sábado, 5 de maio de 2012

Sé do Porto - Demolição da zona envolvente.

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Na imagem de baixo: Sé e Paço Episcopal do Porto - BPI de 1900
Sé do Porto ainda com o relógio e o casario que a envolvia - BPI - Editor - Estrela Vermelha
Casario envolvente à Sé
A Sé ainda com o casario que a rodeava
Porto - Panorama sobre o Rio Douro. É visível o casario que ainda envolvia a Sé
Vista aérea da Torre dos Clérigos e zona envolvente à Estação de S. Bento. Na direita da imagem, após a Estação, é visível a Rua do Corpo da Guarda e todo o casario que seria derrubado para a abertura da  futura "Avenida da Ponte". Notamos também ainda a existência do demolido Solar dos Duques de Lafões.
Vista do alto da Torre dos Clérigos, num cliché mais antigo (1860/70) atribuído a Antero Seabra
Neste cliché, ainda podemos ver o extinto Mosteiro São Bento de Avé-Maria, no local que seria ocupado pela Estação dos Comboios
Casa do sineiro, (entre as duas torres) demolida em 1927. Sé do Porto 
Cliché anterior a 1935
Sé do Porto, BPI. Aspecto do local antes das obras de intervenção dos anos 30 e 40 do séc. XX
Largo do Corpo da Guarda, na década de 30
Antes do derrube do casario, para a abertura da Avenida da Ponte 
Na direita vemos a casa dos Duques de Lafões
As casas que rodeavam a Sé...
Casario envolvente à Sé
Aspecto antigo da calçada da Vandoma. 1940
Casario envolvente à Sé. Vemos a Igreja dos Congregados e a entrada para a Rua do Bonjardim
Entre meados da década de 30 e 40 do séc. XX, a zona envolvente da Sé do Porto, sofreu alterações significativas pelas demolições e arranjo urbanístico ordenado pela Direcção-Geral dos Edifícios Monumentos Nacionais. Segundo um conceito higienista com critérios de monumentalização, demoliu-se uma grande quantidade de edifícios que se encontravam em frente à Sé, alargando-se amplamente o Terreiro da Sé. Pretendia-se desta forma resolver o problema de degradação física e social do bairro, evidenciando o elemento singular da Sé Catedral.
Sé do Porto - Derrube do casario envolvente
 Demolição do bairro da Sé
 Demolições no largo da Sé
As várias fases das demolições...
Diversos ângulos do processo de demolição...
Em baixo, uma vista parcial das demolições
Torre medieval, que estava oculta pelo casario. Actualmente está na rua de D. Pedro Pitões
Sé do Porto
Na imagem de baixo: Demolições para alargamento do Terreiro de D. Afonso Henriques, actual Terreiro da Sé, numa fotografia tirada da igreja da Sé.
Casa com Brasão que existiu junto à Sé Catedral da Invicta, fez também parte do casario demolido para criar o espaço que conhecemos por "Terreiro da Sé".
Demolição na rua do Açougue
A Capela dos Alfaiates (em baixo) um problema bem resolvido...
Capela dos Alfaiates.  
A mesma imagem em diferentes impressões
Na imagem de cima vemos a entrada da Sé, a Casa do Cabido, o portão e Paço Episcopal e a Capela dos Alfaiates ou Nossa Senhora de Agosto. A Capela datada de 1554, foi também "demolida" em 1936, seguida de outros edifícios, para as obras de alargamento, mais verdadeiramente, desmontaram-na com cuidado e foi reconstruída perto do largo Actor Dias, na rua do Sol. 
Capela dos Alfaiates em 1935, frente à Sé do Porto
Em baixo o mesmo local já sem a Capela
Demolições em frente à entrada Nobre da Sé
Duas variantes de um mesmo cliché. Derrube do casario envolvente da Sé do Porto
Fachada principal da igreja da Sé e da Casa do Despacho, vistas do largo Dr. Pedro Vitorino em 1940. Destaque também, para a fonte do pelicano e para o pelourinho.
A questão «Avenida da Ponte»
A Avenida da Ponte (D. Afonso Henriques) já estava prevista desde que em 1886 a Ponte Luís I foi construída. Vários  projectos foram feitos. 
Gaudêncio Pacheco apresentou, em 1913, um formidável estudo para a zona central que previa aberturas de avenidas desde a ponte à Batalha, Praça Almeida Garrett e Rua Mouzinho da Silveira, que teria sequência até à Igreja dos Clérigos. Posteriormente muitos foram os projectos que não tiveram concretização. O problema continua por resolver até hoje...
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Praça de Almeida Garrett
Na esquerda do cliché, uma vista parcial da Estação de São Bento, em cuja esquina começa a Rua do Loureiro. Na direita vê-se  parte da Calçada do Corpo da Guarda, antes do derrube do casario, para abertura da Avenida da Ponte
Vista geral da Rua do Corpo da Guarda, tirada da Praça Almeida Garrett , antes das demolições, para abertura da actual Avenida D. Afonso Henriques, c.1947-49
Obras de abertura da Avenida da Ponte Demolições na Rua do Corpo da Guarda
Nas quatro fotografias de cima, vemos a entrada da rua do Corpo da Guarda antes do começo das demolições para a abertura da Avenida da Ponte.
Rua do Corpo da Guarda no início das demolições. 1947-1949
Obras no Largo e Rua do Corpo da Guarda. Descoberta de uma galeria subterrânea
Rua do Corpo da Guarda. Demolições
Na imagem de cima: A rua do Corpo da Guarda no começo das obras de demolição e em baixo as demolições já mais avançadas, numa perspectiva que permite já ver a igreja dos Congregados, nos anos 40.
Abertura da Avenida da Ponte, vista da Praça de Almeida Garrett. Cliché de 1950

Imagens:
- Arquivo Municipal do Porto (AHMP)
Beleza
- BPI (digitalização)
- CMP
- Teófilo Rego
- Antero Seabra

6 comentários:

  1. Excelente documentação relativa à envolvente da cSé Catedral do Porto ao longo do século passado !

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  2. Talvez, com a procura de turismo pelas zonas históricas das cidades, fosse de começar a pensar refazer a situação de 1930 reconstruindo o que foi demolido. Afinal a modernidade das cidade parece cada vez mais passar pelo antigo, pelas ruelas estritas e casas acanhadas arrendadas on-line, que pelas avenidas largas e os hoteis - caixote.

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  3. @Económico-Financeiro «Refazer a situação de 1930, reconstruindo o que foi demolido» -- é evidente que isso não é possível... Ninguém mais constrói em pedra e cal e certamente não há plantas do que ali existia. Melhor deixar ficar como está, em vez de plantar ali mamarrachos de betão como alguns querem.

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  4. AINDA CONHECI A RUA DO CORPO DA GUARDA COM PRÉDIOS DO LADO NASCENTE E VI AS SUAS DEMOLIÇÕES, BOM COMO NO CIMO O LARGO DA CIVIDADE ONDE PARAVAM A CARREIRAS DE AUTOCARROS VINDOS DE GAIA. o único edifío bonito que foi pena mas tinha que ser demolido era o da esquina da Praça Almeida Garret, de resto eram prédios muito velhos sem valor nenhum, que hoje em dia só poderiam como os das ruas escura e banharia, servir para mostrar mais o que era o Porto doutrora. Agora o largo da Sé, já não conheci mas, segundo o que se vê nas fotos não tinham jeito algum como os que ficavam em frente á SÉ, incluindo a Capela dos Alfaiates que me lembra estarem a reconstruir na Rua do Sol

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  5. Tenho dois comentários: 1. Reconstruir o que foi demolido no largo da Sé é impossível e falso; mais nos vale assumir na nossa história um período em que a obceção pela monumentalidade e pela pureza de estilo valia mais que a verdade histórica, que tomar acções equivalentemente falsas, ainda que do sinal contrário. 2. É de qualquer maneira essencial ter a noção de que a operação monumentalidade falhou. Una catedral medieval poucas vezes tinha praças de onde ver-te inteira. A Sé do Porto não e5 gigantesca mas de certeza que o parecia, quando a descobríamos, ao sair do estreito entre duas casas.

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  6. nada de mimetismos do que havia nos anos 40 neste local. Mas as cidades são densificadas e a "clareira" que ali temos, no meio do casco antigo é inóspita e nada urbana. Pede-se concurso de ideias e solução inteligente. O Mercado de S. Sebastião não faz sentido nenhum integrar qualquer estudo futuro e deve ser demolido. Até porque como peça arquitetónica é um vulgar exemplar de um equipamento, quer na integração quer formalmente.
    Há, para mim, duas formas de atuar: Habitação ou equipamento (porque não o Museu da Cidade?)- está no local da sua génese e finalmente poderia colocar-se todo o acervo que não cabe na Casa do Infante.

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