Arco das Verdades. (Porto)

domingo, 5 de abril de 2020

Já abordamos este item, na nossa página da rede social do facebook, no entanto por não estar propriamente "desaparecido" nunca lhe dedicamos um publicação aqui no blogue. 
Tal será feito agora, após diversos pedidos feitos pelos nossos estimados leitores.
Se descermos da Sé do Porto pela Rua de D. Hugo até à Ribeira, vamo-nos deparar com o "Arco das Verdades" que se localiza nas Escadas das Verdades.
Arco das Verdades, c.1934
O “Arco das Verdades” está directamente ligado a uma das quatro portas que existiam na muralha primitiva dita “Sueva” ou também chamada de «Cerca Velha» que se chamava Porta das Mentiras, e que a partir do séc. XIV, passou a chamar-se porta de Nª Sª das Verdades. Essa porta, ou entrada, localizava-se nas escadas das verdades, no entanto desconhece-se a data do seu desaparecimento. A porta dava acesso à zona do Barredo e da Ribeira. Relativamente ao Arco, há quem o ligue e até identifique como sendo essa porta, o que é um erro. O arco além de ser muito mais largo do que a porta, não possui o formato nem a configuração adequada e funcionou como aqueduto.
Arco das Verdades, c.1934
Este aqueduto teria sido construído no século XVI para transportar água das Fontainhas, primeiro em direcção ao Convento das Clarissas (Igreja de Santa Clara), e depois para o Convento Jesuíta de São Lourenço, hoje mais conhecido como a Igreja dos Grilos.
Segundo consta, por este arco corriam as águas da nascente de Mija-Velhas (actual Campo 24 de Agosto), que abasteciam a Mitra e fontes já desaparecidas em Pena Ventosa onde o povo se abastecia de água.
Largo da Pena Ventosa, c.1900. BPI - Editor: Grandes Armazéns Hermínios
Largo da Pena Ventosa, c.1900
 BPI - Editor: Arnaldo Soares - Registrado

Imagens:
- AHMP

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