Torre de Chã. (Ferreiros de Tendais / Cinfães)

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A Torre de Chã (ou Torre de Cham) era originalmente uma fortificação, posteriormente transformada em Solar da Brasonada família Pinto, (já por nós mencionada na publicação "Torre da Lagariça/A Illustre Casa de Ramires") de Riba Bestança. A lenda identifica como fundador da torre, o famoso cavaleiro moçárabe* Geraldo Giraldes. 
Esta fortificação localizava-se num alto pedregoso da serra de Montemuro, perto do ribeiro de Bestança e da vila de Ferreiros de Tendais.
Desenho à pena da Torre de Chã, em Ferreiros de Tendais, Cinfães 
Autoria do Dr. Cabral Pinto de Rezende
«O Castello de Cham»
Revista Panorama de 11-11-1843
No ano de 1939, a antiquíssima Torre de Chã, encontrava-se em absoluto estado de ruína, já fazia muitos anos e seria demolida, alegadamente para evitar o colapso total. Esta demolição, foi sem duvida alguma, mais uma grande perda do nosso património histórico.

Nota: * Moçárabes (do árabe مستعرب musta'rib, "arabizado"‎) eram cristãos ibéricos que viviam sob o governo muçulmano no Al-Andalus. Os seus descendentes não se converteram ao Islão, mas adoptaram elementos da língua e cultura árabe. Eram, principalmente, católicos romanos de rito visigótico ou moçárabe.

3 comentários

Unknown disse...

A Torre de Chã, após a venda a um brasileiro, foi demolida, e junto aos destroços, morreu parte da História de Portugal, principalmente do Cavaleiro que
originou o nome (ou sobrenome) PINTO. Uma pena.

14 de julho de 2017 às 20:50
Unknown disse...

Ainda não achei a comprovação dessa venda a um brasileiro.
Helder Pinto

19 de dezembro de 2018 às 23:06
Pedro Fernandes disse...

Tudo que José Gomes Amado de Azambuja, editou em 1917 é um romance através do pouco que ele sabia e que está registado em 1910 na Arquivo Nacional Torre do Tombo, a torre com vestigios dos seus muros rasos ao solo, e sem entulho. Prova que as pedras foram reutalizadas. Quanto aos vestigios desapareceram em 1939, é possivel. Aconteceu o mesmo a muitos edificios, e alguns foram reconstruidos como o castelo de Guimarães que só tinha 95 pedras originais - documentado nos arquivos a cidade, e no livro 365 dias.

7 de março de 2022 às 11:02

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