Jardins da Avenida dos Aliados. (Porto)

domingo, 27 de maio de 2012

Avenida dos Aliados foi traçada pela mão do inglês Barry Parker em inícios do século XX e edificada segundo o arquitecto portuense Marques da Silva, desde logo tomou a designação do boulevard do Porto. Era o maior espaço público urbano projectado no Porto até então. Tratava-se portanto da avenida central da cidade, de gosto cosmopolita, ladeada por fachadas de edifícios ao gosto beaux-artiano, permitindo a abertura de espaço para a renovação da cidade do porto, uma cidade ainda burguesa.
A Avenida dos Aliados é sem dúvida um importante arruamento na freguesia de Santo Ildefonso. Com a Praça da Liberdade ao fundo da mesma e a Praça General Humberto Delgado (mais conhecida por Praça Almeida Garrett, devido presença  de uma estátua da ilustre figura, ícone da Invicta) junto ao edifício da Câmara Municipal, constitui um tecido urbano contínuo.
A imponência do seu conjunto arquitectónico e o seu carácter central fazem dela a "sala de visitas" da cidade, local por excelência onde os portuenses se concentram para celebrarem os momentos especiais.
Todos os edifícios são de bom granito, muitos deles coroados de lanternins, cúpulas e coruchéus. O eixo da avenida é marcado por uma ampla placa central que, até meados de 2006, era ajardinada e agora está completamente calcetada por paralelipípedos de granito.
Sensivelmente a meio da avenida, de um e outro lado, estão as duas bocas da Estação Aliados da Linha D do Metro do Porto. Foi precisamente a construção das saídas da estação que originou a completa reformulação da avenida, obra que foi entregue ao arquitecto Álvaro Siza Vieira. O projecto ficou envolvido por uma enorme contestação por, desvirtuar a tradição histórica e paisagística do local. Apesar de tudo, a obra, que procurava criar uma continuidade entre a Avenida e a Praça de Liberdade,  foi, nas suas linhas gerais, concretizada. Destruíram-se zonas verdes de grande beleza e uma grande parcela de magnífica calçada portuguesa (pedra de basalto).
(Clique nas imagens para as ampliar)
Avenida dos Aliados 
Dois ângulos diferentes
Nas imagens de cima e na de baixo, a Avenida dos Aliados vista da Câmara Municipal
 Avenida dos Aliados vista de vários ângulos
Avenida dos Aliados, em época festiva
Avenida dos Aliados, vista da Praça da Liberdade (em primeiro plano na imagem). Arquivos Alvão.
Imagem de grande dimensão. Clique para ampliar
Vista lateral da C.M. e da avenida, anterior à construção do Palácio dos Correios
Avenida dos Aliados, vista a partir da Praça da Liberdade
 A estátua da «menina nua» e os jardins que a rodeavam
Outro pormenor dos jardins no separador central
 A Câmara Municipal. Nesta época ainda existiam os jardins e a calçada portuguesa no separador central
A Avenida dos Aliados. Vistas aéreas anteriores as intervenções de Álvaro Siza
(Clique nas imagens para as ampliar)
Vista aérea do local
Fontes:
- CMP
- AMP
- BMP

Imagens: 
- BPI (digitalização)
- Alvão
- Autores Desconhecidos

Colégio Luso Internacional do Porto - Fundação.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Imagem de grande dimensão, clique na mesma para a ampliar

Antiga notícia sobre a criação do Colégio Luso Internacional do Porto - «um Colégio de vanguarda» - Fundado por Artur Victoria.

"A velha central do Castelo do Queijo que fornecia energia para os eléctricos do Porto está transformada num centro cultural e educacional. O edifício foi restaurado: toneladas de lixo foram retiradas dos terrenos anexos e aquele espaço deixou de ser um antro da, marginalidade. Para o próximo ano lectivo, com o edificio da velha central eléctrica completamente recuperado, Aquele estabelecimento de ensino receberá alunos até ao 12.º ano.

O seu diploma permitirá o ingresso no ensino superior de 74 países, inclusive todos 08 membros da Comunidade Económica Europeia (CEE). E de resto. foi porque a Região Norte não tem estruturas ao nivel de estabelecimentos de ensino para receber crianças e jovens estrangeiros ou filhos de emigrantes e que este projecto nasceu.
Valente de Oliveiraentão Presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte (CCRN) mobilizou figuras da cidade para a criar uma Fundação de Capital Humano que criasse este estabelecimentos de ensino no Porto e noutras cidades do interior com um curiculum capaz de responder as necessidades de crianças e jovens filhos de estrangeiros a trabalhar entre nós.
Apoios oficiais foram iguais a zero. Artur Victoria diz que a Fundação teve o apoio moral da Junta de Freguesia de Nevogilde e o apoio entusiasmado de Narciso Miranda."

Como se sabe actualmente este edifício (ou melhor, o que dele resta) aguarda uma recuperação que tarda em chegar...

"Douro, Faina Fluvial" - Manoel de Oliveira (versão 1931)

terça-feira, 22 de maio de 2012




Um documentário de 20 minutos sobre a cidade do Porto e o seu eixo principal: o rio Douro. Um documentário que oscila entre uma corrente mais tradicionalista e uma corrente experimentalista que estava em voga nessa altura (1931). Assim, Oliveira procura uma estética sofisticada e rigorosa que não se fica por uma pontual observação da realidade social. Pelo contrário, ele quis e foi muito mais longe neste seu primeiro trabalho, experimentando uma outra forma de apresentar o real.
Todos os elementos os homens, as máquinas, o curso do rio, estão judiciosamente colocados numa série dentro de um grandioso poema. A montagem busca complementar e encadear todos os elementos para que estes sejam distinguíveis dentro de um todo coerente. Assim, o rio que corta a cidade do Porto não está pensado como um elemento de separação, mas como um obstáculo que é necessário superar para restabelecer a comunicação.
A estrutura do Douro.., deve-se muito a um cinema de vanguarda, como era o de Walter Ruttman, que teve bastante influência sobre este primeiro trabalho de Oliveira, através da sua obra "Berlim, Sinfonia de uma Capital." Para além de Ruttman, Dzigavertov e Jeanvigo, eram os mais vanguardistas na altura e Oliveira não lhes ficou atrás no seu primeiro trabalho.
Douro, Faina Fluvial, provocou um verdadeiro impacto entre a crítica da época, devido à sua inteligentíssima e veloz montagem e à beleza da sua fotografia. Criticado pela crítica portuguesa e elogiado pela estrangeira no V CONGRESSO INTERNACIONAL DA CRÍTICA, Oliveira acabava de entrar desta forma no mundo do cinema.
Este trabalho foi realizado com António Mendes, seu amigo, fotografo amador. Ambos demoraram aproximadamente 2 anos na recolha de imagens, porque só filmavam nos tempos livres (fins-de-semana).

Ficha Técnica

35 mm pb 575 mt 21 mn
Realização: Manoel de Oliveira
Produção: Manoel de Oliveira
Argumento: Manoel de Oliveira
Planif/Seq: Manoel de Oliveira
Fotografia: António Mendes
Direc de Som: Fernando Vernalde, Eder V. Frazão
Op Som: Luís V. Frazão
Música: (Versão Sonora) Luís de Freitas Branco
Montagem: Manoel de Oliveira
Exteriores: Porto
Data Rodagem: 1929/Set 1931
Distribuição: Agência Cinematográfica H. da Costa, Sociedade Portuguesa Actualidades Cinematográficas/SPAC
Antestreia: Salão Central V Congresso Internacional da Crítica, Lisboa
Data Antestreia: 21 Set 1931 Estreia: Tivoli
Data Estreia: 8 Ago 1934

O Pintor e a Cidade. (Porto-1956)

"Sinopse: Documentário sobre a cidade do Porto através das aguarelas do pintor António Cruz. O artista sai do seu atellier e percorre a cidade. As imagens reais alternam com as impressões estéticas que o artista vai registando nas suas aguarelas.


Observações: Estreado em 1956 no São Luíz e no Alvalade, em Lisboa. Teve o aplauso unânime da crítica. Aplauso que se repetiu em Paris e em Veneza e que lhe valeu, em 1957, o primeiro prémio internacional da sua carreira, a Harpa de Ouro do Festival de Cork, na Irlanda. Recebeu, também, o Prémio SNI para a Melhor Fotografia.



"Em 1955 fui à Alemanha. Havia já um curso sobre a côr, que me começou a interessar muitíssimo. Fiz um curso na Agfa, curso intensivo sobre a côr durante um mês. Depois fui a Munique ver as máquinas, e embrenhei-me outra vez. Arranjei uma máquina e comecei pelo Pintor e a Cidade que foi o meu primeiro filme a côr e um dos primeiros filmes portugueses a côr.
Fiz O Pintor contra O Douro. Enquanto O Douro é um filme de montagem, O Pintor é um filme de êxtases.
Eu descobri no Pintor e a Cidade que o tempo é um elemento muito importante. A imagem rápida tem um efeito, mas a imagem quando persiste ganha outra forma.
O Pintor e a Cidade é uma obra fundamental na minha carreira, na mudança da minha reflexão sobre o cinema.
É a primeira vez que eu volto as costas a um cinema de montagem".
Manoel de Oliveira, in entrevista com João Bénard da Costa, 1989



"Produção independente que, por um lado, retoma o espírito pioneiro e vanguardista do Douro, é, em termos narrativos e estilísticos, uma ruptura total com o que ficou para trás.(...) Mais precisamente, o que se trata aqui é de parar e reflectir sobre o cinema e os seus materiais, de decompor imagens (imagens da cidade e imagens de um outro olhar sobre essa cidade), separá-las entre si e dos sons respectivos, e repensar de origem para que serve isso de juntá-los de novo, com que sentido, com que objectivo.(...) ligando isto ao tema - o que se trata é de reflectir transparentemente uma das ideias essenciais de todo o cinema de Oliveira: a ideia de desdobramento, o sucessivo desdobramento de olhares que o acto de filmar (e de ver um filme) representa.
...Aqui, o emprego do som é revelador, na medida em que é o som que conta essas relações, a história dessas relações. (No O Pintor e a Cidade o som é como que a "ficção").(...) É o som que "puxa" essa entrada sucessiva da sua imagem para o real fílmico. É o som que a liga, que a faz cumprir uma função.
...A arte como veículo intermediário, não como ponte "entre o autor e o mundo", mas como lugar de concentração/irradiação de olhares e intenções, como espelho que reflecte em todas as direcções, eis o que nos parece a essência de O Pintor e a Cidade".
José Manuel Costa, in Folhas da Cinemateca Portuguesa, 1988"


in amordeperdicao.pt

Título original: O Pintor e a Cidade
Origem: Portugal
Duração: 27 min.
Local de Estreia: São Luís (Lisboa) - 27 de Novembro 1956
Realização: Manoel de Oliveira
Argumento: Manoel de Oliveira
Dir. Fotografia: Manoel de Oliveira
Montagem: Manoel de Oliveira
Dir. Som:Alfredo Pimentel
Sonoplastia: Heliodoro Pires
Música: Luís Rodrigues, Rebelo Bonito, Ino Sanvini
Canções: Orfeão do Porto; Madrigalistas
Produtor: Manoel de Oliveira
Lab. Imagem: Tóbis Portuguesa
Distribuição: Doperfilme
negativo: 35 mm

"Famalicão" (1940) - Manoel de Oliveira.


É um documentário sobre a realidade de um sítio nos seus aspectos naturais, culturais que lhe são inerentes. Ao contrário de Douro ..., não é um documentário vanguarda, mas talvez seja uma outra forma de olhar do realizador que se deixa envolver de forma "ingénua" num enredo material, captando-o sem posterior tratamento, como aconteceu com Douro, Faina Fluvial. O trabalho de montagem é a voz "off" de Vasco Santana que lhe dá alguma ritimicidade. Aliás, Oliveira diz que foi feito «a pedido, e para manter o exercício». 



Ficha Técnica



35 mm pb 686 mt 24 mn
Realização: Manoel de Oliveira
Produção: MAOM
Argumento: Manoel de Oliveira
Planif/Seq: Manoel de Oliveira
Fotografia: António Mendes
Direc de Som: Francisco A. Quintela
Locução: Vasco Santana
Música: Jaime Silva Filho
Montagem: Manoel de Oliveira
Distribuição: Lisboa Filme
Antestreia: São João (Porto)
Data Antestreia: 1940
Estreia: Tivoli
Data Estreia: 27 Jan 1941

Cinema de Ermesinde. (Cidade de Ermesinde)

domingo, 20 de maio de 2012

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O antigo cinema de Ermesinde é um edifício devoluto há décadas. Milagrosamente não ruiu ou foi demolido. Segundo informação obtida é propriedade do Dr. Henrique Rodrigues (Presidente-Fundador da instituição "Ermesinde Cidade Aberta" e ex-presidente do Centro Social de Ermesinde).  Segundo apuramos também o edifício está destinado a ser transformado num centro de ocupação de tempos livres (OTL), para crianças e jovens. Vamos a ver... de momento continua num estado de ruína que dispensa comentários.

Fotografia: 
- Estúdio Mário Novais

Cine-Teatro Vale Formoso. (Porto)

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O edifício ainda existe e aliás podemos dizer que está até muito bem conservado, mas já faz muito tempo que deixou de cumprir as funções para o qual foi destinado...
O Cine-Teatro Vale Formoso, foi construído em 1944 sob o projecto do arquitecto Francisco Granja.
Este Cine Teatro foi nas décadas de 50 a 70, em conjunto com o «Júlio Dinis», o "Terço", o «Nun' Alvares», o «Passos Manuel», o «Pedro Cem«, o «Lumiére» e outros cujos edifícios que existiam e foram entretanto demolidos, uma das salas de referência da cidade do Porto. Foi posteriormente comprado pela IURD que o transformou em Templo da Seita. Actualmente continua propriedade da IURD, embora nos tenha chegado a informação que a mesma o deseja vender, por já não necessitar daquelas instalações.

Fotografia não datada:  Estúdio Mário Novais (1933-1983).

Praça de Velásquez. (Porto)

terça-feira, 15 de maio de 2012

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Como muitos saberão a Praça de Velásquez, mais recentemente chamada Praça de Francisco Sá Carneiro é uma praça na freguesia do Bonfim, na cidade do Porto. Situa-se nas Antas (perto do antigo estádio das Antas) e tem como ruas afluentes a avenida de Fernão Magalhães, a rua de Naulila, a rua de Agostinho de Campos e a rua de João Ramalho.
A imagem de cima, não datada, tem tanto de bela como de fascinante, pois mostra-nos a praça, antes da urbanização que actualmente a envolve... vejamos alguns pontos:
Os edifícios que a rodeiam e onde podemos encontrar, entre outros, estabelecimentos como: O café Bom-Dia, a confeitaria Primazia ou o café Velásquez, ainda não tinham sido edificados. 
A igreja das Antas (perto do estádio) ainda não ostenta a torre sineira. 
O eléctrico ainda circunda parte da praça, entrando na Av. Fernão de Magalhães. 
A "Quinta Amarela" também conhecida por "Quinta dos Cepedas" (esquerda da imagem) aparenta estar habitada e cultivada (sempre me lembro dela já praticamente encerrada, se bem que fascinante, com um luxuriante arvoredo e um aspecto antigo... mais recentemente foi «devastada», ou ainda o está a ser, para a construção de um condomínio de luxo).
A zona envolvente ao extinto estádio das Antas era fortemente rural.
Imagem:
- Autor desconhecido

Mercado da Praça da Figueira. (Lisboa)

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O mercado da Praça da Figueira, em Lisboa, foi construído no local antes ocupado pelo Hospital de Todos os Santos, destruído pelo terramoto de 1755 e igualmente abordado neste blogue. 
O mercado inicialmente foi concebido como uma simples praça tradicional ao ar livre, chamava-se então Horta do Hospital. 
Posteriormente o nome foi alterado para Praça das Ervas, Praça Nova e, finalmente, para Praça da Figueira. Com o tempo tempo, foi sofrendo algumas alterações consoante as necessidades da população. Assim, em 1835, é arborizado e iluminado, em 1849 foi-lhe colocado uma cerca gradeada, coberta e com 8 portas.
Em 1882 foi aprovado o projecto da nova praça. Em 1883 o velho mercado foi demolido.
O novo mercado inaugurado em 1885 apresentava quatro cúpulas, três naves e uma área de 8000 metros quadrados permanecendo assim durante 64 anos após os quais se procedeu à sua demolição definitiva.
Depois da sua demolição ocorrida em 1949, restou apenas um espaço rodeado de edifícios simples e equilibrados, de onde se tem uma boa perspectiva do Castelo de S. Jorge.
Em 1971, é inaugurada no centro da praça a estátua equestre de D. João I (Mestre de Avis), da autoria de Leopoldo de Almeida e Jorge Segurado.

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Aspectos do demolido mercado
Mercado da Praça da Figueira
Mercado da Praça da Figueira. BPI colorido à mão
Pormenor interior do extinto Mercado da Praça da Figueira
Mercado da Praça da Figueira
Em baixo vemos já a lamentável demolição do Mercado da Praça da Figueira em 1949, numa fotografia do AML 


Fontes:
- CML
- BN
- Informação de leitores
Imagens:
- AML
- Mário Novais

Fábrica de Papel. (Vizela)

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A autorização para a edificação de “huma grande fábrica de papel feita de vegetais junto ao rio Vizela” foi obtida por Francisco Joaquim Moreira de Sá, no início do século XIX, por Alvará Régio de 29 de Janeiro de 1802, com a concessão de exclusivo por 25 anos. A fábrica pouco tempo laborou dado ter sido destruída aquando das invasões francesas período em que os seus proprietários se transferiram para o Brasil, acompanhando D. João VI e a Família Real. Tudo indica que, no Brasil, Francisco Joaquim Moreira de Sá tenha prosseguido os seus objectivos relativamente a esta indústria lançando-se em novos empreendimentos. Embora dela não restem vestígios arqueológicos, a fábrica de papel de Vizela tem sido objecto de um grande interesse por parte dos historiadores da indústria portuguesa daquele período sendo referida e analisada um inúmeras obras especializadas.


Fonte parcial: CMV


Sé do Porto - Demolição da zona envolvente.

sábado, 5 de maio de 2012

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Na imagem de baixo: Sé e Paço Episcopal do Porto - BPI de 1900
Sé do Porto ainda com o relógio e o casario que a envolvia - BPI - Editor - Estrela Vermelha
Casario envolvente à Sé
A Sé ainda com o casario que a rodeava
Porto - Panorama sobre o Rio Douro. É visível o casario que ainda envolvia a Sé
Vista aérea da Torre dos Clérigos e zona envolvente à Estação de S. Bento. Na direita da imagem, após a Estação, é visível a Rua do Corpo da Guarda e todo o casario que seria derrubado para a abertura da  futura "Avenida da Ponte". Notamos também ainda a existência do demolido Solar dos Duques de Lafões.
Vista do alto da Torre dos Clérigos, num cliché mais antigo (1860/70) atribuído a Antero Seabra
Neste cliché, ainda podemos ver o extinto Mosteiro São Bento de Avé-Maria, no local que seria ocupado pela Estação dos Comboios
Casa do sineiro, (entre as duas torres) demolida em 1927. Sé do Porto 
Cliché anterior a 1935
Sé do Porto, BPI. Aspecto do local antes das obras de intervenção dos anos 30 e 40 do séc. XX
Largo do Corpo da Guarda, na década de 30
Antes do derrube do casario, para a abertura da Avenida da Ponte 
Na direita vemos a casa dos Duques de Lafões
As casas que rodeavam a Sé...
Casario envolvente à Sé
Aspecto antigo da calçada da Vandoma. 1940
Casario envolvente à Sé. Vemos a Igreja dos Congregados e a entrada para a Rua do Bonjardim
Entre meados da década de 30 e 40 do séc. XX, a zona envolvente da Sé do Porto, sofreu alterações significativas pelas demolições e arranjo urbanístico ordenado pela Direcção-Geral dos Edifícios Monumentos Nacionais. Segundo um conceito higienista com critérios de monumentalização, demoliu-se uma grande quantidade de edifícios que se encontravam em frente à Sé, alargando-se amplamente o Terreiro da Sé. Pretendia-se desta forma resolver o problema de degradação física e social do bairro, evidenciando o elemento singular da Sé Catedral.
Sé do Porto - Derrube do casario envolvente
 Demolição do bairro da Sé
 Demolições no largo da Sé
As várias fases das demolições...
Diversos ângulos do processo de demolição...
Em baixo, uma vista parcial das demolições
Torre medieval, que estava oculta pelo casario. Actualmente está na rua de D. Pedro Pitões
Sé do Porto
Na imagem de baixo: Demolições para alargamento do Terreiro de D. Afonso Henriques, actual Terreiro da Sé, numa fotografia tirada da igreja da Sé.
Casa com Brasão que existiu junto à Sé Catedral da Invicta, fez também parte do casario demolido para criar o espaço que conhecemos por "Terreiro da Sé".
Demolição na rua do Açougue
A Capela dos Alfaiates (em baixo) um problema bem resolvido...
Capela dos Alfaiates.  
A mesma imagem em diferentes impressões
Na imagem de cima vemos a entrada da Sé, a Casa do Cabido, o portão e Paço Episcopal e a Capela dos Alfaiates ou Nossa Senhora de Agosto. A Capela datada de 1554, foi também "demolida" em 1936, seguida de outros edifícios, para as obras de alargamento, mais verdadeiramente, desmontaram-na com cuidado e foi reconstruída perto do largo Actor Dias, na rua do Sol. 
Capela dos Alfaiates em 1935, frente à Sé do Porto
Em baixo o mesmo local já sem a Capela
Demolições em frente à entrada Nobre da Sé
Duas variantes de um mesmo cliché. Derrube do casario envolvente da Sé do Porto
Fachada principal da igreja da Sé e da Casa do Despacho, vistas do largo Dr. Pedro Vitorino em 1940. Destaque também, para a fonte do pelicano e para o pelourinho.
A questão «Avenida da Ponte»
A Avenida da Ponte (D. Afonso Henriques) já estava prevista desde que em 1886 a Ponte Luís I foi construída. Vários  projectos foram feitos. 
Gaudêncio Pacheco apresentou, em 1913, um formidável estudo para a zona central que previa aberturas de avenidas desde a ponte à Batalha, Praça Almeida Garrett e Rua Mouzinho da Silveira, que teria sequência até à Igreja dos Clérigos. Posteriormente muitos foram os projectos que não tiveram concretização. O problema continua por resolver até hoje...
Clique na imagem para a ampliar
Praça de Almeida Garrett
Na esquerda do cliché, uma vista parcial da Estação de São Bento, em cuja esquina começa a Rua do Loureiro. Na direita vê-se  parte da Calçada do Corpo da Guarda, antes do derrube do casario, para abertura da Avenida da Ponte
Vista geral da Rua do Corpo da Guarda, tirada da Praça Almeida Garrett , antes das demolições, para abertura da actual Avenida D. Afonso Henriques, c.1947-49
Obras de abertura da Avenida da Ponte Demolições na Rua do Corpo da Guarda
Nas quatro fotografias de cima, vemos a entrada da rua do Corpo da Guarda antes do começo das demolições para a abertura da Avenida da Ponte.
Rua do Corpo da Guarda no início das demolições. 1947-1949
Obras no Largo e Rua do Corpo da Guarda. Descoberta de uma galeria subterrânea
Rua do Corpo da Guarda. Demolições
Na imagem de cima: A rua do Corpo da Guarda no começo das obras de demolição e em baixo as demolições já mais avançadas, numa perspectiva que permite já ver a igreja dos Congregados, nos anos 40.
Abertura da Avenida da Ponte, vista da Praça de Almeida Garrett. Cliché de 1950

Imagens:
- Arquivo Municipal do Porto (AHMP)
Beleza
- BPI (digitalização)
- CMP
- Teófilo Rego
- Antero Seabra