Consultando
o "Guia de Portugal" da Fundação Gulbenkian, podemos ler o que
Sant'Anna Dionísio refere em relação à freguesia de Remondes.
Citamos:
«Do lado de cá, no invisível alto do monte que
estamos a contornar, oculta-se a aldeia velha de Remondes, no caminho antigo de
Chacim e Castro Vicente para Mogadouro, muito mais directo mas também muito
mais íngreme. Atingimos a vertente imediata do Sabor. Por momentos, domina-se
perfeitamente a perspectiva declivosa do vale profundo, destacando-se ao longo
do rio, na margem direita, a serpentina polida da estrada que segue pelas
alturas de Izeda, para Bragança. Transpõe-se por fim o rio Sabor, sobre a longa
e robusta ponte de Remondes.»
A ponte de Remondes entre Mogadouro e Macedo de
Cavaleiros, teria sido construída em 1678, sendo obra da nobre família dos
Távoras.
A ponte de
Remondes compõe-se por um tabuleiro horizontal assente sobre cinco arcos de
volta redonda. Apresenta, entre os arcos, contrafortes com talhamares e
talhantes triangulares. Actualmente, (na data em que escrevemos este
texto) ainda tem circulação automóvel.
Condenada à submersão pela barragem do Sabor a ponte de Remondes muito em breve será, juntamente com a ponte da Portela e todo um ecossistema único, num dos últimos rios selvagens de Portugal uma memória do passado, "afogada" numa albufeira de água estagnada, como pode ser visto na imagem artística imediatamente em baixo, onde vemos também já a ponte de betão que a vai substituir.
Imagens:
- Profico
- António Baptista Cordeiro
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