É verdade. O famoso arco triunfal situado na parte Norte da Praça do Comércio, sobre a Rua Augusta, em Lisboa, não desapareceu, pelo menos aquele que presentemente lá se encontra, o que muitas pessoas não sabem, é que este mesmo arco, não é o original.
A construção do arco começou cerca de 20 anos após o terramoto de 1755, mais concretamente em 1775, mas esta primeira versão, que poderá não ter sido concluída, viria a ser demolida em 1777, após o início do reinado de D. Maria I e a demissão do Marquês de Pombal.
Em 1873, recomeçou a edificação do arco segundo o projecto do arquitecto Veríssimo José da Costa, que remonta a 1843/44, tendo ficado as obras concluídas em 1875.
Lisboa - Arco da Rua Augusta
Albumina datada de 1862(?)*, com autoria do fotógrafo e daguerreótopista Wenceslau Cifka
Na parte superior do arco, foram incluídas esculturas de Célestin Anatole Calmels, enquanto num plano inferior se incluiriam esculturas de Vítor Bastos. As esculturas de Calmels representam a Glória, coroando o Génio e o Valor.
As esculturas de Vítor Bastos representam Nuno Álvares Pereira, Viriato, Vasco da Gama e o Marquês de Pombal. O aparelho que serviu para transportar as pesadas colunas encontra-se no Museu Militar, mesmo ao lado.
Estátua equestre de Dom José I e o Arco da Rua Augusta em construção in AML
Rua Augusta em 1890
No horizonte vemos o arco já concluído
*Nota: Por razões óbvias, questionamos a data exacta da Albumina do fotógrafo e daguerreótopista Wenceslau Cifka, mas por vezes, temos de nos cingir às fontes informativas oficiais.
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