Segunda Fonte da Rua do Almada.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Manuel António de Araújo, comerciante de destaque na cidade, ofereceu-se para subsidiar a construção de uma nova fonte, em 1787, impondo a condição de que lhe fosse concedida metade da água do cano, proveniente de Paranhos, que passava junto à sua propriedade, em Santo Ovídio.

Segunda Fonte da Rua do Almada. J. Bahia Junior, 1909

A fonte foi assim por ele mandada construir, sob inspecção do Senado, seguindo um risco que lhe foi entregue, ficando também a ser o responsável, por mandar edificar o respectivo aqueduto e suportando essa despesa. 

Citando J. Bahia Junior:

“A segunda Fonte da Rua do Almada está situada defronte do prédio n.° 460, sendo mettida no meio de dois prédios que parecem terem sido construídos pela mesma occasião da fonte. E', como a anterior, marcada também pelo triangulo negro …A sua nascente é proximo da rua de Liceiras e o tanque, como o da anterior, vem até ao alinhamento das casas, mas é de menores dimensões.”

A fonte e o aqueduto foram concluídos em 1790. Posteriormente desmontada, a fonte encontra-se actualmente, na Rua do Heroísmo, no jardim do edifício que alberga o Museu Militar do Porto.


Primeira Fonte da Rua do Almada.

A Primeira Fonte da Rua do Almada, estaria localizada mesmo em frente do n.° 242 dessa rua e terá sido inaugurada no ano de 1795, debitando 3 anéis e 6 penas de água. Era abastecida pelo manancial existente sob o Campo da Regeneração (Praça da República), que servia também vários poços privados.

A Primeira Fonte da Rua do Almada
J. Bahia Júnior, 1909


Citando J. Bahia Junior:
“A primeira Fonte da Rua do Almada fica defronte do prédio n.° 242 e tem uma só bica a meio de um grande tanque que vem até ao alinhamento das casas.
Tem a sua nascente proximo do Largo da Picaria e no seu frontespicio está marcada com o respectivo triangulo negro, tendo superiormente as armas reaes.”