Durante a Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918) agravaram-se as debilidades que Portugal apresentava no que respeitava à produção de bens alimentares básicos, nomeadamente os cereais.
Os preços dispararam, começaram a aparecer fenómenos de açambarcamento e de contrabando.
Após o inverno de 1916-1917, apareceu a fome e todos os problemas que ela arrasta.
Nesse inverno, os Aliados tinham reforçado o bloqueio à Alemanha, tendo esta reagido violentamente, com a guerra submarina no Atlântico, procurando cortar o abastecimento às nações aliadas.
Porto. Crise alimentar. Pessoas à porta de uma casa. 1916-17. Phot.ª Guedes
Crise alimentar de 1916-17
Interior do posto de venda da padaria de Montebello (actual Av. Fernão de Magalhães)
Crise alimentar de 1916-17
Posto de venda da Junta de Paróquia de Santo Ildefonso
Crise alimentar de 1916-17
Posto de venda da Junta de Paróquia do Bonfim
Em todo o lado faltavam todo o tipo de matérias-primas e alimentos. Todos os países, beligerantes ou não, mergulharam no caos. Uns mais que outros, mas a maioria, como Portugal, sofreram uma grave crise de subsistências, inflação e fome, acompanhadas por uma crescente agitação operária e popular, greves, motins de rua, insurreições militares e revoluções.
Entre 19 e 21 de Maio de 1917, deu-se a "Revolução da Batata" que mais não foi que, assaltos a mercearias e armazéns em Lisboa e no Porto devido à falta de alimentos, provocada pelo racionamento. O governo manda reprimir severamente todos os tumultos e declara o estado de sítio em Lisboa e concelhos limítrofes.
Imagem:
- Phot.ª Guedes
- Arquivo Histórico Municipal do Porto
- Arquivo Histórico Municipal do Porto
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