Oratório do Senhor da Saúde. BPI de cerca de 1910
Este cruzeiro datava de princípios do século XVI e foi mandado erguer pelo Arcebispo D. Diogo de Sousa que o mandou colocar junto à Sé Primaz.
Posteriormente o cruzeiro foi transferido para junto do recinto onde se situava, o hospital da Devesa, erigido por D. Frei Bartolomeu dos Mártires, no local onde se situa hoje o parque da Ponte.
Em 1625, por ordem do Arcebispo D. Afonso Furtado de Mendonça, foi transferido para o Largo das Carvalheiras, junto da demolida Capela de S. Miguel-o-Anjo.
Após esta última mudança, foi deslocado um pouco para Sul desse largo, ficando localizado junto a onde hoje se ergue a Escola Primária da Sé.
Foi-lhe acrescentado uma cobertura metálica que assentava sobre quatro colunas graníticas em estilo renascença as quais eram vedadas com grades de ferro.
Em 1912, devido ao forte sentimento anti-clerical, impulsionado por um regime Republicano, que tentava apagar o papel da Igreja na sociedade, alguém apedrejou o cruzeiro, durante a noite, danificando-o.
Após este atentado, o Oratório do Senhor da Saúde foi desmantelado e transferido, em 1914, para o Parque da Ponte.
O bando de carbonários que, levados pelo sentimento doentio de ódio e opositor à Igreja imposto pela 1.ª República, apedrejaram este e outros cruzeiros na cidade de Braga, como o cruzeiro do Senhor da Saúde, o cruzeiro da Cruz de Pedra, o cruzeiro alpendrado de Infias e ainda o cruzeiro de S.Lázaro (neste último monumento, os vândalos, quebraram os braços e as pernas da imagem de Cristo, que mais tarde seriam consertados) tiveram um fim apropriado, pois um deles morreu sem pernas e sem braços, que lhe foram amputados devido a uma grave doença e o outro morreu sem pernas depois de um comboio lhe ter passado por cima no ramal de Braga.
Imagem:
- BPI (digitalização)
Fonte:
- CMB
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