O Ginásio Haltere do Porto foi um dos primeiros Ginásios do País e o primeiro do Norte de Portugal nas modalidades de Halterofilismo e Culturismo, situava-se num edifício Secular, mesmo ao lado do prédio da antiga Sede do Salgueiros Futebol Clube, na Rua de Alvares Cabral, n.º 360 na Cidade do Porto.
Fundado em 01 do 12 de 1955 por personalidades ligadas a estes desportos de força, como o Sr. Manuel Lago Barbosa Campeão Nacional de Halterofilismo em 1957 e Campeão Nacional de Culturismo e o Sr. Torres Vilas (ambos já falecidos), entre outros, o Ginásio Haltere do Porto era uma colectividade, uma Associação Desportiva sem fins lucrativos. Como muitas outras colectividades desportivas similares os atletas que treinavam no Ginásio Haltere do Porto eram sócios e estavam inscritos na colectividade, pagavam uma cota mensal para poder treinar e recebiam um documento comprovativo do pagamento. O ginásio também, como é de lei, periodicamente procedia a eleições, mais exactamente de dois em dois anos onde concorriam diversas listas, a mais votada pelos sócios ganhava elegendo-se assim um Presidente e uma respectiva Direcção que liderava o ginásio até novas eleições. Assim funcionou sem percalços durante décadas, mais precisamente até ao final da década de 80.
Fundado em 01 do 12 de 1955 por personalidades ligadas a estes desportos de força, como o Sr. Manuel Lago Barbosa Campeão Nacional de Halterofilismo em 1957 e Campeão Nacional de Culturismo e o Sr. Torres Vilas (ambos já falecidos), entre outros, o Ginásio Haltere do Porto era uma colectividade, uma Associação Desportiva sem fins lucrativos. Como muitas outras colectividades desportivas similares os atletas que treinavam no Ginásio Haltere do Porto eram sócios e estavam inscritos na colectividade, pagavam uma cota mensal para poder treinar e recebiam um documento comprovativo do pagamento. O ginásio também, como é de lei, periodicamente procedia a eleições, mais exactamente de dois em dois anos onde concorriam diversas listas, a mais votada pelos sócios ganhava elegendo-se assim um Presidente e uma respectiva Direcção que liderava o ginásio até novas eleições. Assim funcionou sem percalços durante décadas, mais precisamente até ao final da década de 80.
Imagens da entrada do Ginásio, a escadaria...
O bar "novo" feito na década de 90
A sala do bar "novo" na sala existente ao cimo (e a direita) da escadaria da entrada, as janelas que vemos na imagem de baixo dão para a rua de Álvares Cabral...
Imagens:O bar "novo" feito na década de 90
A sala do bar "novo" na sala existente ao cimo (e a direita) da escadaria da entrada, as janelas que vemos na imagem de baixo dão para a rua de Álvares Cabral...
Imagens antigas de antigos atletas, alguns Campeões Nacionais...
Torres Vilas (imagem de cima e de baixo)
Montenegro com 17 anos
Torres Vilas (imagem de cima e de baixo)
Montenegro com 17 anos
A escadaria interior, aqui ainda existia o corrimão de origem do edifício
As salas em actividade
Aspecto interior que manteve até 2005
Atletas da altura... uma época em que o Ginásio "fervilhava" de tanto movimento
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As traseiras do Ginásio Haltere com o seu pátio
A intervenção do Sr. “H”
O texto que se segue é um resumo de acontecimentos ocorridos e devidamente testemunhados por inúmeros ex-atletas e sócios do extinto Ginásio Haltere do Porto e que foi relatado pelos mesmos.
O Sr. “H” (omitimos o nome da pessoa por princípio ético) era um atleta entre muitos outros na década de 80. Este indivíduo, figura bastante conhecida nos meios nocturnos de então e pouco amigo do trabalho “em toda a vida só trabalhei um ano” era uma das suas «frases de impacto» preferidas, viu no Ginásio Haltere do Porto uma oportunidade de ganhar dinheiro sem esforço. Em finais da década de 80 o Sr. “H” teve acesso indevido a inúmeras fichas de inscrição em branco das quais se apropriou, graças à cumplicidade, passividade e/ou imbecilidade da Direcção da altura também teve acesso ao carimbo do Ginásio e até à máquina de escrever, que era então usada, no preenchimento das acima referidas fichas de inscrição de novos sócios.
Pessoa como já referimos em cima ligada à noite e com amizades nesse meio, o Sr. “H” conseguiu com o compadrio de outrem arranjar umas dezenas muito largas de pessoas dispostas a ajudá-lo no seu “acto cívico”. Inscreveu como sócios uma série de indivíduos que NUNCA TINHAM estado no Ginásio Haltere, a maior parte nem o conhecia, de trabalhadores a pessoas com profissões duvidosas, tudo foi inscrito como “sócio” nas vésperas das eleições…
O Sr. “H” (omitimos o nome da pessoa por princípio ético) era um atleta entre muitos outros na década de 80. Este indivíduo, figura bastante conhecida nos meios nocturnos de então e pouco amigo do trabalho “em toda a vida só trabalhei um ano” era uma das suas «frases de impacto» preferidas, viu no Ginásio Haltere do Porto uma oportunidade de ganhar dinheiro sem esforço. Em finais da década de 80 o Sr. “H” teve acesso indevido a inúmeras fichas de inscrição em branco das quais se apropriou, graças à cumplicidade, passividade e/ou imbecilidade da Direcção da altura também teve acesso ao carimbo do Ginásio e até à máquina de escrever, que era então usada, no preenchimento das acima referidas fichas de inscrição de novos sócios.
Pessoa como já referimos em cima ligada à noite e com amizades nesse meio, o Sr. “H” conseguiu com o compadrio de outrem arranjar umas dezenas muito largas de pessoas dispostas a ajudá-lo no seu “acto cívico”. Inscreveu como sócios uma série de indivíduos que NUNCA TINHAM estado no Ginásio Haltere, a maior parte nem o conhecia, de trabalhadores a pessoas com profissões duvidosas, tudo foi inscrito como “sócio” nas vésperas das eleições…
Uma Ocupação já longe do 25 de Abril de 1974
Este evento é igualmente contado por inúmeros sócios/atletas antigos do Ginásio Haltere do Porto que assistiram ao que decorreu, ou que tomaram conhecimento dos factos logo nos dias posteriores!
Estava-se em final da década de 80, no Ginásio Haltere do Porto era dia de eleições, as listas concorrentes estavam presentes bem como os sócios que iriam participar nas votações, que, por norma, eram caras bem conhecidas desde há anos. De repente o inesperado, param duas camionetes em frente ao Ginásio cheias de indivíduos nunca antes lá vistos… esta verdadeira matilha liderada pelo Sr. “H” entra em rompante pelas instalações… “isto são tudo sócios “ Grita o Sr. “H”, a confusão instala-se, dão-se protestos que são abafados pelos berros daquela multidão que parece disposta a tudo, realmente estão inscritos como “sócios” do Ginásio… inscritos pelo próprio Sr. “H” nas vésperas desta eleição, sócios falsos, inscritos de forma ilegal por uma pessoa que não tinha qualquer direito ou poder hierárquico para o fazer.
Apesar de estarem presentes (inclusive nas listas concorrentes) nomes sonantes da sociedade Portuense, a cobardia, a passividade e/ou outros interesses fez com que ninguém tivesse chamado a polícia e impugnado as eleições, pelo que o Sr. “H” ganhou as eleições e se tornou Presidente.
Estava-se em final da década de 80, no Ginásio Haltere do Porto era dia de eleições, as listas concorrentes estavam presentes bem como os sócios que iriam participar nas votações, que, por norma, eram caras bem conhecidas desde há anos. De repente o inesperado, param duas camionetes em frente ao Ginásio cheias de indivíduos nunca antes lá vistos… esta verdadeira matilha liderada pelo Sr. “H” entra em rompante pelas instalações… “isto são tudo sócios “ Grita o Sr. “H”, a confusão instala-se, dão-se protestos que são abafados pelos berros daquela multidão que parece disposta a tudo, realmente estão inscritos como “sócios” do Ginásio… inscritos pelo próprio Sr. “H” nas vésperas desta eleição, sócios falsos, inscritos de forma ilegal por uma pessoa que não tinha qualquer direito ou poder hierárquico para o fazer.
Apesar de estarem presentes (inclusive nas listas concorrentes) nomes sonantes da sociedade Portuense, a cobardia, a passividade e/ou outros interesses fez com que ninguém tivesse chamado a polícia e impugnado as eleições, pelo que o Sr. “H” ganhou as eleições e se tornou Presidente.
De Associação a negócio particular
Segundo informação directa de várias pessoas presentes na altura, mal tomou o poder o Sr. “H” tornou-se “Presidente”, “Director”, “Monitor” etc. ou seja como havia planeado, tornou-se o auto-proclamado “Dono e Senhor” das instalações do Ginásio. Não formou qualquer Direcção (excepto talvez no papel, uma coisa 100% virtual) mudou de imediato a fechadura da porta do Ginásio, vedando assim o acesso legitimo que outros elementos antigos tinham às instalações do Ginásio, procedeu ao afastamento daqueles mais antigos que a tudo assistiram e pretendiam continuar a treinar (muitos outros recusaram continuar no ginásio após assistirem a esta vergonha) e passou a servir-se da associação como se de um ginásio privado fosse, recebia o dinheiro EM MÃO dos atletas não lhes dando qualquer recibo ou outro documento comprovativo de pagamento, continuou a beneficiar das isenções de impostos da Associação, bem como da sua baixa renda… durante quase duas décadas esta Associação tornou-se uma máquina de fazer dinheiro que revertia totalmente para o bolso da referida pessoa. Nunca mais houve eleições, (a não ser virtuais nos inícios e à porta fechada), cujo resultado era sempre a informação de que a lista vencedora era a mesma da eleição anterior.
É um facto que durante a ocupação o Sr. “H” fez obras de beneficiação nas instalações do Ginásio, como um bar na sala frontal do 1.º andar, arranjou as paredes, expondo o granito, fez uns balneários novos, renovou os quartos de banho… mas tal não merece muito crédito se tivermos em conta que durante mais de uma década e meia usou as instalações como de uma casa própria se trata-se amealhando no seu bolso as mensalidades e inscrições de todos os atletas.
É um facto que durante a ocupação o Sr. “H” fez obras de beneficiação nas instalações do Ginásio, como um bar na sala frontal do 1.º andar, arranjou as paredes, expondo o granito, fez uns balneários novos, renovou os quartos de banho… mas tal não merece muito crédito se tivermos em conta que durante mais de uma década e meia usou as instalações como de uma casa própria se trata-se amealhando no seu bolso as mensalidades e inscrições de todos os atletas.
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Fim da farsa e do Ginásio
Em 2005 passou a haver contendas maiores com o senhorio do prédio em parte e ao que parece pelo não pagamento das rendas, o Sr. “H” nunca informou quem lá estava na altura a treinar do que se estava a passar embora certos atletas o soubessem em parte ou em todo através de outras vias. Começou a desmontar e a carregar as máquinas de desporto da Associação, uma a uma no pequeno reboque que usava atrelado a sua viatura e a levá-las para parte incerta*.
Em Agosto de 2005 o Ginásio Haltere do Porto “fechou para férias” a única pessoa que continuou a lá ir diariamente, (segundo pessoas vizinhas e atletas que passavam naquela rua com frequência) era o próprio Sr. “H” no seu contínuo trabalho de transportar para fora das instalações do Ginásio máquinas de exercício e pesos/halteres… O ginásio nunca mais reabriu tendo o edifício sido entregue ao senhorio num estado deplorável totalmente diferente do que possuía um ou dois meses antes do seu derradeiro encerramento.
Imagens desoladoras... As instalações do Ginásio Haltere do Porto quando o edifício foi entregue ao seu proprietário... Um «Tsunami» teria feito menos danos!
- Alexandre Silva
- Hugo Lima
- Autores desconhecidos
treinei nesse ginásio já em 2000. era como treinar num museu. faz doer a alma ver o que lhe aconteceu...
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