Antero de Quental nasceu em 1842 na localidade de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores. Antero era filho do combatente Fernando de Quental e Ana Guilhermina da Maia. Iniciou os seus estudos em Ponta Delgada. Com 16 anos foi estudar Direito para Coimbra. Em 1861 publica "Sonetos de Antero".
Antero de Quental c. 1887
Em 1865, um grupo de estudantes da Universidade de Coimbra, critica as velhas ideias do Romantismo, o que fez surgir uma polémica entre a velha e a nova geração de poetas. Essa manifestação originou-se de um texto do poeta romântico António Feliciano de Castilho, no qual ele criticava as novas ideias literárias de Antero de Quental e Teófilo Braga. Antero responde de maneira violenta, escrevendo uma carta aberta que foi divulgada com o título de "Bom senso e bom gosto", nela Antero acusa Castilho de obscurantismo e defende a liberdade de pensamento dos novos escritores. Essa polémica ficou conhecida como a "Questão Coimbrã. Neste mesmo ano publica "Odes Modernas".
Antero de Quental de "capa e batina"
Em 1866, foi morar para Lisboa, onde trabalhou numa tipografia. Em 1867, passa a residir em Paris, regressando para Lisboa em 1868. Em 1869, funda o jornal A República. Em 1871, junto com Eça de Queirós, Oliveira Martins e Ramalho Ortigão, planeia uma série de "Conferências Democráticas", que eram realizadas no Casino Lisbonense. Em 1872, publica "Primaveras Românticas".
O Grupo dos Cinco (Sábios)
Na fotografia e da esquerda para a direita: Eça de Queirós, Oliveira Martins, Antero de Quental, Ramalho Ortigão e Guerra Junqueiro. Fotografados no Palácio de Cristal
O programa divulgado dizia, entre outras coisas, da preocupação com a transformação social, moral e política dos povos; da necessidade de ligar Portugal com os movimentos modernos; de agitar na opinião pública as grandes questões da filosofia e da ciência e realizar transformações na política, economia e religião da sociedade portuguesa. Depois da quinta conferencia, por decreto real, o casino foi fechado.
Antero de Quental expressa nos seus sonetos a sua inquietação religiosa e metafísica constituindo a parte mais importante de sua obra: "Sonetos de Antero" (1861), "Primaveras Românticas"(1872), "Sonetos Completos" (1886), "Raios de Extinta Luz" (1892). É considerado, ao lado de Bocage e Camões, os grandes sonetistas da literatura portuguesa.
Antero Tarquínio de Quental sofrendo de depressão, suicidou-se no dia 11 de Setembro de 1891, em Ponta Delgada, sua terra natal, com 49 anos de idade.
Fonte parcial:
- E-Biografias
- Carlos Loures. Antero de Quental - www.vidaslusofonas.pt. [S.l.: s.n.].
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