Praça de touros do Campo de Sant'Ana. (Lisboa)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

 Praça de touros do Campo de Sant'Anna
Localizava-se esta Praça onde hoje está a Faculdade de Medicina no Campo dos Mártires da Pátria. 
A Praça de touros do Campo de Sant'Ana, foi inaugurada em 03 de Julho de 1831, e durante 6 décadas foi o centro tauromáquico de Lisboa.
A Praça  seria demolida em 1891 para dar lugar à nova Praça de Touros do Campo Pequeno, inaugurada em 18 de Agosto de 1892.
Praça de touros do Campo de Sant'Anna em Lisboa
Praça do Campo de Sant`Anna. Corrida de touros em 1838

Citando Norberto de Araújo em: 
Peregrinações em Lisboa, vol. IV, 2ª ed., Vega, Lisboa, 1992, p 33.
"No sítio onde assenta a Escola (Faculdade de Medicina) existiu a Praça de Touros do Campo de Sant'Ana, de tradições na vida alfacinha, com a sua aura fidalga e popular a um tempo. Foi aquela Praça inaugurada em 3 de Julho de 1831, tempos do Senhor D. Miguel, que assistiu à «festa», sendo corridos dezasseis touros das manadas reais; à noite, com motivo no acontecimento tauromáquico, houve «luminárias» e «fogo de vistas». A Praça do Campo de Sant'Ana era pequena e quase tôda de madeira, sem o tipo clássico dos redondéis hispano-árabes, uma arena muito para «brinco de touros», mas que fêz as delícias dos nossos avós.
Até 1915 uma «maquette» desta Praça encontrava-se no Club Tauromáquico, ao Chiado; foi por essa época destruída num assalto político àquele Club, e dela resta, apenas, a memória numa fotografia feita um pouco antes pelo Sr. J. A. Barcia. A Praça do Campo de Sant'Ana, que sucedera á do Salitre, esta inaugurada em 4 de Junho de 1790, foi demolida em 1891, para dar lugar à do Campo Pequeno, inaugurada em 18 de Agôsto de 1892."


Imagens e fonte parcial:
- Arquivo Fotográfico da C.M.L
- CML

Igreja dos Anjos. (Lisboa)

Igreja dos Anjos - Fachada frontal
Igreja dos Anjos - Fachada lateral
Igreja dos Anjos - Torre sineira
A extinta Igreja dos Anjos em Lisboa, vista de vários ângulos, onde podemos apreciar a sua única torre sineira. 
Vítima do progresso, infelizmente, esta igreja foi demolida por volta de 1908 quando foi aberta a Av. D. Amélia, actual Av. Almirante Reis.
Segundo informação adicional de um nosso leitor, o sr. João Baptista, a Igreja dos Anjos seria posteriormente reconstruida na própria Avenida Almirante de Reis, onde se encontra actualmente.

Imagens:
- AML

D. Amélia - Momentos em família.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Rainha D. Amélia, a mais alta e bela monarca da Europa
D. Amélia possuía uma beleza pessoal inquestionável
Rainha Dona Maria Amélia de Portugal. In Separata da Revista "Plateia"
D. Maria Amélia Luísa Helena de Orleães - Rainha D. Amélia em 1905
D. Amélia em 1905
D. Carlos e D. Amélia ainda noivos
Nas imagens de cima: O Rei D. Carlos e D. Amélia ainda noivos. 
D. Amélia era tão alta (cerca de 1.80 descalça) que normalmente tiravam as fotografias com ela sentada.

Rainha D. Amélia c.1906 - Cliché de Joshua Benoliel in A.F.C.M.L.
O casamento real aconteceu no dia 22 de Maio de 1886 na igreja de São Domingos em Lisboa.
Constando do programa uma série de recepções no paço, jantares e bailes de corte, récitas de gala nos teatros, tourada á "antiga portuguesa" na praça do Campo de Santana (foi inaugurada em 31 de Julho de 1831), duas corridas de cavalos no hipódromo de Belém, uma quermesse no Jardim Zoológico e um sarau no Real Ginásio Clube Português, etc.
Dona Amélia e o seu séquito composto por 57 pessoas, havia chegado a Portugal dois dias antes à estação de Santa Apolónia, ficando depois hospedados no paço das Necessidades.
Muita gente da província, veio a Lisboa para assistir ao casamento real, mas o povo poucas vezes teve oportunidade de ver o casal, exceptuando a passagem dos coches pela ruas de Lisboa.
A única cerimónia ao ar livre foi uma parada militar no dia 25 de Maio.
Só a selecta assistência no teatro S. Carlos pode ver a Princesa Dona Amélia de perto, no dia em que se ouviram o primeiro acto da ópera Semiramis e dois actos da Aida de Verdi, ou a que esteve presente no baile de gala no dia 28 do mesmo mês.
Como quase sempre em Portugal, o aspecto financeiro é um factor importante, sobretudo quando se vive com dificuldades o que era manifestamente o caso, tanto assim que Dom Luís havia considerado a hipótese de adiar o casamento, devido ao aperto financeiro existente, pois o parlamento havia disponibilizado menos dinheiro do que o havia concedido para o casamento de Dom Luís, a quantia de 107 contos.
Os jovens príncipes foram viver para o palácio de Belém, em frente ao Tejo, construído por Dom João V na primeira metade do século XVII e que servia até essa altura para hospedar visitantes a Lisboa.
Aqui nasceram os seus filhos, Dom Luís Filipe e Dom Manuel II , que foram baptizados na capela palatina, bem como um parto prematuro de uma infanta de nome Maria, que não sobreviveu.
A vida "modesta" a que foram obrigados a viver com um magro orçamento de 40 contos anuais, não impediram que umas "obrinhas" em casa tenham sido feitas, contratando os grandes pintores da época como Columbano Bordalo Pinheiro e José Malhoa para decorar algumas salas.
Rainha D. Amélia
Augusto Bobone. Lisboa, c. 1889. Albumina sobre cartão 
215 x 133 mm (com suporte) PNA, inv. F62134 
Rainha Dona Maria Amélia com seu filho, Luís Filipe, em 1887
elegância da Monarca Portuguesa. A mais bonita e alta da Europa.
Em cima: D. Amélia (já mais velha) Rainha de Portugal, em 1906.

Em baixo: D. Amélia com o seu filho o Rei Dom Manuel II, em 1910.
Em meados de 1907, o seu irmão mais velho e herdeiro do trono de Portugal,visitou Moçambique.
O duplo assassinato do seu pai e do seu irmão Luiz Filipe seis meses mais tarde colocou Manuel no trono. Um golpe militar em Outubro de 1910 aboliu a monarquia e instalou um regime republicano em Portugal.

Fontes parciais:
- Família Real Portuguesa
- Biblioteca Nacional
- Palácio Nacional da Ajuda

Convento de Nossa Sr.ª do Paraíso. (Évora)

O Convento pertencia à Ordem de São Domingos, estava situado na freguesia da Sé, da cidade de Évora. Foi extinto em 18 de Novembro de 1897, por morte da última religiosa. 

Demolição do Convento (1900?)
Por Decreto de 18 de Novembro de 1929, o terreno que foi ocupado pelo Convento foi cedido à Associação do Dinheiro dos Pobres. A parte restante do terreno foi cedida à Câmara Municipal de Évora para a construção de um jardim público, a 19 de Abril de 1930. 


Fonte da imagem: Grupo Pró-Évora

Mosteiro de Santa Mónica. (Évora)

Clique na imagem para a ampliar
Demolição da Igreja do Convento de Santa Mónica em 1889

O Mosteiro de Santa Mónica teve origem numa comunidade de “beatas” ou de mulheres «da pobre vida», instalada, desde o século XV, junto à igreja de S. Mamede que, cerca de 1508, se converte numa comunidade monástica sujeita à Regra de Santo Agostinho, sob o título de Santa Mónica, acompanhando a fundação, na mesma cidade, da comunidade masculina de Santa Maria da Graça, amplamente apoiada pelos monarcas e pelo prelado eborense. Contudo, a nova comunidade, devido a incidentes ocorridos em 1541 durante o provincialato de Fr. André Torneiro, acabaria por ser colocada sob a jurisdição do prelado eborense e definitivamente sujeita à clausura em 1564. Também conhecido por mosteiro do Menino Jesus, devido à devoção a uma imagem outrora existente na capela conventual, seria extinto em 1881, com o falecimento da última prioresa, D. Ana Rita do Carmo. O abandono e o estado de ruína subsequentes conduziriam à sua definitiva demolição já nos finais do século XIX / princípios do século XX.


Fonte da imagem: Grupo Pró-Évora

Palácio do Farrobo. (Évora)


Antigo Palácio do Farrobo,  que durante anos funcionou como Quartel dos Bombeiros. Ficava no Largo da Porta de Moura. Este edifício foi demolido em 1963 para dar lugar ao Palácio da Justiça.

O portal do antigo palácio do Farrobo

Fonte: Arquivo Fotográfico CME