Palacete da Quinta da Ponte da Pedra.

sábado, 18 de março de 2017

A Quinta da Ponte da Pedra, situa-se junto à referida Ponte, na Rua Godinho Faria em Leça do Balio. A Quinta integra as ruínas de um Palacete que é por muitas pessoas, também chamado de "Palacete Oitocentista". 
Consta-se que neste magnifico edifício, do qual mal restam paredes, funcionou em tempos uma instância de diversão mas também uma Residencial. 
Acesso principal
 Portão de entrada da Quinta
 Ruínas do majestoso edifício
 Fonte e tanque monumental
 Fachada principal - Entrada nobre
Era neste fascinante Palacete que o escritor Camilo Castelo Branco gostava de se instalar quando vinha passar férias no Porto, por ser uma Residencial que dispunha de bonitos jardins e de frente existia também uma praia fluvial com muitas embarcações pequenas a remo na margem do Rio Leça. Aproveitando a Residencial e praia ali tão perto, Camilo Castelo Branco inspirou-se para escrever algumas das suas obras.
Neste Palacete, também consta que o Rei D. Miguel "o absolutista", se instalou, governando daqui Portugal, durante a guerra que travou com o seu irmão D. Pedro IV "o liberal". Esta guerra foi ganha pelos "Bravos de Mindelo" que defendiam as ideias do Rei D. Pedro IV. Desembarcaram na Praia dos Ladrões, em Arnosa de Pampelido, também conhecida por Praia da Memória, em Julho de 1832.

Fachada principal (Obras precisam-se)
Mais tarde, a proprietária da Quinta e do Palacete, quando sentia que ia falecer, não tendo a quem deixar a propriedade, doou-a ao Estado para que a pusesse ao serviço da infância ou de idosos. 
Durante muitos anos funcionou como um Albergue de mendicidade. 
Com o caos motivado pelo 25 de Abril de 1974, os idosos foram recolhidos no Lar de Monte dos Burgos e o Palacete ficou livre para albergar várias famílias retornadas das colónias Ultramarinas Portuguesas. 
Durante a residência dos retornados, o Palacete foi mal tratado, saqueado, vandalizado e os seus jardins foram sendo destruídos. Em 2001 foi realojada a última família. Num dia de 2005, por volta da meia-noite, deflagrou um grande incêndio que destruiu tudo, ficando apenas as paredes exteriores, estas também já severamente maculadas.

Fontes:
- União das Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões
Imagens: 
- Alexandre Silva

5 comentários

Unknown disse...

Lamentável quase escandaloso que se deixe um património destes chegar a tal estado de degradação!!!!!!!!!!!!!

14 de setembro de 2017 às 17:56
Unknown disse...

lamentavel qdo se legam estas coisas ao povo que nao sabe utiliza-las mercê de toda a vida terem vivido em tugúrios!Estragam o que nao sabem utilizar..uma pena.

31 de outubro de 2017 às 18:30

Conheço desde sempre pois vivíamos no Ameal. Está assim porque: É do Estado. Vale milhões. Não interessa fazer Lar para Idosos. Não dá para vender aos Amigos.Enfim ...vai ficando até chegar um novo Sócrates com os amigos para resolver este assunto

7 de abril de 2019 às 13:46
ac disse...

Vimos como morreu este belo palácio. Mas afinal como nasceu?

7 de abril de 2019 às 19:22
E da C. S. disse...

É tristissimo vêr uma das Quintas e Casas mais bonitas do Porto e arredores (Leça do Balio) chegar a esta degradação. Também é triste o que o responsável da Junta de Freguesia de Leça escreve sobre e a Casa e Quinta da Ponte da Pedra não corresponda à verdade.
Eduardo da Costa Seixas

10 de novembro de 2020 às 01:15

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