Porto - Fábrica do Gaz. BPI, Editor - Alberto Ferreira
A antiga Fábrica do Gás junto ao cais do Ouro, cidade do Porto. Para quem o não sabe, convém informar ou relembrar, que a cidade do Porto outrora era iluminada a gás.
Fábrica de gás do Porto
Segundo um texto de Marta Almeida Carvalho que passamos a transcrever:
“A primeira referência à iluminação pública no Porto data de 1771. A Rua Nova, mais tarde Rua dos Ingleses, foi palco da instalação dos primeiros “lampiões” da cidade. Um requerimento, assinado pelos moradores, deu origem a um documento oficial da autarquia que mandava que “se coloquem lampiões na dita rua, sendo a conservação e costeio por conta dos moradores”. No início de 1772 procedeu-se à sua instalação.
Um artigo do «Jornal de Notícias» do início do século XX transcreveu assim o teor do documento feito pelos moradores da época: “A grande utilidade que têm os moradores das cidades onde de noute estão as ruas iluminadas, como se pratica nas melhores da Europa, é mais considerável do que se imagina; pois não somente dá gosto e livra de quedas e maos encontros a quem por elas anda, mas evita os roubos tanto às pessoas omo nas casas”.
Foi particularmente na segunda metade do século XX (será do século XIX) que se começou a aproveitar as inovações técnicas e científicas impulsionadas pela Revolução Industrial europeia.
Em 1851 «quando veio ao Porto a Rainha D. Maria II» viu-se, pela primeira vez, «o gás hydrogénio
em arco triunphal armado ao cimo da rua de São João» (in O Tripeiro, 1908), sendo a primeira experiência de iluminação a gás na cidade.
Em 1855 o gás chegava já à Rua das Hortas (actual Rua da Fábrica) à qual se seguiram as ruas de Santo António e Clérigos. Em 1892 a cidade contava já com 2607 candeeiros espalhados por várias zonas, incluindo a Batalha. A entidade encarregue do fornecimento de iluminação à cidade era a Companhia do Gás da qual os moradores se queixavam que deixava as ruas em estado lastimável após a colocação dos candeeiros. Esta argumentava com o facto de não reparar os pavimentos porque teria de os abrir novamente para instalação do gás para utilização dos particulares (em 1893 havia já cerca de mil e oitocentas candidaturas de moradores).
Os cerca de três mil candeeiros espalhados pelo centro da cidade do Porto, em 1893, por serem novidade foram protagonistas de algumas histórias curiosas. Num artigo de «O Comércio» desse mesmo ano, podia-se ler o seguinte aviso: «Previne-se um sujeito que todas as noutes apaga um dos lampeões de gaz que se abstenha de continuar com esta gracinha, se não quizer passar pelo desgosto de que seja entregue ao domínio publico o seu nome”.
in Porto pioneiro
“A primeira referência à iluminação pública no Porto data de 1771. A Rua Nova, mais tarde Rua dos Ingleses, foi palco da instalação dos primeiros “lampiões” da cidade. Um requerimento, assinado pelos moradores, deu origem a um documento oficial da autarquia que mandava que “se coloquem lampiões na dita rua, sendo a conservação e costeio por conta dos moradores”. No início de 1772 procedeu-se à sua instalação.
Um artigo do «Jornal de Notícias» do início do século XX transcreveu assim o teor do documento feito pelos moradores da época: “A grande utilidade que têm os moradores das cidades onde de noute estão as ruas iluminadas, como se pratica nas melhores da Europa, é mais considerável do que se imagina; pois não somente dá gosto e livra de quedas e maos encontros a quem por elas anda, mas evita os roubos tanto às pessoas omo nas casas”.
Foi particularmente na segunda metade do século XX (será do século XIX) que se começou a aproveitar as inovações técnicas e científicas impulsionadas pela Revolução Industrial europeia.
Em 1851 «quando veio ao Porto a Rainha D. Maria II» viu-se, pela primeira vez, «o gás hydrogénio
em arco triunphal armado ao cimo da rua de São João» (in O Tripeiro, 1908), sendo a primeira experiência de iluminação a gás na cidade.
Em 1855 o gás chegava já à Rua das Hortas (actual Rua da Fábrica) à qual se seguiram as ruas de Santo António e Clérigos. Em 1892 a cidade contava já com 2607 candeeiros espalhados por várias zonas, incluindo a Batalha. A entidade encarregue do fornecimento de iluminação à cidade era a Companhia do Gás da qual os moradores se queixavam que deixava as ruas em estado lastimável após a colocação dos candeeiros. Esta argumentava com o facto de não reparar os pavimentos porque teria de os abrir novamente para instalação do gás para utilização dos particulares (em 1893 havia já cerca de mil e oitocentas candidaturas de moradores).
Os cerca de três mil candeeiros espalhados pelo centro da cidade do Porto, em 1893, por serem novidade foram protagonistas de algumas histórias curiosas. Num artigo de «O Comércio» desse mesmo ano, podia-se ler o seguinte aviso: «Previne-se um sujeito que todas as noutes apaga um dos lampeões de gaz que se abstenha de continuar com esta gracinha, se não quizer passar pelo desgosto de que seja entregue ao domínio publico o seu nome”.
in Porto pioneiro
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