Carquejeira carregada, subindo a Calçada da Corticeira
As Carquejeiras, eram apenas mulheres, resistentes, corajosas, muito trabalhadoras e esforçadas, que descarregavam pesados molhos com 40, 50 ou 60 quilos de carqueja (ou chamiça) dos barcos que a transportavam Douro abaixo.
Subiam e desciam desde madrugada até à noite a Calçada da Corticeira, rampa que, actualmente, um turista, munido apenas de uma leve máquina fotográfica não consegue subir por inteiro, sem parar a meio para descansar e apreciar a paisagem.
Subiam e desciam desde madrugada até à noite a Calçada da Corticeira, rampa que, actualmente, um turista, munido apenas de uma leve máquina fotográfica não consegue subir por inteiro, sem parar a meio para descansar e apreciar a paisagem.
Carquejeiras, subindo a Calçada da Corticeira
Calçada da Corticeira
Descarregando carqueja - Aurélio da Paz dos Reis c. 1906
Corticeira, vendo-se a Capela do Sr. do Carvalhinho
Por esta rampa subiam as Carquejeiras
Por esta rampa subiam as Carquejeiras
BPI - Editor Alberto Ferreira - Praça da Batalha - Porto
As Carquejeiras, com os molhos às costas, subiam esta calçada, com 210 metros de comprimento e 22 por cento de inclinação, até às Fontainhas.
Pousavam a carga no muro da Alameda das Fontainhas, bebiam água e lavavam o suor e a sujidade da face num fontanário ainda lá existente.
Carquejeira carregada, subindo a Calçada da Corticeira
Carquejeira na Calçada da Corticeira
Carquejeira subindo a Calçada da Corticeira, nas Fontainhas
A Calçada da Corticeira, e zona das Fontainhas, vistas de Vila Nova de Gaia, por volta de 1860. Calótipo com autoria atribuída a Frederick William Flower
Porto - Guindais e Corticeira. Cliché Fotográfico, Dimensão 11x8cm.Arquivo Théodore L'Huillier, 1905-1907
«O Século Ilustrado». 19 de Abril de 1947 - A Calçada da Corticeira
Subindo a Calçada da Corticeira
Após um breve descanso, prosseguiam viagem até ao centro da cidade do Porto.
Iam até às Antas, a Paranhos, à Boavista, aos sítios onde havia padarias de que a carqueja era acendalha para os fornos. Entre os anos 30 e 50 do século XX, passaram centenas de mulheres (e alguns homens) pela Corticeira. Na década de 40 do século passado, chegou a haver noventa, todo o dia, em bicha e em ziguezague, para compensar a agrura da subida.
Curiosidade: Ford subindo em 32 segundos a Corticeira em 1905
Aurélio da Paz dos Reis in Ilustração Portuguesa
Palmira de Sousa - A última das Carquejeiras
Foto em Jornal de Notícias - PEDRO CORREIA - GLOBAL IMAGENS
Palmira de Sousa, foi "A última Carquejeira do Porto". Seguiu o ofício de sua mãe, começando a carregar os pesados fardos de carqueja, pela calçada acima, a partir dos dez anos.
Nascida em 1912, a senhora Palmira de Sousa faleceu em 2014, com uns formidáveis 102 anos de idade.
6 comentários
Bom dia. Por acaso não tem o contacto de alguém da família da Palmira de Sousa?
3 de fevereiro de 2020 às 12:38Era a minha avó.
4 de março de 2020 às 18:48Rendo-me com todo o respeito a essas senhoras.
9 de março de 2020 às 09:27Joaquim Sustelo
Mulheres como nao ha igual! Um sofrimento terrivel e uma força extraordinaria...
31 de janeiro de 2021 às 12:38Bom dia, aonde posso consultar o arquivo Théodore l'Huillier?
22 de março de 2022 às 17:00Hoje Com tantos incendiários não tinham como ganhar dinheiro!
9 de outubro de 2022 às 23:31Enviar um comentário