Bolhão significa "bolha grande", e tem o seu nome origem no local do próprio mercado, edificado sobre uma nascente de água (bolhão) que ali existia. Há dois séculos, onde hoje é o coração da baixa do Porto, ali havia um grande lameiro, parte integrante de uma quinta, propriedade dos condes de S. Martinho, onde serpenteavam ribeiros e algumas serventias, vielas e ruelas já desaparecidas (Travessa das Almas -esta ainda existe-, do Grande Hotel, de S. Marcos e de S. Marçal), de que só restam parcos vestígios. Foi só em 1837 que a Câmara do Porto mandou ali construir um mercado, mas só em 1851 se começaram a edificar as respectivas barracas.
A actual Rua do Bolhão não é nenhuma das ruas que circundam o famoso mercado (existiu realmente um troço da rua Fernandes Tomás, entre a Rua do Bonjardim e a de Santa Catarina, com o nome de Rua Nova de S. Marçal, depois Rua Santo António do Bolhão, e finalmente só Rua do Bolhão, mas este nome não vingou), mas fica a noroeste do mesmo, a cerca de cinco minutos a pé, e liga a Rua Fernandes Tomás à Rua Guedes de Azevedo, tendo como imediatas paralelas a Rua Sá da Bandeira, a oriente, e a Rua do Bonjardim, a ocidente. Esta rua aparece já com o nome de Rua de São José do Bolhão num documento da Misericórdia de 1763, e pensa-se que deve o seu nome a uma bica que ali existia, chamada exactamente de Fonte do Bolhão ou Tanque do Bolhão.
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BPI - Editor Alberto Ferreira
O desaparecido "tanque do Bolhão"
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