Segundo elementos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, o Convento estava situado na Travessa das Capuchinhas,
freguesia de São Pedro, cidade do Funchal.
O Convento de acordo com a instituição e profissão de
religião da Primeira Regra de Santa Clara, não podia possuir propriedades.
Antes da sua erecção em mosteiro, servia de recolhimento de
algumas moças nobres, virtuosas e pobres.
Foi fundado pelo capitão Gaspar Berenguer de Andrade, e sua
mulher D. Isabel de França, existindo à data da sua fundação, na casa
religiosa, dezassete recolhidas, que viviam unicamente das esmolas dos fiéis, e
de três móios de trigo de renda que possuíam.
Por escritura de 1 de Julho de 167, feita na nota do
tabelião Manuel Fernandes Silva, por capitão Gaspar Berenguer de Andrade e os
seus três filhos, o padre Bartolomeu César Berenguer, José de França Berenguer
e Gaspar Berenguer de Andrade, passou a Mosteiro.
Dotaram-no com onze móios de trigo em cada ano, no caso de
lhes faltarem as esmolas dos fiéis. As recolhidas contribuíram com três móios
para a sustentação de vinte e uma religiosas, um confessor, um capelão feitor,
e um servente de fora.
Os fundadores e seus sucessores podiam ainda conceder mais
dois lugares a quem quisessem, sendo pessoas beneméritas da sua geração ou de
outras, declarando que assim como foram fundadores do dito recolhimento, o eram
do Convento, no qual teriam o direito, padroado, administração, proeminências,
honras e isenções que o direito lhes concedia.
Esta doação e contrato, só entrava em vigor, no caso do
recolhimento passar a convento.
Foi regulada a sucessão da administração e padroado do
Convento pelo fundador, por esta escritura e por testamento feito em 21 de
Dezembro de 1686.
Sendo-lhe concedida por Alvará de 20 de Dezembro de 1663, e
licença da Sé Apostólica, de 17 de Agosto de 1665.
Os rendimentos descritos eram provenientes de dotações,
doações, pensões e esmolas.
Foi extinto em 26 de Março de 1895, por morte da última
religiosa a madre Ana Joaquina das Mercês e tendo sido ainda pensado utilizar este edifício como cadeia, o mesmo acabou sendo demolido em 1911.
No local do edifício passa actualmente a Cota 40.
Bibliografia parcial:
- Torre do Tombo, Arquivo Nacional
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