Foi sob a tutela da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), que nos anos 30 do séc. XX se iniciou a intervenção de restauro da Sé de Lamego, a qual se centraria primeiramente, na recuperação das coberturas e na reconstrução de grande parte do Claustro. De facto, em Fevereiro de 1936 estariam disponíveis as primeiras verbas para estas obras de restauro.
As obras de restauro e manutenção foram de grandes dimensões, abrangendo toda a catedral, tanto externamente como internamente (pintura mural, talha, etc.) e arrastaram-se por muitos anos, devido não só à sua grandiosidade, mas principalmente devido à constante falta de verbas.
Sé de Lamego. Prova actual em papel salgado, a partir de um
calótipo de Frederick William Flower. 1849 -1859
Sé de Lamego. Vemos o belíssimo gradeamento externo, com colunas em alvenaria de granito, mandado colocar por D. Tomás de Almeida e posteriormente retirado
Sé de Lamego. Gradeamento mandado colocar por D. Tomás de Almeida
Já nos anos 60, a Torre que esteve habitada até 1964, foi finalmente desocupada por intervenção do Cabido, beneficiando de obras só em 1968.
Sé de Lamego - Obras de restauro. Imagens: IHRU / SIPA
A fachada norte da torre apresentava a abertura de dois vãos, sendo um ao nível térreo e outro ao nível do primeiro piso, realizados em época posterior à medieval.
Os vãos seriam entaipados, sendo aberto no nível do primeiro piso, um novo vão para iluminação solar, com semelhança ao existente na fachada ocidental da torre.
Houve preocupação em mimetizar o estilo românico. De facto a torre seria a única parcela de todo o complexo a sofrer um restauro assente em critérios de reposição estilística.
Torre sineira da Sé de Lamego - Obras de abertura da fresta nova.
Cliché de José Marques Abreu Júnior, 1968
Torre sineira da Sé de Lamego - Pormenor da fresta nova.
Cliché de José Marques Abreu Júnior, 1968
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