Desde os finais do séc. XV/inícios do séc. XVI, que a nobre Sé do Porto possuía um belo relógio mecânico, que substituiu um outro mais antigo, inserido numa das torres da sua fachada (a torre Sul), no qual as horas eram tangidas manualmente.
Em 1540 este relógio já se encontrava avariado, necessitando de peças que teriam de vir da Flandres. Na segunda metade do século XVII, este segundo relógio seria mandado retirar pela câmara, que alegava que o mesmo não era preciso, visto existirem em abundância pela cidade, isto até 1685, ano em que por Carta Régia, se determinou que o mesmo regressasse à catedral.
Entre 1717-1741, após as grandes obras realizadas em todo o edifício, o relógio seria colocado numa espécie de «Arco Triunfal» entre as duas torres.
Sé do Porto com o seu relógio. Desenho de Alfredo Machado em 1918
Neste local se manteria o relógio, até as grandes obras de beneficiação e restauro realizadas pelo DGEMN, durante a vigência do Estado Novo, que, para devolver o aspecto original ao edifício, o retirou novamente.
Vista do Largo de S. Domingos. A Sé ainda tem o relógio entre as torres
Cliché de Domingos Alvão
Sé do Porto ainda com o relógio e o casario que a envolvia - BPI - Editor - Estrela Vermelha
A Sé do Porto com o seu relógio
Cliché obtido do Miradouro da Vitória, com autoria atribuída a George Tait c. 1888
Sé do Porto com o seu casario envolvente. Seria derrubado nos anos 30, para permitir os acessos ao tabuleiro superior da Ponte Luís I, bem como permitir criar espaço para a construção do conhecido "Terreiro da Sé". É perceptível o relógio entre as duas torres
Vista e Sé do Porto e construções envolventes, num BPI, análogo ao cliché anterior e obtido provavelmente do Miradouro da Vitória, ou muito próximo do mesmo
Vista parcial do Porto, circa 1900. BPI circulado em 1909. Edição - Martins - Lisboa
BPI - Editor - Arnaldo Soares
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