Hotel Miramar. (Monte Estoril)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

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O Hotel Miramar, que anteriormente se chamou Hotel Royal, situado no Monte Estoril, foi inaugurado em 1914 e quase totalmente destruído por um incêndio em 1975.

Vouzela - Ponte Ferroviária e Igreja Matriz. (1920)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

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Um aspecto da Ponte do (desactivado) Caminho de Ferro, em Vouzela. Em destaque na direita da imagem a Igreja Matriz. Uma fotografia que penso datar dos principios dos anos 20 do século passado.

Avenida dos Aliados no ano de 1931. (Cidade do Porto)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Avenida dos Aliados no Porto no ano de 1931, estando ainda a ser construída a actual C.M.P.
Podemos ver com clareza a torre sineira da Igreja da Trindade, que "espreita" ainda majestosa, mesmo ao cimo da avenida e que brevemente ficaria oculta pelo corpo dos novos «Paços do Concelho». Em baixo uma vista da Avenida dos Aliados em sentido oposto, com o edifício das Cardosas ao fundo da mesma.
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Igreja da Trindade em 1886. (Cidade do Porto)

Porto - Egreja da Trindade I. Newton / A.«O Occidente», 9, 1886, p. 252, segundo uma photographia de E. Biel
Uma bela imagem, esta que nos foi enviada, da igreja que conhecemos actualmente, mas num contexto visual envolvente bastante diferente... basta repararmos nas casas que a rodeavam, actualmente desaparecidas ou que deram lugar a outras, mas de tijolo e cimento, bem como nas vielas laterais da igreja que actualmente deram lugar a ruas largas e movimentadas...
Egreja da Trindade. BPI: Editor - Arnaldo Soares
Igreja da Trindade, em pleno séc. XXI. Imagem comparativa, num cliché de Alexandre Silva

Arca de Água de Mijavelhas e Lugar de Mijavelhas. (Cidade do Porto)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011



Até Março de 1882, data em que foi firmado o contrato para abastecimento de água ao domicilio entre a Câmara do Porto e a Companhia (Compagnie Général dês Eaux pour l’Etranger), os cidadãos do Porto que não possuíssem poços privados, tinham que se abastecer nas fontes e chafarizes que existiam pela cidade.

Estas fontes e chafarizes eram abastecidos por vários cursos de água. Entre estes estava o manancial ou aqueduto do Campo Grande. Este, é hoje o actual Campo 24 de Agosto. Este local teve várias denominações ao longo da história. Na Idade Média, denominava-se Campo de Mijavelhas; depois passou a chamar-se Poço das Patas devido às características alagadiças do terreno que originava a formação de grandes poças que as “patas” frequentavam . Em 1833, denominava-se Campo da Feira do Gado porque ali se realizava um mercado de gado bovino; volvidos seis anos ficou Campo Grande. Em 1 de Agosto de 1860 por decisão camarária, foi designado Campo 24 de Agosto.

Uma das fontes que beneficiava da água deste aqueduto era a “Fonte de Mijavelhas”. Esta fonte ficava situada onde se encontra hoje a estação do metro do Campo 24 de Agosto. Quem já usou a referida estação deve ter reparado com toda a certeza no achado arqueológico que foi encontrado no local e que retrata aquela que foi a “Arca de Água de Mijavelhas” antigo chafariz, reservatório. A sua reconstrução aviva a memória de todos os portuenses e relembra a sua história.

Fontes abastecidas pela água do Campo Grande. (Cidade do Porto)

O contrato para o abastecimento de água ao domicílio, feito entre a Câmara do Porto e a Companhia (Compagnie Général des Eaux pour l'Etranger) é de 22 de Março de 1882.
Isto quer dizer que, até àquele ano, os cidadãos do Porto que não tivessem poços privados, se abasteciam nas fontes e nos chafarizes que havia espalhados por toda a cidade.
Por sua vez, as fontes e chafarizes eram abastecidos por água proveniente de vários mananciais. Os mais célebres eram o de Paranhos ou Arca d'Água, por ter nesta última localidade as nascentes, que eram três; o de Camões e o da Aguardente (actual Praça do Marquês de Pombal); e outros, entre os quais estava o manancial ou aqueduto do Campo Grande, de que se não tem falado muito, embora abastecesse um significativo número de fontes e chafarizes.
O Campo Grande é o actual Campo de 24 de Agosto. Este concorrido local do Porto teve várias denominações ao longo dos tempos. Tinha, na Idade Média, a pitoresca denominação de Campo de Mijavelhas; depois deram-lhe o nome de Poço das Patas, o que até se compreende se tivermos em conta as características alagadiças do terreno onde se formavam enormes poças que aquelas aves frequentavam com assiduidade; por 1833, era o Campo da Feira do Gado, porque nesse espaço se realizava um importante mercado de gado bovino; seis anos depois, já era só o Campo Grande; e a actual designação foi-lhe dada por deliberação camarária de 1 de Agosto de 1860.
Como atrás ficou dito, o Manancial do Campo Grande tem sido, em comparação com os demais, o que menos atenção tem despertado a quem se tem debruçado sobre a história do abastecimento de água à cidade do Porto. Daí que escasseiem alguns dados históricos, nomeadamente, o da data da sua construção. Sabe-se, no entanto, que é anterior ao ano de 1849, pois existe um documento que fala de "uma biqueira" (telha por onde corre a água) que lançava no Manancial do Campo Grande água que vinha de uma mina do Visconde de Castelões.
O abastecimento deste manancial era feito por nascentes "nativas" ou seja, que ficavam por ali muito perto; e ainda pela água de uma mina pertencente a José de Melo Peixoto, da Póvoa de Baixo (na confluência da Rua de Santos Pousada com o Campo de 24 de Agosto); e de uma outra mina de que era proprietário Florido Rodrigues Pereira Ferraz, situada na "Estrada do senhor do Bonfim", a Rua do Bonfim dos nossos dias. Em data que não é possível confirmar, a Misericórdia do Porto comprou a Manuel Correia Espadeiro e mulher, moradores no Poço das Patas, "huma poça d'Agua, no Monte de Mijavelhas, junto aonde antigamente estivera a forca" para ser introduzida no manancial e daí seguir para o recolhimento das Órfãs (Nossa Senhora da Esperança).
Vejamos agora quais eram as fontes e os chafarizes que beneficiavam da água deste manancial. Em primeiro lugar, naturalmente, a "Fonte de Mijavelhas" , aquela que foi encontrada aquando da construção da estação do Metro e cujas pedras a administração daquela empresa em boa hora resolveu conservar, dentro da própria estação, como memória histórica do sítio. As "vertentes" (águas que sobravam) iam abastecer "os magníficos lavadouros públicos" que ali havia e, após isso, continuavam a céu aberto e a sua força era aproveitada para mover os moinhos das Fontainhas.
A água do Campo Grande abastecia mais as seguintes fontes públicas uma na Rua das Fontainhas, que ficava mesmo à entrada desta artéria; o chafariz da Praça da Batalha, obra monumental "que evocava os melhoramentos feitos nesta praça nos tempos passados"; seguia depois "o encanamento" pela "Rua da Senhora do Terço" e pela Rua Chã, até ao chafariz do Anjo (S. Miguel), construído por iniciativa do Cabido, no antigo Largo da Sé, acima do sítio onde estava a Porta de Vandoma e onde ainda está; o célebre chafariz da Rua Chã, que ficava entre a rua deste nome e a Rua do Cativo, em frente à casa conhecida pelo Paço da Marquesa, por nela ter vivido a última Marquesa de Abrantes; a Fonte do Largo de S. Sebastião, uma das mais antigas que havia na cidade, actualmente no Largo do Dr. Pedro Vitorino.
A água do Manancial do Campo Grande seguia, também, devidamente encanada, por baixo da Rua da Murta (Rua do Morgado de Mateus) e saia em S. Lázaro, "defronte onde estava a Igreja Velha dos religiosos Antoninos" (edifício da Biblioteca Pública Municipal) para onde seguia um anel de água. Um anel equivalia a oito penas e cada pena correspondia a um fornecimento diário de 1.272 litros. Era com um anel de água, por exemplo, que o aqueduto abastecia a Fonte de S. Lázaro.

Empresa Costa Braga & Filhos, Lda. (Cidade do Porto)

A empresa Costa Braga & Filhos, Lda. foi fundada em 1866 na rua da Firmeza, na cidade do Porto, exactamente no local que foi posteriormente ocupado pela Escola de Artes e Ofícios Soares dos Reis (actualmente a escola mudou para outro local da invicta, mais exactamente para as instalações da Oliveira Martins). A fábrica na altura denominada “Real e Imperial Chapelaria a Vapor de Costa Braga & Filhos”, posteriormente conjugando loja e fabrica  instalou-se na rua 31 de Janeiro também conhecida por rua de St.º António. Quatro vezes ao ano publicava um catálogo, em forma de revista – “A Moda”, definida pelo Diário Popular – Lisboa, a propósito do número 5 de A Moda, em 1884, como sendo “uma publicação trimensal, elegante, distincta, que sob bella forma nos dá, com algum artigo interessante àcerca das relações do estado com a indústria nacional, uma estampa de figurinos em phototipa”.

Mirandela - Vista Geral.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

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Mirandela - Vista Geral.
Uma belíssima imagem, obtida antes do "BANG" urbanístico das décadas de 80 e 90. Reparem nos pormenores. A igreja-matriz ainda ostentava a torre sineira original e o rio ainda não tinha sido vítima da albufeira, que criou a famosa concha-de-água.
Mirandela c.1875
 Aspecto original da antiga torre da igreja matriz. (Nª Srª da Encarnação)

Imagens:
- BPI (digitalização)
- Autores desconhecidos

Fontanário da Praça D. João I. (Cidade do Porto)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

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Fontanário ou Fonte Luminosa, existente na Praça D. João I, no Porto, numa imagem (em cima), posterior a 1966. 
Esta aparatosa fonte foi construída em 1966.
Foi retirada deste local, quando das obras de requalificação da baixa da Invicta, no Porto 2001, capital da cultura. Podemos admirar o mesmo, actualmente, no centro da Praça Marquês de Pombal, ocupando o exacto local onde antes existiu um "repuxo" de água.
Praça D. João I
Construção da Fonte Luminosa, na Praça D. João I, c. 1966
 A fonte, vendo-se o Teatro Rivoli
  Esta fonte encontra-se actualmente na Praça Marquês de Pombal
Imagens:
- BPI, digitalização
- AHMP

Avenida Dr. Oliveira Salazar. (Arouca)

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Avenida Dr. Oliveira Salazar, circa 1965
A avenida Dr. Oliveira Salazar em Arouca, vendo-se no horizonte da imagem, o edifício dos Paços do Concelho (em cima), num postal provavelmente dos inícios da década de 60 do séc. XX. Não será surpresa pensar que depois da "Abrilada de 1974" o nome da avenida foi desvirtuado para aquele que ainda ostenta actualmente, o famosíssimo "25 de Abril".
Avenida Dr. Oliveira Salazar, vista dos Paços do Concelho
Imagem:
- BPI, Digitalização

Capela do Sr. do Carvalhinho. (Cidade do Porto)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

No número 24 de 9 de Junho de 1821 do jornal "A Borboleta dos Campos Constitucionais", um dos muitos periódicos que apareceram a seguir à Revolução Liberal de 1820 pode-se ler "... alugão-se para o S. Miguel do corrente ano as Casas com sua Capella e Quinta do Carvalhinho para baixo do Passeio das Fontaínhas, junto ao Rio Douro desta Cidade do Porto, as quaes contém accomodações para uma família numerosa..."
A Capela, supostamente dedicada ao Senhor do Carvalhinho, actualmente está em ruína absoluta e pertenceria a uma propriedade denominada Quinta da Fraga.
Ruínas da Capela do Senhor do Carvalhinho, estranhamente pintadas de azul e vermelho
Segundo Germano Silva, a nosso ver um dos maiores eruditos sobre a História da cidade do Porto, a cerimónia para o lançamento da primeira pedra, sobre a qual se havia de construir a capela do Senhor Jesus do Carvalhinho, ocorreu no dia 26 de Junho de 1737.
O templo foi levantado em terreno que pertencia à Quinta da Fraga, "junto à Calçada da Corticeira, por baixo do passeio das Fontainhas, junto ao rio Douro".
A quinta, ao tempo em que a capela começou a ser construída, pertencia aos padres da Companhia de Jesus (Jesuítas) , que tinham a sua sede na igreja de S. Lourenço, junto à Sé, e que a haviam comprado para nela instalar um hospício para os sacerdotes doentes e uma casa para seu recreio. Com a expulsão dos jesuítas, em 1759, a Quinta da Fraga, com suas casas e capela, passou para a posse do Estado, que vendeu tudo em hasta pública. As casas viriam a ser alugadas, em 1840, para nelas se instalar uma fábrica de louça. Foi aí que nasceu a célebre Fábrica Cerâmica do Carvalhinho, que em 1923 se mudou para o sítio do Arco do Prado, em Vila Nova de Gaia
Nos terrenos que rodeavam a capela foram inauguradas em 1840 as primeiras instalações de uma Fábrica de Cerâmica que tomou o nome do Carvalhinho e depois se viria a mudar para V. N. de Gaia.
A nossa duvida é: A capela referida será mesmo esta, ou outra capela supostamente designada pelo mesmo Santo, que existiu uns metros mais abaixo da Corticeira e teria sido derrubada em 1943, para a abertura da marginal, como se pode ler nesta publicação?
As ruínas da capela do Sr. do Carvalhinho (fotografia de cima) e a mesma, mas 100 anos no passado (fotografia de baixo) ainda em perfeito estado de conservação.
Capela do Senhor do Carvalhinho (canto direito) durante a edificação da Ponte Luís I

Imagens:
- Alexandre Silva
- Autor desconhecido
- BPI - Editor Alberto Ferreira
- AMP

Capela de São Bento do Casal. (Oliveira de Azeméis)

A Capela de São Bento do Casal situava-se, como o seu nome indica, no Lugar do Casal, em Oliveira de Azeméis. Não possuo bibliografia sobre esta antiga capela, mas segundo informação recebida o seu desaparecimento ou demolição, foi resultado do abandono total e do peso do tempo.

Visita do Rei D. Manuel II ao Porto, em 1908.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Em 8 de Novembro de 1908, o rei D. Manuel II chegou à cidade do Porto para uma visita oficial, aqui visitou diversas instituições como, a Câmara Municipal,  a Associação Comercial do Porto, o Hospital de Santo António, a Feitoria Inglesa, o Clube Portuense, ou o Palácio da Relação, entre outras. Na sua viagem pelo norte do país visitou ainda as localidades de Matosinhos, Espinho, Vila da Feira, Aveiro, Braga, Coimbra, Santo Tirso, Guimarães, Barcelos, Vila Nova de Gaia e Viana do Castelo. Na comitiva vinha o repórter da Ilustração Portuguesa Joshua Benoliel que abundantemente registou os mais diversos momentos da visita, os quais foram publicados em vários números daquela revista.
Campanhã em 1900 - Phot.ª Guedes
 D. Manuel II chega ao Porto. 1908
Na imagem de cima, a chegada de sua majestade à estação de Campanhã e na imagem abaixo vemos a rua dos Clérigos engalanada para receber o rei.
Rua dos Clérigos, durante a visita de D. Manuel II ao Porto, em 1908
Na imagem de baixo, vemos D. Manuel II desfilando por uma rua do Porto, durante a sua visita ao norte do país.
A Carruagem Real na Praça de D. Pedro, durante a visita de D. Manuel II ao Porto, ocorrida em 1908
Visita de D. Manuel II ao Porto, em 1908 
Chegada à Igreja da Lapa, onde está guardado o coração que D. Pedro doou ao Porto
Na direita do cliché são ainda visíveis, os edifícios do antigo Colégio e da Capela (ou antiga Igreja) da Lapa, já por nós aqui abordados numa publicação e  actualmente removidos
Recepção ao rei D. Manuel II. Um grupo de pessoas esperando em frente a um edifício com a bandeira da Associação Comercial do Porto, com as bandeiras do Reino de Portugal e da República Federal do Brasil.
O Rei D. Manuel II, em 1909, sendo aclamado pelo Povo à janela do Palácio das Carrancas, actual Museu Soares dos Reis.

Imagens:
- Phot.ª Guedes
- Joshua Benoliel
- Ilustração Portuguesa
- DGEMN