Largo da Feira de S. Bento e Porta de Carros. (Cidade do Porto)

terça-feira, 27 de abril de 2010

Largo da Feira de S. Bento e Porta de Carros (1787). No centro da imagem, atrás da muralha, vemos a ainda existente Igreja dos Congregados, o edifício que vemos (parcialmente) na direita, é parte do extinto Mosteiro de S. Bento de Avé-Maria, já aqui por mais de uma vez referenciado e que podemos apreciar na integridade na última fotografia, num passado mais recente. Na esquerda da imagem, por trás do casario mais baixo, temos parte do edifício ainda existente, que também já foi mosteiro e cuja fachada dá para a actual praça da Liberdade, situada ao fundo da avenida dos Aliados.
Em cima e em baixo, o mesmo local visto em 1787 e 1969

O mosteiro de S. Bento de Avé-Maria (em baixo) numa fotografia obtida, antes que qualquer obra derruba-se uma única pedra deste magnífico edifício religioso

O Vale do Douro, antes da Barragem do Carrapatelo.

sábado, 24 de abril de 2010

Nestas  imagens Históricas do Vale do Douro, que abrangem, mais ou menos, desde a Freguesia de Ribadouro / Lugar da Pala, até a Estação da Ermida (situada um pouco acima da Vila de Resende e na margem oposta) chamamos a atenção para o seguinte... O que aqui mudou desde então foi o próprio Vale do Douro!!!
Tiradas muito antes da existência da Barragem do Carrapatelo, que em 1972 tornou este vale pedregoso e de águas rápidas numa enorme represa, estas imagens mostram a quem não é desse tempo o quanto o nível das águas subiu e como modificou a paisagem envolvente, assim como o rio Douro era originalmente, quando corria nesta zona sem a intervenção da mão do Homem.
Vista do vale do Douro na Pala - Emílio Biel, Fototipia, 1887
Em baixo...  se passar neste local actualmente verá um verdadeiro "lago gigante" entre as margens
A Ponte do Caminho de Ferro, que vemos no canto inferior esquerdo da fotografia de baixo, tem actualmente os seus pilares praticamente todos mergulhados na água no rio Douro (que neste local subiu cerca de 30 metros), tendo escapado a submersão, pouco mais, que o tabuleiro onde assenta a linha férrea.
Cais da Pala ou Cais de Porto Antigo. Carros de bois carregando pipas de vinho 
e um barco rabelo seguindo caminho para o Cais de Gaia. Emílio Biel c. 1907 
Imagens:
- Emílio Biel

Chafariz do Mosteiro de S. Bento de Avé-Maria. (Cidade do Porto)

terça-feira, 20 de abril de 2010

Chafariz no Jardim do SMAS
Não se sabe bem a data exacta em que este chafariz foi colocado nos Jardins dos SMAS. 
Como é evidente foi após a infeliz destruição do antiquíssimo Mosteiro (para ser substituído pela actual Estação de S. Bento), como já aqui referimos anteriormente. 
Hélder Pacheco (in -Porto -, Lisboa 1984, paginas 172) ao referir-se a este chafariz afirma que: "...a única característica e a de possuir bicas em três níveis sobrepostos, despejando a água para duas taças e um tanque inferior". Realmente a sobriedade deste chafariz é tão grande quanto a sua beleza, a qual é mais realçada pelas plantas aquáticas que ornamentam o seu tanque.
Nas imagens de baixo, o mesmo chafariz numa época em que ainda era um elemento central do pátio interior do Mosteiro de São Bento de Avé-Maria, este convento situava-se, já o dissemos várias vezes, onde é hoje a Estação Ferroviária de S. Bento.

Claustro do Mosteiro de São Bento-de-Avé-Maria. Duas variantes do mesmo cliché
Claustro do Mosteiro de São Bento de Avé Maria, vendo-se o chafariz na esquerda da imagem

A Torre Sineira do Mosteiro de Santa Cruz. (Cidade de Coimbra)

sábado, 17 de abril de 2010

Nos clichés que se seguem, podemos visualizar o Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, com o Claustro do Jardim da Manga e a majestosa Torre de Santa Cruz, no seu local de origem.
Clique nas imagens para as ampliar
Pormenor da demolida Torre Sineira
Torre de Santa Cruz
Torre de Santa Cruz. Fotografia estereoscópica, c.1907
H. C. White Co., publisher
Derrube deliberado da Torre Sineira, em 3 de Janeiro de 1935
Imagens Históricas e lamentáveis... O derrube da Torre Sineira
Esta torre entrou em ruínas, tendo sido derrubada, em 3 de Janeiro de 1935 (ruiu exactamente às 15:24), com a colaboração dos bombeiros que, para isso, injectaram água nos seus alicerces. 
A Gazeta de Coimbra fazia a seguinte descrição do acontecimento: "Queda imponente, majestosa, gradiosisíma dum belo-horrível deslumbrante".
Segundo se sabe, a torre foi demolida pois ameaçava ruir sobre a rua que era já nessa altura, uma das mais movimentadas da cidade de Coimbra.
Fachada de Santa Cruz em Coimbra. J. Laurent, 1869
Fachada de Santa Cruz em Coimbra. BPI, autor desconhecido
Paços Municipais (Praça 8 de Maio) por volta de 1905. BPI - Papelaria Borges

O «Hindenburgo» planando sobre Lisboa em 1936.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

 Clique nas imagens para as ampliar
O "Hindenburgo" em Lisboa
Na fotografia de cima, podemos visualizar o dirigível "Hindenburgo", planando suavemente sobre o Terreiro do Paço na cidade de Lisboa, em Setembro de 1936. Em baixo, vemos o mesmo dirigível sobre a capital.
 dirigível "Hindenburgo" sobre Lisboa

Imagens:
- Estúdio Horácio Novais

A Fonte da Rua Garrett. (Cidade do Porto)

segunda-feira, 12 de abril de 2010


Esta fonte foi retirada da Rua Garrett, actual Rua do Padre António Vieira sendo a sua decoração extremamente simples. Assim é só de salientar a forma monolitica no seu corpo central. Era alimentada pela água da mina da Póvoa, mina essa que era particular. A entrada desta velha mina é na Calçada da Póvoa, seguindo pela Trav. do mesmo nome, Av. Fernao de Magalhaes, Campo 24 de Agosto, R. Ferreira Cardoso, Rua do Heroismo (com derivação para a rua do Barão de Nova Sintra), e Rua Padre Antonio Vieira. Era conhecida também pela mina do Gaspar Cardoso. Não é possivel determinar com exactidão a data da sua construção.

Bebedouro ou Marco Fontenario da Praça de Carlos Alberto.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Praça de Carlos Alberto (BPI). O fontanário em primeiro plano
Localizava-se na Praça de Carlos Alberto, no Porto, conforme podemos observar nas imagens. É um marco fontanário (ou fontenário), com duas conchas onde cai a água que saia de uma torneira. É feito em ferro fundido, sendo um dos mais bonitos exemplares da FUNDIÇÃO DO BOM SUCESSO
Tem duas taças, uma superior para os cavalos beberem e outra inferior para os cães e gatos. No alçado oposto, existe uma torneira para as pessoas poderem beber.
Devido à sua dupla função de fornecer água e iluminação, encontra-se no seu topo um magnifico lampião que remata e embeleza o marco. Foi doado por Júlio D`Andrade.
Fontanário da Praça de Carlos Alberto 
 Praça de Carlos Alberto (BPI)  sendo visível o fontanário
Praça de Carlos Alberto. Edição dos Grandes Armazéns Hermínios.
Praça de Carlos Alberto. BPI - Editor Alberto Ferreira
"Não nos cancemos de 
fazer o bem.
O homem é o rei dos 
animaes mas não de-
ve ser o seu tyranno
SOCIEDADE 
PROTECTORA DOS ANIMAES
FUNDADA NO PORTO EM 1878
Doado a sociedade por 
JULIO D`ANDRADE"
Como já em cima referimos encontrava-se instalado na Praça de Carlos Aberto por influência da Sociedade Protectora dos Animais, conforme se verifica pela tabuleta colocada no seu corpo principal. 
Actualmente, encontra-se recolhido nos jardins do SMAS, na rua Barão de Nova Sintra, no Porto.
Fontanário/Bebedouro
Fontanário da Praça de Carlos Alberto, actualmente no Jardim do SMAS, c.2020


Fontes:
- SMAS
Imagens:
- BPI (digitalização)
- BPI - Edição dos Armazéns Hermínios 
- BPI - Editor Alberto Ferreira
- Alexandre Silva

A Fonte da Fontinha. (Cidade do Porto)

Fonte da rua Fontinha no seu local original. (Fonte: J. Bahia Júnior, 1908:58)
A fonte, actualmente nos jardins do SMAS
FONTE DA FONTINHA - Segundo Horacio Marçal, embora esta fonte fosse de risco simples era de aspecto atraente. A sua origem nasceu no facto da Fonte Seca, tal como o nome indica, ter secado. A titulo informativo, a Fonte Seca tambem era conecida como Terceira Fonte de Santa Catarina e estava instalada da parte de cima da entao chamada Rua Bela da Princesa. Devido ao facto da Fonte Seca ter secado, foi necessario abastecer de água a zona que anteriormente esta servia. Bahia Junior, afirma que com base no Livro 2 de documentos originais que a medicao dos terrenos para a construcão desta Fonte se teria realizado em 9 de Setembro de 1861, motivo pelo qual foi levado a concluir que a construcão da mesma se tivesse iniciado nesse ano. Primitivamente esta fonte era abastecida pelo Manacial da Povoa, mas devido a grande despesa que isso trazia, ficou a ser fornecida por uma mina propria situada no Largo da Fontinha. Em 1852, A Fonte da Fontinha foi transferida do lugar primitivo, (Embocadura da Trav. da Fontinha, junto da Rua Bela da Princesa-Parte cimeira da Rua de Sta. Catarina ) para a Rua da Fontinha, no termino da Rua das Carvalheiras. Mais tarde foi desmontada e transferida para os Jardins dos SMAS.

Fonte de Cedofeita. (Cidade do Porto)

O Dr. Adriano Fontes, na sua obra - Contribuição para a Higiene do Porto - Página 29 (Porto 1908) afirma e passamos a citar:
«Podemos dizer que a 4 de Julho de 1825 foi praticada vistoria, a requerimento de José Braga e outros as suas propriedades de Cedofeita e situadas na Rua da Torrinha, para ai se edificar um chafariz.... Assim oferecia o citado munícipe o terreno necessário a construção da fonte, mas impondo como condição a cedência por parte da câmara de pena e meia de água diários, (945 litros). Segundo o mesmo autor a fonte teria gravado no seu cume a data de 1826. Em 1893, sofreu esta fonte um pequeno corte no seu tanque, a fim de que as pessoas lá se dirigissem para colher água pudessem estar abrigadas em caso de chuva.»
Pormenor da Fonte da Rua de Cedofeita em 1908
O edifício que envolvia a fonte
Fonte de Cedofeita
Esta fonte era abastecida de água pelo Manancial de Paranhos-Salgueiros, pelo menos até 1892.
Não possuímos elementos precisos que nos digam quando foi desmontada esta fonte. A única peça que restou foi o elemento decorativo que se encontra nos Jardins dos SMAS. Tudo nos indica que era uma fonte singela, simples, mas bonita, com duas bicas de ferro, que presentemente, lançam a água, não para o tanque primitivo, mas para uma espécie de taça arredondada, onde bailam pequenas moitas de erva fininha e muito delicada tal como a fonte.
Nas imagens de cima e na fotografia de baixo vemos o edifício que já foi a "Pension La Fontaine". 
Durante algumas décadas esteve em funcionamento, não se sabendo quando dali foi retirada a fonte, embora provavelmente quando encerrada a pensão e feitas obras para adaptação a loja comercial no piso inferior, sendo o espaço da fonte ocupado com a montra de loja. O prédio acabou posteriormente abandonado e para venda, funcionando no piso térreo loja de representação de produtos para tricot da marca «Brancal».
 
Fonte de Cedofeita, sob o edifício
Em baixo, a «Fonte de Cedofeita» nos dias de hoje guardada nos jardins dos SMAS...
... e o prédio que já foi pensão e antes disso, albergou a escola «Von Hafe Schule»,  no qual ela esteve incorporada, numa imagem bastante recente de autor desconhecido.
Bibliografia:
- SMAS
- BMP 
Imagens:
- Les Temps Perdu
- Arquivos SMAS
- A. Amen
- Bonfim Barreiros
- Autor desconhecido

Ponte Antiga de Santa Clara. (Cidade de Coimbra)

sábado, 3 de abril de 2010

O conceito de "antiga ponte de Santa Clara" é relativo, pois, tal como poderão constatar ao lerem os textos digitalizados por baixo das imagens das duas pontes, várias outras já por aqui existiram nos séculos anteriores...
A "antiga ponte" começou a ser construída em 1873, (como substituta de uma ponte Manuelina datada de 1513, em pedra, com 24 arcos, que com o tempo foi completamente vitimada pelo assoreamento do rio) sendo aberta ao público em 1875.
Coimbra.  Cliché de Autor desconhecido, 1870
Ponte Manuelina em pedra, datada de 1513, havia sido reparada no reinado de D. Manuel I
Ponte antiga de Santa Clara - BPI 
Ponte com tabuleiro metálico, inaugurada em 08 de Maio de 1875
Ponte de Santa Clara, c.1907
Ponte de Santa Clara. Fotografia estereoscópica, c.1907
H. C. White Co., publisher
Dr. Oliveira Salazar, observando a maqueta da nova ponte
Construção da ponte nova. Cliché de autor desconhecido
Em baixo: Vista parcial da antiga Ponte de Santa Clara, vendo-se também as Barcas Serranas no rio Mondego.
Em 1951, com os projectos dos Engenheiros Edgar Cardoso e António Franco Abreu, foi idealizada a "nova ponte" que abriu ao público em 1954, uma das inúmeras pontes construídas durante o regime do Estado Novo.
Em cima e em baixo, as duas pontes coexistem durante um breve período de tempo
Destruição da antiga ponte metálica
Textos da época sobre a História do rio Mondego e das suas várias pontes, clique para ampliar

Fontes parciais:
-Arquivo Municipal de Lisboa (AML)
- ACP