A demolida Igreja de Nossa Senhora da Graça. Nesta Igreja além da imagem da padroeira, oferecida pela rainha D. Mafalda, existia também uma imagem de S. Sebastião que tinha pendente da seta que atravessava o coração da imagem uma chave de ouro que, segundo a lenda, pertencera à Porta do Sol da muralha Fernandina. Supostamente a chave estaria ali, para que o santo protegesse a cidade da peste. Foi igualmente neste edifício que funcionou o Colégio dos Meninos Órfãos de Nossa Senhora da Graça.
Em baixo temos uma fotografia tirada do largo do Viriato. Vê-se a torre sineira e parte cimeira da fachada da Igreja de Nossa Senhora da Graça, do Colégio dos Meninos Órfãos, edifício demolido para a construção Escola Politécnica, actual Reitoria da Universidade do Porto.
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O templo começou a ser demolido em Maio de 1899, tendo a arte sacra nele existente sido transferida a título provisório para o edifício dos Paços do Concelho. Todas a relíquias desapareceram sem deixar rasto à excepção do cruzeiro.
Este cruzeiro tinha já uma atribulada existência, mas não a iremos relatar aqui, informando apenas que se encontra no cemitério Prado do Repouso, na parte voltada para o rio Douro, numa espécie de "miradouro".
Nas imagens (de cima e de baixo) é perfeitamente visível a construção Escola Politécnica, actual Reitoria da Universidade do Porto.
Imagens:
- Fonte, JN
- AMP
Este cruzeiro tinha já uma atribulada existência, mas não a iremos relatar aqui, informando apenas que se encontra no cemitério Prado do Repouso, na parte voltada para o rio Douro, numa espécie de "miradouro".
Nas imagens (de cima e de baixo) é perfeitamente visível a construção Escola Politécnica, actual Reitoria da Universidade do Porto.
Aspecto parcial do Mercado do Anjo, vê-se o edifício da faculdade de Ciências ainda por concluir. Na esquerda da imagem é perceptível a torre sineira da demolida igreja de Nossa Senhora da Graça
Imagens:
- Fonte, JN
- AMP
Salvo erro ou omissão, três sinos desta igreja foram vendidos em hasta pública pela Câmara Municipal, depois de 1889, adquiridos por subscrição pública pela paróquia de S. Paio de Oleiros, então Vila da Feira. Era pároco o revº José Ferreira de Almeida, dinâmico promotor da construção da nova igreja oleirense. A subscrição rendeu 345.870 réis e os sinos custaram ( ao peso, mais 1.500 rs. para termo de arrematação e leiloeiro) 323.660 réis. As despesas adicionais elevaram o custo para 342.880 rs., pelo que resultou um saldo de 2.990 rs. Em 1894 houve nova despesa para refundir dois dos sinos, que quebraram, e "para serem augmentados". Essa operação, feita em Braga, custou 131.900 réis, também obtidos por igual subscrição pública. O escrupuloso acompanhamento dado pelo pároco foi ao ponto de ele ter registado no livro das contas que "os sinos fundidos (...) dão as notas de sol e dó.Se um dia o segundo tiver de ser fundido, deve dar a nota de mi". Fonte: livro das contas do padre Ferreira de Almeida (1885 a 1910)
ResponderEliminarJosé Maria Rocha, S. Paio de Oleiros.