segunda-feira, 27 de abril de 2015

A barbearia mais antiga da cidade do Porto.

Existem várias, que reivindicam esse título e sem dúvida alguma, é difícil e complexo eleger uma, com 100% de certeza, pois tudo depende de uma variedade de critérios.
No entanto, acreditamos não estarmos muito longe da verdade ao afirmar que o "Salão da Lapa", também conhecido por "Barbearia do Sr. Moreira" (nome do actual proprietário, que nesta casa trabalha, desde a sua aquisição em 1966) é a Barbearia (ou Cabeleireiro de Homens) mais antiga da cidade do Porto.
Salão da Lapa. Fachada frontal
Este estabelecimento comercial, abriu portas em 1865, na Rua da Lapa e foi pertence da mesma família durante 100 anos, tendo ganho em 1965, um louvor da União de Grémios dos Comerciantes do Porto, pelo seu centenário.
100 Anos
A Bem do
Comercio Tripeiro
Centenária Firma
Angelo Ferreira dos Santos
Em 1966 e ao que parece, por falecimento de um dos elementos da família, o estabelecimento foi adquirido pelo Sr. Moreira, um profissional do ofício, pessoa extremamente simpática, que nele labora desde então, apesar de já não estar longe (à data desta publicação), de uns dourados 80 anos de idade.
O interior do Salão. Simplicidade e eficácia
Imagens:
- Alexandre Silva

terça-feira, 21 de abril de 2015

Capela de S. José e Santa Teresa e os "Armazéns da Capella". (Porto)

Já aqui falamos em publicações anteriores (clique nos respectivos links para conferir) do desaparecido Convento de S. José e Santa Teresa das Carmelitas Descalças bem como do, posteriormente edificado e ainda existente,  Bairro das Carmelitas.
Debrucemo-nos agora, um pouco mais em pormenor, sobre o pequeno templo que integrava o Convento, a capela da invocação de S. José e Santa Teresa. 
Quando o Convento foi construído, em 1704, o local chamava-se Campo da Via Sacra ou do Calvário Velho, por ser ali que terminava uma extensa Via Sacra que começava nas imediações da Sé.
O Convento ocupava o local, que serviu para edificar o bairro das Carmelitas, o que levou à sua demolição, quando da urbanização desta zona, por volta de 1904.
Convento de S. José e Santa Teresa das Carmelitas Descalças  - Foto de Antero Seabra, 1857-1864
Rua das Carmelitas, antes da construção do bairro, estando a igreja dos Clérigos na esquerda
Os "Armazéns da Capella", na sua origem começaram por ocupar o espaço do próprio templo (capela) que tinha a fachada voltada para o Campo do Calvário Velho (Praça de Santa Teresa) onde, nos finais do século XIX, começo do século XX, se fazia a antiga Feira do Pão
Nas três primeiras imagens de baixo, vemos a Praça de Santa Teresa com vista parcial do local onde existiu a cerca e a capela do Convento das Carmelitas Descalças, c.1908. Na direita, vemos já os Armazéns da Capella antes de passarem para a esquina de Cândido dos Reis e Carmelitas.
Vista parcial do demolido Convento das Carmelitas Descalças, na direita da imagem, c.1908. Variantes do mesmo cliché
Praça de Santa Teresa. Feira do pão, c.1908
Vista parcial do local, onde existiu o Convento das Carmelitas Descalças, a nascente da Praça de Santa Teresa, actual Guilherme Gomes Fernandes
Armazéns da Capella. Aurélio Paz dos Reis - Visita de João Franco ao Porto
 Fotografia estereoscópica 1907 - APR 6805, AFPCPFMC
Em 1904, quando se tratou de urbanizar todo o quarteirão, a capela foi demolida e os armazéns que a ocupavam transferiram-se para a esquina das ruas das Carmelitas e de Cândido dos Reis, onde permaneceram por muitos anos, até recentemente.
Armazéns da Capella c.1910
Armazéns da Capella em 1916. Ilustração Portuguesa, 31 de Julho de 1916
Rua das Carmelitas  C.1916
 Editor - Le Temps Perdu

sábado, 18 de abril de 2015

Estação da Fonte da Moura. (Porto)

Porto - Fonte da Moura. BPI, Editor - Alberto Ferreira
Estação da "máquina" (já aqui abordada anteriormente) na Fonte da Moura de Cima.
Entre 1878 e 1914, a ligação entre a rotunda da Boavista e Matosinhos era feita pela "máquina", uma pequena locomotiva a vapor que atrelava várias carruagens com passageiros. 
A "máquina" descia a Avenida da Boavista até à Fonte da Moura, onde inflectia à esquerda, seguindo para a Foz pela actual Rua de Correia de Sá.
A Estação da Fonte da Moura, ficava na esquina da Avenida da Boavista com a Rua da Ponte, hoje,  Rua Correia de Sá. 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Memorial da Ermida. (Irivo / Penafiel)

O Memorial da Ermida não desapareceu, antes pelo contrário, é um exemplo da recuperação e preservação do património. Porque o abordamos aqui, então? 
-Devido à sua elevada importância Histórica e porque é um exemplo! Um sobrevivente, que escapou à destruição, pois muitos foram aqueles que desapareceram. Foram desmontados, para se aproveitar a pedra para muros e afins.
Actualmente existem apenas seis exemplares conhecidos deste tipo de construção de monumento funerário. Este assenta sobre uma base pétrea rectangular, na qual foi aberta a cavidade sepulcral que, de acordo com especialistas, era antropomórfica.
Memorial da Ermida. Cliché da Phot.ª Guedes (1900?)
O Memorial da Ermida, é um monumento funerário* do século XIII, constituído por uma base rectangular sobre a qual se desenvolve um arco quebrado, com aresta em toro e decoração em bolame, sendo encimado por uma cornija com friso decorado por motivos fitomórficos de folhas biseladas. No vão do arco está a pedra sepulcral, sem decoração, que, segundo Abílio Miranda, seria antropomórfica. Este túmulo tem sido erradamente atribuído a D. Sousino Alvariz ou associado à lenda de Santa Mafalda, filha do rei D. Sancho I.
Está classificado como Monumento Nacional, pelo Dec. 16-06-1910, DG 136 de 23 de Junho de 1910.
*Nota: Não está inteiramente esclarecida a função, ou objectivo deste tipo de construção. Deverá relacionar-se com a colocação de túmulos, com a evocação da memória de alguém e /ou com a passagem de cortejos fúnebres.

Clique aqui para ver este monumento actualmente.

Fonte parcial:
- C.M. Penafiel

sábado, 4 de abril de 2015

O edifício mais estreito da cidade do Porto.

aqui falamos da desaparecida Travessa do Carmo, publicação que, aconselhamos ser consultada pelos leitores que ainda não tiveram tal oportunidade. Por solicitação dos próprios leitores, vamos abordar agora um item local que não desapareceu. Está bem presente e é considerado o edifício de habitação, mais estreito da cidade do Porto (talvez até do país).
Igrejas dos Carmelitas (esquerda) e Carmo (direita) 
Entre as duas igrejas fica o "edifício mais estreito do Porto"
Clique na imagem para ampliar. Cliché de Alexandre Silva
Entre estas duas igrejas existe a casa mais estreita da cidade do Porto, habitada por muito tempo pelo sacristão e sineiro do Carmo.
Porto - Egrejas do Carmo (BPI)

Imagens:
- Alexandre Silva
- BPI (digitalização)