O “Pinheiro Grande”, do qual infelizmente não possuimos qualquer imagem, existiu realmente. Situava-se numa propriedade que pertenceu a António Francisco Nogueira e que actualmente é ocupada em parte por duas artérias que devem o seu nome a essa mítica árvore, são elas a Rua do Pinheiro Grande e a Travessa do Pinheiro Grande
O “Pinheiro Grande” foi derrubado por um violento temporal que assolou a cidade do Porto no dia 11 de Novembro de 1931 e era uma árvore colossal!!! Quando caiu media quatro metros e oitenta de diâmetro e mais de trinta metros de altura, sendo já nessa época uma árvore centenária sobre a qual corriam vozes que teria mais de setecentos anos e era fonte inspiradora de muitas histórias e/ou lendas onde ocupava um lugar de destaque ou mesmo o papel principal. Por exemplo: Durante a segunda invasão Francesa que, sob o comando de Soult, ocorreu em Março de 1809, os soldados do exército napoleónico pretenderam abrir trincheiras no local onde existe hoje a Travessa do Pinheiro Grande, para se defenderem dos ataques que pudessem vir da estrada de Penafiel. Para tal manifestaram a intenção de derrubar a mejestosa árvore, já nessa altura muito estimada e até quase venerada pelos moradores locais. O proprietario das terras ofereceu então dez libras em ouro (uma fortuna na época) aos soldados para os demover. Dias depois o general Soult teve de fugir apressadamente do Porto devido à chegada das tropas anglo-lusas, pelo que não sabemos se o ouro mudou de mãos... mas o facto é que o pinheiro permaneceu intocado e continuou de pé por muitos mais anos.
Por altura da implantação da Républica numa noite de Invernia foi atingido por um raio que lhe amputou uma das hastes mais frondosas, contam as crónicas da época que com a lenha que se produziu da parte caída, se encheram vinte carros de bois...
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