, que mais tarde seriam consertados) tiveram um fim apropriado, pois um deles morreu sem pernas e sem braços, que lhe foram amputados devido a uma grave doença e o outro morreu sem pernas depois de um comboio lhe ter passado por cima no ramal de Braga. 

Imagem:
- BPI (digitalização)
Fonte:
- CMB

Ponte de Cabaços. (Reriz/Castro Daire)

Reriz é uma freguesia do Concelho de Castro Daire, no Distrito de Viseu. Sobre as águas do Rio Paiva, que por ali passa, existem algumas pontes. Uma delas, é o que resta, da Ponte de Cabaços.
Construída em alvenaria de granito, de tabuleiro horizontal, apoiado em arcos e com um perfil medieval idêntico a muitas outras do género, como a ponte medieval de Canaveses, ou a ponte de Cavez, a ponte da Cabaços, foi definitivamente destruída por uma cheia, em meados dos anos 60 do séc XX.

Imagem:
- Autor desconhecido

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Livraria Lopes da Silva. (Porto)

Situava-se na Rua Chã, mais exactamente nos números 101-103 e como muitas outras livrarias de rua, tombou perante as alterações de mercado que este sector passou a sofrer. As instalações, bem como os andares superiores, encontram-se nesta data, para venda.

Imagem:
- Alexandre Silva

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Bairro de lata no Morro do Seminário. (Porto)

Vista dos diversos casebres, barracas feitas de madeiras velhas, que existiram na encosta do Morro do Seminário, perto do actual Colégio Salesiano, também denominado Colégio dos Órfãos do Porto. 
O conjunto de clichés data de 1947.
Clique nas imagens para as ampliar
 Casebres
 Vista parcial da Ponte Maria Pia, em segundo plano da imagem


 Vista parcial do antigo Seminário, em segundo plano da imagem

Imagens:
- In Arquivo Municipal do Porto

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Seminário do Porto.

Ruínas do Seminário Maior do Porto, visto da Ponte Maria Pia
O antigo Seminário do Porto, situado no Alto do Monte do Prado, foi fundado em 1803 e abandonado dois anos depois. 
Completamente em ruínas, este edifício seria o destino do Real Colégio de Nossa Senhora da Graça dos Meninos Órfãos da cidade do Porto, após esta instituição instituição, fundada por Alvará Régio de D. João IV, datado de 30 de Janeiro de 1650, ter passado por outros locais da cidade.
A planta da nova obra foi apresentada a 30 de Novembro de 1899 e o projecto aprovado a 13 de Setembro de 1900. Apesar de algumas vozes discordantes, as obras tomaram o seu curso normal e no dia 17 de Setembro de 1903 os órfãos já estavam instalados na nova casa, no Monte do Prado. A igreja foi benzida a 31 de Agosto de 1906 e inaugurada a 28 de Outubro do mesmo ano com uma festa dedicada a Nossa Senhora da Graça.
Túneis do comboio através do Morro do Seminário. O túnel maior é a ligação a S. Bento, que recebeu o primeiro comboio em 1896. Cliché circa 1900
Ponte Maria Pia e Seminário Maior do Porto

Imagens:
- Phot.ª Guedes
Bibliografia:
-UP

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Café Chalet do Palácio. (Porto)

Café Chalet 
Situava-se nos terrenos do demolido Palácio de Cristal, mais exactamente no final da Avenida das Tílias. 
Tinha o aspecto que podemos visualizar na imagem e contava já com uma esplanada, sendo muito frequentado por quem acedia a este local. 
Em 1894 iria tornar-se a sede do Real Velo Clube do Porto que tinha o velódromo (velódromo Maria Amélia) na cerca do Palácio dos Carrancas (Museu Soares dos Reis).

Chafariz do Mercado do Anjo. (Porto)

Em 2009 elaboramos aqui, uma publicação sobre o extinto Mercado do Anjo do Porto. Nesta publicação, abordaremos um item em particular, que integrava o mercado.
Chafariz do Mercado do Anjo, 1908
O Mercado do Anjo, tinha no seu interior um chafariz de serventia dos ocupantes que foi mudando de lugar. O chafariz original era muito simples e data da época da abertura do mercado, por volta de 1839. 
O chafariz era um ponto de encontro de muitas pessoas, principalmente mulheres e crianças a ele se dirigiam com os seus cântaros canecos e regadores para se abastecerem da água que poderia ser usada pelas vendedeiras, para que os produtos que vendiam se mantivessem frescos.
O chafariz tinha um gradeamento que circundava o tanque, exercendo protecção contra todas as porcarias que, segundo os jornais da época, era frequente as pessoas tentarem lançar lá para dentro. O chafariz seria destruído, do mesmo apenas restando algumas fotografias.