A construção da Ponte Velha do Vouga foi ordenada por D. João III em 1529 e sofreu reparações em 1713 por ordem de D. João V que lhe terão dado a feição que ainda (sublinhemos o "ainda") se vê hoje. Existe também a forte possibilidade desta ponte quinhentista ter sido construída sobre uma anterior romana, até porque aqui era justamente o ponto onde a grande via romana que ligava Bracara Augusta a Olisipo transpunha o rio Vouga, passagem controlada pela civitas Talabriga que fica no cabeço sobranceiro ao rio, conhecido como Cabeço do Vouga.
Em baixo uma imagem da ponte recentemente semi-destruída (Novembro de 2011) devido a intempérie e ao abandono. O que revolta é a vontade da autarquia, que como muitas outras parece padecer de bases minimas de cultura, em demolir a ponte. (ver notícia)
O infeliz testemunho das entidades competentes... ou incompetentes pelo que tudo indica:
«A Câmara Municipal de Águeda não pretende recuperar a ponte quinhentista de Lamas do Vouga que ruiu parcialmente na noite do passado sábado. Muito pelo contrário: a autarquia pretende, agora, avançar com um estudo para “a demolição da estrutura que resta”, avançou ao PÚBLICO o vice-presidente do executivo, Jorge Almeida.»
A ponte sobre o rio Vouga, se bem que modificada e beneficiada nas épocas em cima citadas, é um dos principais monumentos viários da época romana em território nacional e não deveria ser demolida, antes pelo contrário, devidamente reconstruida.
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