segunda-feira, 19 de outubro de 2009

As antigas Termas de Caldas de Aregos.

Vista geral - «CALDAS D`ARÊGOS»
CALDAS DE AREGOS - A antiga Vila. BPI - Ed. da Santa Casa da Misericórdia de Resende
«CALDAS D`AREGOS» - Vista geral do Balneário e Hotel
A primeira referência às águas de Aregos vem da Idade Média. Em 21 de Maio de 1102, duas irmãs (Ausenda e Simeona) doavam ao Mosteiro de Alpendurada, duas terras em Aregos, «ao pé das águas cálidas, junto do Douro, no monte Gerôncio».
Pouco depois, a rainha D. Mafalda, criou aqui uma albergaria para cura de «lázaros e gafos (=leprosos)», construiu a capela de S. Maria Madalena, e instituiu barca de passagem no rio, para serviço das Caldas. Ainda hoje existe no lugar, uma fonte que chamam «da Albergaria». Sabe-se que, em 1758, tal albergaria ainda estava de pé, embora bastante abandonada.
A estância termal tornou-se propriedade da Companhia das Águas de Aregos, por alvará de 16 de Junho de 1923.
«Caldas de Arêgos» - Balneário e Hotel do Parque
Caldas de Aregos - Antigo balneário demolido em finais dos anos 80



Nas décadas seguintes, com o comboio, (1879) e a estrada (1929) e também com a construção de novos hotéis o do novo balneário, em 1946, as termas atingiram o seu maior desenvolvimento, chegando a ter para cima de 2 mil banhistas inscritos para tratamentos, só na época estival (de Junho a Outubro).
«Caldas de Arêgos» - Entrada das Termas
As Termas tal como o eram em 1954. Nesta altura ainda longe da construção da Barragem do Carrapatelo, havia uma boa distancia entre o edifício e o Rio Douro, esse local era ocupado por jardins e campos...
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Caldas de Aregos - Termas
Entretanto, as cheias do Douro em 1962 e em 1966, a construção da Barragem de Carrapatelo, que fechou as comportas em Fevereiro de 1971 e fez subir o nível das águas do rio, e um aluimento de terras vindo de Atião para baixo que entulhou o ribeiro da Cesta ao cimo da Avenida das Tílias, inundaram os balneários e encheram tudo de água e lodo.
Caldas de Aregos - Cheias em 1962
Caldas de Aregos - Cheias em 1962, vendo-se o Hotel Costa
  Cheias em 1962
Em baixo, temos duas fotografias do Balneário já parcialmente submerso no Rio Douro devido a construção da Barragem do Carrapatelo, neste estado continuou no entanto a funcionar muitos anos.
Caldas de Aregos - Antigas Termas já soterradas, mas em funcionamento
Antigas Termas 

Os serviços ainda continuaram por algum tempo mais, mas as condições eram tão precárias que a Direcção-Geral de Minas tirou a concessão à Companhia das Aguas e abriu concurso para que novos interessados pudessem investir nas Caldas, construir novo balneário e dar novo impulso a termas que foram tão famosas.
Em segundo concurso, já que no primeiro ninguém se mostrou interessado, a Direcção-Geral de Energia e Minas entregou a concessão à Empresa FAMISA, com sede em Leça da Palmeira, único concorrente que apareceu.
Por despacho de 1 de Julho de 1984, o Secretário de Estado da Energia, dava a concessão à FAMISA, com a obrigação de construir novo balneário e hotel, em prazo determinado.


Antigas vistas sobre o Douro a partir do antigo Balneário, 
quando o nível das águas era quase 30 metros abaixo do actual
Caldas de Aregos : Ponte do Caminho de Ferro do Douro - VISTO D´ARÊGOS
CALDAS DE ARÊGOS - ESTRADA DO CAIS (actualmente submersa)
Travessia do Douro em Aregos no ano de 1941
Arquivos da Foto Beleza

Imagens: 
- BPI (digitalização)
- Foto Beleza

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