No Largo frente ao antigo Convento de S. Domingos (1238-1832) existiu desde meados do Séc. XVI um Chafariz, que em 1845 foi transferido para o Largo do Laranjal e que actualmente se encontra em frente da Igreja da Trindade, no espaço existente entre esta Igreja e a C. M. do Porto. Falamos desse Chafariz, numa publicação específica sobre o mesmo.
Largo do Laranjal e Cancela Velha - Chafariz
Na altura da transladação do dito chafariz, por motivo de arranjo urbanístico do largo e maior fluência viária, mandou a vereação portuense erguer em local próximo, uma fonte, conforme projecto aprovado em sessão da Câmara de 30 de Julho de 1845.
Esta fonte foi incrustada num prédio que foi igualmente construído na mesma altura pelo seu proprietário, o conselheiro Domingos Faria. Anos mais tarde foi o prédio vendido a Manuel Francisco Araújo que em 1829 fundara a Papelaria Araújo & Sobrinho, ainda hoje ali existente.
Edifício da Papelaria Araújo & Sobrinho
Fachada com a fonte
Nas três fotografias, vemos o edifício da Papelaria Araújo & Sobrinho, mas em épocas distintas.
Na fachada frontal deste edifício existiu uma fonte, destinada a substituir o chafariz entretanto demolido. Essa fonte, construída entre 1846/50, foi também demolida em 1922, passando (supostamente) para o Jardim de S. Lázaro.
Na fachada frontal deste edifício existiu uma fonte, destinada a substituir o chafariz entretanto demolido. Essa fonte, construída entre 1846/50, foi também demolida em 1922, passando (supostamente) para o Jardim de S. Lázaro.
Cliché de autor desconhecido
A Fonte, (segundo a opinião de algumas pessoas) encontra-se actualmente no Jardim de S. Lázaro, perto da Biblioteca (foto abaixo). Na opinião de outros tal não é verdade, pois esta fonte de S. Lázaro seria a da Sacristia do antigo Convento de S. Domingos e encontra-se naquele Jardim desde a sua abertura, em 1834.
Segundo esta segunda versão o prédio (onde funcionou a papelaria) ficou a pertencer a Manuel Francisco de Araújo (que fundou em 1829, a Papelaria Araújo & Sobrinho). Esta sociedade comercial, para alargar uma das montras, teria retirado a fonte, colocando-a no interior do edifício... Será a fonte que lá está com a imagem de Santa Catarina?
Segundo esta segunda versão o prédio (onde funcionou a papelaria) ficou a pertencer a Manuel Francisco de Araújo (que fundou em 1829, a Papelaria Araújo & Sobrinho). Esta sociedade comercial, para alargar uma das montras, teria retirado a fonte, colocando-a no interior do edifício... Será a fonte que lá está com a imagem de Santa Catarina?
Fonte no Jardim de S. Lázaro - Cliché de autor desconhecido
Esta não é a fonte que estava no largo de S. Domingos. Essa foi destruída e apenas resta o brasão de armas que está agora na quinta de Nova Sintra. A de S. Lázaro pertenceu ao Convento de S.Domingos, que ficava ali tão próximo. Desse convento resta, embora alterado, o atual Palácio das Artes.
ResponderEliminarSe leu o texto todo, vai reparar que terminamos o mesmo com o seguinte comentário que passo a citar: «A Fonte, (segundo alguns) encontra-se actualmente no Jardim de S. Lázaro, perto da Biblioteca (foto abaixo). Na opinião de outros tal não é verdade, pois esta fonte de S. Lázaro seria a da Sacristia do antigo Convento de S. Domingos e encontra-se naquele Jardim desde a sua abertura, em 1834.»
ResponderEliminarA fonte no jardim de S. Lázaro era o lavabo da sacristia da igreja nova do convento de S. Domingos (originalmente a igreja da sua Ordem Terceira). Encontra-se ali desde 1838, por cedência do "Ateneu". Este Ateneu contudo não é o actual pois este apenas foi fundado nos anos 60 do séc. XIX. Como os jornais da época fazem referência a um Ateneu que estava instalado no que é agora o edifício da Biblioteca, acredito que esta instituição tivesse ficado com a tal fonte e quem sabe outros restos do mesmo convento, que foi completamente espoliado.
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