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Primeira Fonte da Rua do Almada.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

A Primeira Fonte da Rua do Almada, estaria localizada mesmo em frente do n.° 242 dessa rua e terá sido inaugurada no ano de 1795, debitando 3 anéis e 6 penas de água. Era abastecida pelo manancial existente sob o Campo da Regeneração (Praça da República), que servia também vários poços privados.

A Primeira Fonte da Rua do Almada
J. Bahia Júnior, 1909


Citando J. Bahia Junior:
“A primeira Fonte da Rua do Almada fica defronte do prédio n.° 242 e tem uma só bica a meio de um grande tanque que vem até ao alinhamento das casas.
Tem a sua nascente proximo do Largo da Picaria e no seu frontespicio está marcada com o respectivo triangulo negro, tendo superiormente as armas reaes.”

Aldeia de Vilar da Amoreira. (Pampilhosa da Serra)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Vilar da Amoreira era uma localidade da Freguesia de Portela do Fojo.
A construção da barragem do Cabril no início da década de 50 provocou em 1954 a submersão da aldeia, no vasto lençol de água em que se transformou o caudaloso rio Zêzere
Em baixo podemos observar imagens da extinta aldeia de Vilar da Amoreira, num ano em que o caudal das águas do rio baixou bastante.


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O antigo poço da aldeia...

Fonte: pampilhosaemimagens.com

Aldeia galega de Aceredo.

domingo, 13 de novembro de 2011

Trata-se de uma aldeia galega, pelo que muitos leitores poderão questionar-se e com alguma razão de facto, porque a mencionamos neste blog. A resposta é só uma... o que causou a submersão desta aldeia, foi a barragem do Alto Lindoso, em Ponte de Barca.

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A aldeia galega de Aceredo, submersa desde a construção da barragem do Alto Lindoso, em 1992, emergiu em Outubro de 2011, devido à seca que assola a região do Minho. A albufeira da barragem igualou os mínimos históricos de armazenamento, atingindo os 29,2 por cento da capacidade máxima (a 30 de Setembro, o nível estava nos 42 por cento).


Aldeia da Barca do Bispo. (Sertã)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

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A aldeia da Barca do Bispo, situava-se na margem esquerda do rio Zêzere e foi submersa pelo mesmo aquando da construção da Barragem da Bouçã.
Podem ser encontrados dados informativos na monografia «Castelo – A Terra e suas Gentes», de José Gaspar Domingues. Lemos nesta trancrição: “Aldeamento situado na margem esquerda do rio Zêzere, numa zona de extenso areal, onde grande parte da população do concelho da Sertã ia a banhos, tanto mais que um enorme açude fora construído no leito do rio. Na margem existia um moinho e uma casa pertença do prelado, assim como uma enorme embarcação que transportava pessoas e animais para a outra margem”.
A fotografia de cima foi tirada há alguns anos, numa altura em que foram abertas as comportas da Barragem da Bouçã, o que fez baixar consideravelmente o nível das águas, tal como já aconteceu em outros lugares.

A antiga Aldeia da Luz.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A antiga Aldeia da Luz, cuja origem remontava ao período Paleolítico e Neolítico, foi considerada o impacto social mais significativo da construção da Barragem do Alqueva, ocupando agora uma área de cerca 2.040 hectares.
Esta antiga aldeia da margem esquerda do Guadiana foi sacrificada em nome do progresso. O enchimento da barragem do Alqueva obrigou à deslocação da população para uma nova aldeia, construída de raiz num ponto situado a uma cota superior.
No ano de 2002 foi inaugurada a Nova Aldeia da Luz, construída de raiz a dois quilómetros da antiga, que foi desmantelada e maioritariamente submersa pela albufeira de Alqueva.

Aldeia da Luz (Fragmento)

Aldeia de Vilarinho das Furnas.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vilarinho da Furna era uma pequena aldeia da freguesia de S. João do Campo, situada no estremo nordeste do concelho de Terras de Bouro.
Segundo uma tradição oral teria começado a sua existência por ocasião da abertura da celebre estrada da “ Geira “, que de Braga se dirigia a Astorga num percurso de 240 Km, e daqui a Roma. Estaríamos segundo a opinião mais provável, pelo ano de 75 D.C.
Um grupo de sete trabalhadores, assim reza a tradição, resolveu fixar-se junto da actual Portela do Campo. Passado pouco tempo, por motivos de desentendimento, quatro desse homens deixaram os sues colegas e foram instalar-se a poucos metros da margem direita do rio Homem, dando, assim, inicio à povoação de Vilarinho da Furna.
Em suma, tudo o que hoje se pode dizer sobre o nascimento de Vilarinho da Furna se resume num levantar de hipóteses. Todavia, no meio de toda esta incerteza, um facto se apresenta incontestável : se não a sua origem romana, pelo menos a sua romanização, os romanos chegaram, viveram, passaram e deixaram rasto. Atestam-no as duas vias calcetadas que davam acesso a povoação pelo lado Sul e, sobre tudo, as três pontes de solida arquitectura.
Como a maior parte das aldeias serranas do Norte de Portugal, Vilarinho da Furna era constituído por um aglomerado de casas graníticas, alinhadas umas pelas outras, formando ruelas sinuosas. As casas de habitação compunham-se geralmente de dois pisos sobrepostos e independentes : - uma loja térrea, destinada aos gados e guarda de alfaias e produtos agricultas; e um primeiro andar para habitação propriamente dita, onde ficavam a cozinha e os quartos.
O mobiliário era simples e modesto. Alguns objectos como louças, candeias, talheres, lanternas, etc., eram comprados nas feiras ou a vendedores ambulantes que passavam pela povoação mais ou menos regularmente.
Outros eram de fabrico caseiro como as arcas, camas de madeira, raramente ornamentadas com motivos religiosos, as mesas e os bancos, além da quase totalidade dos artigos de vestuário.
A iluminação nocturna era feita com uma variedade de candeias e candeeiros de recipiente fechado, que funcionavam a petróleo, com gordura animal ou azeite, quando aquele escasseava por alturas da guerra.
A Aldeia de Vilarinho de Furnas na época em que ainda era habitada
Cliché de autor desconhecido

Aldeia de Vilarinho de Furnas
Ponte de Vilarinho das Furnas. BPI
Aldeia de Vilarinho de Furnas (em baixo) ainda habitada já no ano de 1968, num cliché de autor desconhecido. Pouco tempo lhe restaria já... 
Todos os habitantes de Vilarinho da Furna, ai residentes, praticavam a religião católica, sendo motivo de forte critica por parte dos outros e o eventual não comprimento dos deveres religiosos.
O povo de Vilarinho, além do acatamento das leis vigentes do seu País, tinha também as suas leis internas que eram respeitadas e, escrupulosamente cumpridas. Para isso havia uma junta que era composta por um Zelador (antigamente Juiz) acompanhado por seis membros.
Para esta assembleia dos seis podiam ser eleitos os chefes de família, tanto homens como mulheres, estas nessa qualidade, quando em estado de viuvez ou ausência do marido, devido à emigração. O sexo feminino podia eleger e assistir às reuniões da Junta, porém, nunca podia ser escolhido para o alto cargo de Zelador, pois a nomeação deste era feita de entre os homens casados, por ordem cronológica do consórcio.

As eleições para a escolha dos Seis e substituição do Zelador eram realizadas de seis em seis meses. Os Seis que cessavam as funções, transmitiriam aos sucessores, na presença do novo Zelador e do Zelador cessante, os assuntos pendentes e o dinheiro em cofre.
Em tempos, o Zelador antes do início da reunião, jurava sobre os Santos Evengelhos e, no acto da sua posse, impunhava a vara das cinco chagas, jurando, assim, obediência a todos os vizinhos.
A Junta reunia, normalmente, todas as quintas-feiras. Para isso o Zelador, ao raiar da aurora, tocava uma buzina (búzio) ou um corno de boi, chamando os componentes da Junta. Ao findar o terceiro toque, espaçadamente, dirigia-se para o largo de Vilarinho, levando uma caixa onde se encontravam as folhas da lei. Seguidamente, o Zelador procedia à chamada, aplicando aos faltosos uma "condena" de 50 centavos, a não ser que uma pessoa de família comparecesse justificando o motivo da ausência. Porém, aqueles que faltassem todo o dia sem apresentar qualquer justificação, eram condenados a pagar 5$00. A reunião da parte da tarde não se realizava no largo da aldeia, mas, sim, junto aos campos, na ponte romana sobre o rio Homem. Era nestas assembleias que se determinava os trabalhos a realizar e as "condenas" a aplicar.
Depois de todos terem discutido os vários assuntos respeitantes à vida da aldeia, os seis reuniam-se para deliberarem, vencendo sempre a maioria e tendo o Zelador voto de qualidade. Os assuntos principais incidiam sobre a construção e reparação dos caminhos, muros e pontes de serventia comum, a organização pastoril (vezeiras e feirio), organização dos trabalhos agrícolas (malhadas, desfolhadas, vindimas, roçadas, etc.) e, ainda, a distribuição das águas das regas, etc.
As atribuições do Zelador eram tais, que poderia, em caso muito grave, expulsar o vizinho, isto é, margina-lo totalmente da vida social e sistema comunitário. Ele era também o Juiz de todos os crimes, com excepção para o homicídio por ser da competência dos tribunais.
Havia um puro sentimento de solidariedade que envolvia este povo e a sua força de unidade, traduzia-se no lema de todos por todos.
Muito haveria a dizer do regime comunitário de Vilarinho, um povo que deixou a todos nós, uma história e um exemplo.
Ruínas da Aldeia (actualmente submersa) que podem ser vistas nos Verões mais secos quando o caudal da Barragem baixa  Clichés de autores desconhecidos

Ruínas, de casas, muros, "esqueletos" de árvores e de videiras...

Um antigo Forno de Pedra, vestígios dos costumes locais de então

O espectro da barragem começou a pairar sobre a população como um abutre esfaimado. A companhia construtora da barragem chegou, montou os seus arraiais e meteu mãos a obra. Esta surge progressiva e implacável.
O êxodo do povo de Vilarinho pode localizar-se entre Setembro de 1969 e Outubro 1970, quando na aldeia foram afixados os editais a marcar o tapamento da barragem. De um ano dispuseram pois, os habitantes de Vilarinho para fazer os seus planos, procurar novas terras e proceder a transferência dos seus moveis.
As 57 famílias que habitavam esta povoação, estão agora dispersos pelas mais variadas terras dos concelhos de Braga.
Da vida e recantos da aldeia comunitária não resta mais que um sonho.
Sonho que é continuado no Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna, construído com as próprias pedras da aldeia.
A barragem de Vilarinho da Furna foi inaugurada em 21 de Maio de 1972.
Uma visão ocasional... As Ruínas de parte da Aldeia quando a descida das águas nos permite visualizar
Uma viagem ao passado
Depoimento de António Campos e excerto do filme Vilarinho das Furnas, de António Campos, 1971.
ARQUIVO: RTP
Fontes parciais e imagens:
- Museu de Vilarinho das Furnas
- Informação (textos) remetida por antigos moradores ou familiares
- Arquivos da RTP
- Wikipédia

A Aldeia da Foz-do-Dão.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

«A Aldeia da Foz do Dão»
Clique nas imagens para as ampliarDuas vistas ligeiramente diferentes da Aldeia da Foz do Dão...
Um verdadeiro "paraíso perdido".

Muita gente terá conhecido – e dela se lembrará, por certo – uma pitoresca e bem antiga aldeia que ficava situada entre Penacova e Santa Comba Dão. Era na velha estrada, depois do Porto da Raiva, logo a seguir à característica ponte sobre o Mondego (que então se chamava Ponte Salazar), esta inaugurada em 1933, no tempo em que o Ministro da Obras Públicas era o Engº. Duarte Pacheco.
Situava-se a povoação a que me refiro no ângulo formado pela margem direita do Mondego e a esquerda do Dão, em cujo vértice confluíam os dois rios.
Por isso mesmo se chamava Foz-do-Dão.
Era uma aldeia típica das nossas pequenas terras da Beira, bonita de se ver, com todo o seu casario alegremente debruçado sobre os rios que tão generosamente constituíam, além da agricultura, importante modo de vida das suas gentes.
Além de ser margem daqueles dois rios, a Foz-do-Dão estabelecia também os limites dos concelhos de Santa Comba Dão, Penacova e Mortágua, dividia os distritos de Coimbra e Viseu e separava a Beira Litoral da Beira Alta.
Aldeia e ponte. Cliché de autor desconhecido
Ponte Salazar e a Aldeia da Foz-do-Dão
 BPI (digitalização)
Ponte Salazar e a Aldeia da Foz-do-Dão
Fotografia Beleza
Chamou-se em tempos Porto da Foz-do-Dão, quando o rio Mondego, então navegável dali até à foz, era relevante via de comunicação, nomeadamente no transporte de madeiras para jusante e de sal e outros produtos do litoral para o interior.
Quem dela se lembra, recordará certamente a excelente iguaria que era a lampreia do Carlos, ali pescada, o sável e os peixes do rio, óptimos petiscos que lá eram apreciados por quem a visitava ou por lá passava.
Esta aldeia foi sacrificada a favor da construção da barragem que hoje ali se vê e está agora submersa nas águas que esta represou.
Foi tomando-a aliás como ponto de referência que se desenvolveram os dois projectos que entre si disputaram a construção da Barragem: um, o chamado projecto do Caneiro-Dão, defendia que ela se construísse a montante, sem submergir a povoação; o outro, o projecto dito da Aguieira (apenas porque foi lá perto que foram feitas as primeiras sondagens), previa o desaparecimento da Foz-do-Dão, propondo a construção da Barragem logo a jusante da aldeia.
Este último, como se sabe, acabou por prevalecer.
E lá temos agora a barragem, com a sua imponente e bela albufeira e nela submersa a Foz-do-Dão, que sacrificou assim aquela terra, as suas gentes e a ancestral cultura daquele povo que de repente se viu pulverizado em pequenos núcleos familiares a assentar arraiais cada um em seu sítio diferente.
Não vejo que possa estabelecer-se alguma ligação da barragem com a povoação por cujo nome é conhecida, tanto mais que a distância que vai da barragem a essa povoação é bem maior do que a que separava aquela da Foz-do-Dão.
É certo que barragem propriamente dita é a sua estrutura de betão represadora das águas. Mas barragem é também mais comummente identificada com a própria albufeira que se forma a montante dessa estrutura de betão armado.
É mesmo essa albufeira, a extensão de água que ocupa e a quantidade que pode acumular que valoriza a barragem e lhe dá sentido, seja em termos energéticos e industriais, seja na perspectiva turística e ambiental.
E é no fundo dessa mesma albufeira que acabou por ficar para sempre esquecida a velha e pitoresca aldeia que se chamou Foz-do-Dão, assim eliminada da toponímia portuguesa.
Merecia por isso que, no mínimo, fosse lembrada, até porque imolou a sua própria vida e a continuidade da sua história, a sua existência, a sua cultura, tudo o que era, o que tinha e até alguns dos seus filhos à construção daquela barragem.
É por tudo isto que ainda não consegui entender porque é que lhe hão-de chamar, tão sem sentido, da Aguieira, em vez de ser chamada, como tão justamente devia ser, Barragem da Foz-do-Dão.

Texto informativo: Alcidio Mateus Ferreira
«Em baixo, a Aldeia da Foz do Dão tal como podia ser vista até 1980/81»
Clichés de autor desconhecido
«Imagem antiga da aldeia durante uma cheia de Inverno, tendo o nível do rio subido...»
A aldeia de Foz-do-Dão e a ponte Salazar a serem submersas
Em baixo, a Aldeia já praticamente toda mergulhada nas águas da Barragem da Aguieira, o seu actual "Cemitério". A aldeia jaz sob as águas...    

Fontes: 
- C.M. Santa Comba Dão
- Alcidio Mateus Ferreira
- Leitores (Informação recebida por mail)

Imagens:
- BPI (digitalização)
- Autores desconhecidos