Monumento aos mortos da Grande Guerra. (Porto)

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

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Quem actualmente passa pela Praça de Carlos Alberto, na cidade do Porto, não pode deixar de reparar no Monumento aos mortos da Grande Guerra, obra do arquitecto Manuel Marques e do escultor Henrique Moreira em 1928 e que é também por muitos chamada de "Estátua ao soldado desconhecido".
No entanto o monumento que lá se encontra não é o original. 
Monumento comemorativo do sacrifício das tropas portuguesas na Grande Guerra
Demolido em 1924
Esse monumento original, que podemos observar na imagem de cima, de autoria do escultor José de Oliveira Ferreira havia sido erigido no mesmo local do actual em 11 de Novembro de 1924 por iniciativa da Junta Patriótica do Norte mas era considerado horrível e foi alvo de inúmeras críticas, o que levou a que Câmara Municipal do Porto ordenasse a sua demolição em 15 de Janeiro de 1925.

Fontes:
-CMP
-BMP

Solar dos Duques de Lafões. (Porto)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

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Já falamos aqui anteriormente das demolições do casario na zona envolvente à Sé do Porto. Este Solar situava-se no Largo do Corpo da Guarda, pertenceu à família dos Condes de Miranda, Marqueses de Arronches e Duques da Lafões. “Pertenceu ao 1º. Duque de Lafões D. Pedro, filho de um filho ilegítimo de D. Pedro II, que este perfilhou, nascido em 10/1/1718 e falecido em 1761” - Horácio Marçal em O Tripeiro, Série VI, Ano IX.
Largo do Corpo da Guarda, na década de 30, vemos a Sé do Porto em segundo plano. Cliché obtido antes do derrube do casario, para a abertura da Avenida da Ponte. Na direita da imagem, vemos a casa dos Duques de Lafões, que seria demolida
Solar dos Duque de Lafões - Largo do Corpo da Guarda
Solar dos Duques de Lafões
Vista aérea da Torre dos Clérigos e zona envolvente à Estação de S. Bento. Na direita da imagem, após a Estação, é visível a Rua do Corpo da Guarda e todo o casario que seria derrubado para a abertura da futura "Avenida da Ponte". Notamos também ainda a existência do demolido Solar dos Duques de Lafões
O primeiro teatro da cidade Invicta foi construído justamente nas cavalariças do Solar dos Duques de Lafões e inaugurado em 15 Agosto de 1760 (outros citam a data como sendo 15 de Maio de 1762). O Teatro teria sido desenhado por João Glama Stroeberle.

Fontes:
- AHMP
- CMP
- BNP

Quinta dos Salgueiros ou Quinta dos Ingleses. (Antas, Porto)

domingo, 30 de setembro de 2012

A Quinta dos Salgueiros vista a partir do acesso que tinha início na rua de Contumil, as ruínas da Capela "rasgam" o denso arvoredo. Atrás deste denso verde existia então o antigo Estádio das Antas... situava-se este casarão, uma construção do século XVIII, no n.º 341, da rua da Vigorosa.
Imagem da década de 80 da autoria do Administrador, clique para ampliar
No início da segunda metade da década de 80 a imponente casa desta Quinta, estava envolta de arvoredo denso e de um mato (silvas/ moitas) quase impenetrável. Existia um caminho, uma ruela, (rua da Vigorosa, estreita e sem movimento) que ligava a rua de Contumil até à lateral do antigo estádio das Antas, contornando a propriedade e passando mesmo em frente ao portão principal da Quinta. Quem nesse caminho passava (principalmente quem então ainda era criança) tinha a sensação de estar na aldeia devido a vegetação e aromas de flores silvestres que ainda se sentiam (altura da Primavera e Verão). Quem se aventurasse a sair do caminho e atravessar o denso mato tinha acesso à mansão, já na altura devoluta. A casa, enorme, com uma dupla escadaria frontal e duas entradas principais (uma térrea, outra no cimo das escadas) apesar de arruinada tinha um ar imponente e o local era verdadeiramente bucólico possuindo um aspecto "antigo". Frente à fachada da casa, uma antiga fonte (presumo) apresentava-se como um belo obelisco de granito trabalhado, cercado por restos de um antigo jardim com árvores centenárias. A capela anexa, não possuía já vestígios de telhado e quem acedesse à mesma por uma antiga porta lateral constatava que também já tinha desaparecido todo o interior, incluindo o sobrado de madeira que provavelmente dividia a nave da capela do piso de baixo, que presumo ter sido uma cripta... a casa propriamente dita ainda tinha telhado... no seu interior, inúmeras divisões, algumas enormes, com fogões de sala antigos de dimensões impressionantes, uma delas tinha um verdadeiro amontoado de moveis antigos totalmente desprezados, cobertos por pó e a degradarem-se... livros antigos, ferros de passar roupa a carvão, e almanaques datados de finais de 1800, andavam espalhados pelo chão das divisões como se fossem jornais velhos... o acesso vertical interior fazia-se por uma escadaria semi-destruída que conduzia ao piso superior, este também com um corredor com acessos laterais para várias divisões (antigos quartos?) nos quais alguns, tendo o telhado já ruído parcialmente se "espreitava" o céu... Ao fundo desse corredor existia uma janela que dava acesso visual para o interior da capela, na sua parede lateral.
NOTA: Esta publicação foi aprofundada e engrandecida em 07-09-2017, devido à informação vital que nos foi fornecida pela família Mesquita Ramalho, seus antigos proprietários.
A Quinta de Salgueiros, em 1950. Na imagem de cima, destaque para as fachadas da casa e da capela. Na imagem de baixo, o aspecto geral do jardim e da casa, numa imagem de 1961.
O extinto Estádio das Antas numa vista aérea de (provavelmente) inícios de 1950.
Imediatamente abaixo, no canto inferior direito da imagem é perfeitamente visível a casa da Quinta de Salgueiros, onde podemos constatar que, já nesta época, a Capela da mesma se encontrava sem telhado.
Em baixo: Duas fotografias obtidas pelo Administrador do Blog, na década de 80. Nesta época, (década de 80 do séc. XX) o casarão ainda possuía grande parte do telhado e o "obelisco" da fonte, frente à fachada principal estava inteiro, o interior em estado lastimável aguardava um inevitável colapso. 
Fontanário: Cliché de Alexandre Silva
A Capela possuía ainda as antigas portas, já sem fechos, que nada protegiam visto da mesma restarem apenas as paredes.
Capela (vista parcial). Cliché de Alexandre Silva
Fontanário: Arquivo Família Mesquita Ramalho Alves de Sousa
A casa. Arquivo Família Mesquita Ramalho Alves de Sousa
A casa, provavelmente nos anos 70. Arquivo Família Mesquita Ramalho Alves de Sousa
Fontanário e portão principal da propriedade. 
Arquivo Família Mesquita Ramalho Alves de Sousa
Fontanário, com uma pessoa presente. Arquivo Família Mesquita Ramalho Alves de Sousa
Fonte, com pessoas presentes. Arquivo Família Mesquita Ramalho Alves de Sousa
Entrada da propriedade 
Pormenor da propriedade.  Arquivo Família Mesquita Ramalho Alves de Sousa
Uma divisão interna. Arquivo Família Mesquita Ramalho Alves de Sousa
Uma divisão interna. Arquivo Família Mesquita Ramalho Alves de Sousa
Vista de um tanque e parte da fachada da casa. 
Arquivo Família Mesquita Ramalho Alves de Sousa
Vista parcial da casa. Arquivo Família Mesquita Ramalho Alves de Sousa
Em baixo: Duas fotografias do mesmo local, mas mais recentes, da autoria de Paulo V. Araújo

A verdadeira Casa Senhorial da Quinta dos Salgueiros nas Antas, quase engolida pelas obras da VCI e do actual Estádio do Dragão, teve um grande passado que é um paradoxo total ao calamitoso estado de ruína em que, aos poucos caiu faz já umas décadas.... 
Segundo informação directa da família a quem este local pertenceu, a Quinta de Salgueiros (Antas-Porto) pertencia a Augusto Geraldes de Mesquita (por herança de sua mulher Maria Balbina Carneiro e Silva), filho de Augusto de Carvalho Vasques de Mesquita. Sampaio Bruno homenageou ambos na publicação "Portuenses Ilustres" e a toponímia portuense na Rua Vasques de Mesquita ali bem perto, nas Antas.
Morada da Família Geraldes de Mesquita Ramalho até meados dos anos 40 do século XX, na década de 50 a casa esteve alugada, durante alguns anos, a uma senhora inglesa (daí ser apelidada, por vezes, de Quinta dos Ingleses) regressando a Família Mesquita Ramalho  à quinta em 1956.
Até finais dos anos 70 a quinta permaneceu habitada e com caseiros, realizando-se aí inúmeros eventos, tais como, casamentos, festas e arraiais de beneficência.
No ano 2000 a Quinta de Salgueiros foi vendida pela Família Mesquita Ramalho ao Futebol Clube do Porto que posteriormente a vendeu à Câmara Municipal do Porto.
Quinta de Salgueiros - BPI - Jacinto de Mattos
 Quinta de Salgueiros - Projecto de alterações à casa - João da Costa Ramalho - 1916 in AHMP
Esta casa foi também a residência de Jacinto de Matos, um dos maiores jardineiros-paisagistas portugueses da primeira metade do século XX, que aí teve as suas estufas e os seus viveiros ao ar livre. No livro Jardins Históricos do Porto (Ed. Inapa, 2001), Teresa Andresen e Teresa Portela Marques identificam alguns dos jardins e parques projectados por Jacinto de Matos em todo o país como o Parque de S. Roque, a Casa das Artes, o jardim da Ordem dos Médicos (à Arca d'Água), o Parque da Curia, o Parque das Pedras Salgadas, os espelhos de água dos jardins da Presidência do Conselho de Ministros entre outros.
A Quinta de Salgueiros é actualmente propriedade da Câmara Municipal do Porto.
Quinta de Salgueiros em 2017. Cliché original de Alexandre Silva


Imagens:
- Alexandre Silva
- Arquivo Família Mesquita Ramalho Alves de Sousa (cedidas ao blogue MONUMENTOS DESAPARECIDOS)
Paulo V. Araújo
- Teófilo Rego
- AHMP
- CPF 

O Café Chinez. (Espinho)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

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Café Chinez
Na imagem de cima: O “Café Chinez” e “Assembleia Recreativa” no edifício ao seu lado  
Em baixo: Vistas interiores do “Café Chinez”
Interior do Café Chinez. Na imagem de baixo: Um sexteto musical em 1907. 

O "Café Chinez", foi fundado em 1861 por Carlos Evaristo Félix da Costa  (1828-1906), natural e residente no Porto.

Carlos E. Costa, era um sólido empresário hoteleiro estabelecido no norte de Portugal, filho de uma família de emigrantes no Brasil. 

Seria justamente no “Café Chinez” e no “Peninsular”, ambos situados lado a lado, na Avenida Serpa Pinto que apareceram as bases do primeiro casino.

O edifício do “Café Chinez” (juntamente com outros) foi demolido e deu lugar ao novo Casino e Cinema de Espinho, um projecto de 1929 do arquitecto Carlos Ramos.

 Em baixo: Do lado esquerdo o Hotel Bragança e a direita o “Café Chinez” 
“Café Chinez”, na esquerda da imagem

Arquivos: 
- Emílio Biel
- Aurélio da Paz dos Reis
- BPI / digitalização

Teatro do Príncipe Real ou Teatro Apolo. (Lisboa)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Teatro Apolo pertencente a Francisco Viana Ruas, foi Inaugurado em 1866. Originalmente chamou-se Teatro do Príncipe Real, em homenagem ao futuro rei D. Carlos. Sendo a sua localização na esquina das ruas da Palma e Mouraria em Lisboa, Dois pobres e uma porta”, em 3 actos e, “Muito padece quem ama” são as comédias apresentadas na inauguração. Depois de 1910, o regime Republicano rebaptizou-o de Teatro Apolo“Agulha em Palheiro” seria a primeira revista original após a instauração da República, em 1911. Apesar do seu sucesso o edifício seria demolido em 1957.
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Fotografia sem data. Produzida durante a actividade do Estúdio Horácio Novais, 1930-1980
Postal. 1289, S. R. Lisboa, [c. 1910]. 
Teatro Apolo (anos 50?). Cliché de autor desconhecido

Imagens:
Estúdio Horácio Novais
- BPI (digitalização)
- Autor desconhecido

Teatro Circo do Príncipe Real ou Teatro Avenida. (Coimbra)

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

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Postal. Malva, [Coimbra], [c. 1910]
O Teatro Circo do Príncipe Real D. Luís Filipe, Teatro Circo de Coimbra, ou Teatro Avenida e posteriormente apenas "Avenida", foi inaugurado em 20 de Janeiro de 1893  e seria demolido nos finais dos anos 80, para dar lugar a um centro comercial.
Com uma valia arquitectónica modesta, o Teatro Avenida era, tal como a Cadeia Penitenciária, um belo exemplo da consagração local oitocentista da arquitectura do ferro. O grande recinto central tinha a forma de um coliseu. A toda volta da sala nasciam pilares de sustentação, sobre os quais se apoiavam dois anéis corridos de camarins guarnecidos com gradins metálicos. A estrutura metálica da cúpula veio de um mais antigo Teatro Circo do Arnado (Cf. Gonçalo dos Reis Torgal, "Coimbra. Boémia e saudade", Tomo I, Coimbra, 2003).

Estufa do Parque da Lavandeira. (Vila Nova de Gaia)

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A Quinta da Lavandeira é uma antiga propriedade agrícola e de recreio, pertencente, inicialmente, a Joaquim da Cunha Lima Oliveira Leal que a vendeu ao Conde António da Silva Monteiro (1822 - 1885), que lá viveu com a sua esposa, Sra. Condessa D. Carolina Júlia Ferreira Monteiro, que continuou a residir na Quinta até 1921, razão pela qual a propriedade também é conhecida por Quinta da Condessa.
Junto ao Parque da Lavandeira  (antiga Quinta) em Vila Nova de Gaia existe uma estufa, em ferro forjado, construída em 1881 e recentemente classificada como imóvel de interesse municipal.
Sobre a estufa, podemos ler num artigo de José Duarte de Oliveira publicado no "Comércio do Porto" em Agosto de 1883:
«A estufa do Sr. Conde da Silva Monteiro é um documento eloquente do progresso que a arte e a indústria têm feito em Portugal, porque, nessa edificação, nova no seu género entre nós, encontramos uma e outra levadas a um grau de perfeição que pode fazer a inveja de engenheiros distintos. (...) Não se procurou, como se vê, fazer uma edificação vulgar, uma estufa como todas as outras. Recorreu-se à arte, pensou-se muito na parte ornamental, e é este o seu maior mérito. Conhecemos as principais estufas e jardins de Inverno da Europa, em geral umas construções simples, pouco ou nada arquitectónicas, e que, portanto, diferem muito desta. Aqui, o desenhador pegou no lápis e foi descrevendo traços sobre o papel, à medida que a fantasia divagava pelos domínios da arte dos séculos passados. Não se pode dizer que seguisse rigorosamente este ou aquele estilo, mas o conjunto é agradável à vista.
A porta do centro é ampla (3m,30 de largo), elegante, bem proporcionada, e as laterais condizem com o resto do edifício. Os rendilhados da cobertura são todos de ferro e de uma leveza tão extraordinária, que mais parecem recortes feitos em papel transparente. O corpo principal é sustentado por quatro arcos, nos quais se observa o mesmo estilo da parte exterior, que recorda muito o gótico. Nesta edificação é tudo harmonioso e bem proporcionado. Tem 24 metros de frente, 12 de altura no centro e 12 de fundo. Quando estiver povoada de plantas, deve produzir efeito surpreendente. Daqui se vê que esta estufa é uma das maiores que existem em Portugal e a primeira entre todas quantas possuem os amadores portugueses.
Na parte exterior da estufa há uma escada que dá acesso a todos os pontos, o que é importante, porque facilita muito qualquer reparo que se torne necessário fazer. Segundo nos informaram os construtores, a organização dos moldes em madeira, chumbo e zinco levou 883 dias a um entalhador, e a fabricação das suas diferentes peças 2372 dias a um serralheiro. O peso total do ferro empregado na sua construção é de 38 285 quilos. A estufa ficou pronta por 10 000 $ 00 réis.»
1881
Segundo o historiador Francisco Queiroz, apesar de abandonada à muitos anos, e bastante degrada, a estufa é passível de recuperação voltando ao seu anterior uso ou a um outro uso compatível com a sua natureza arquitectónica, sendo que depois de recuperada, passaria a ser um ex-líbris do Parque da Quinta da Lavandeira e até um fortíssimo elemento identitário da Arquitectura do Ferro em Portugal, e de Vila Nova de Gaia em particular, a juntar à Ponte D. Maria Pia e à Ponte D. Luís.
Fontes:
- CMVNG
- Porto XXI

Igreja de S. Tiago em Alenquer.

sábado, 25 de agosto de 2012

Na imagem de cima: A Torre nos inícios dos anos 80

Segundo Guilherme J. C. Henriques, em "A Vila de Alenquer" (fac-simile da edição de 1902), na pág. 108, pode-se: " nas costas, por assim dizer da Vila de Alenquer, a meia altura do monte, ergue-se presentemente uma torre esguia e solitária, único vestígio que resta de uma igreja (a de S. Tiago) que foi fundada pelo primeiro rei de Portugal, em comemoração de um milagre que teve lugar ao pé do postigo nas muralhas, em frente do sítio dela". Mas, mais adiante, o mesmo autor escreve: "a Igreja, da qual a torre ainda existe, foi edificada por D. Afonso VI, no sítio da primitiva, à custa da fazenda real; a sagração teve lugar a 11 de Setembro de 1663". Portanto, depreende-se que a fundação da Igreja foi obra de D. Afonso Henriques, talvez a seguir ao ano de 1148, ano em que tomou Alenquer aos Mouros, e passados 500 anos foi reedificada por D. Afonso VI. Porém, começou o seu destino de ruína sem vigilância desde a época em que foram extintas as Ordens Religiosas, isto por volta de 1834. A torre sineira, o seu último vestígio existente ainda nos anos 80 do século XX caiu... encontra-se no local transformada num monte de pedras...

"Situada na encosta norte da colina de Alenquer, esta velha torre solitária, quase destruída e encoberta pelo arvoredo envolvente, é o que hoje resta de uma antiga Igreja, sede de freguesia.
O prior de Santiago, em 1758, diz que "foi quase reedificada toda à custa da Fazenda Real por mercê do Rei D. Afonso VI de 11 de Setembro de 1663”
O Dicionário Geográfico (1747) acrescenta que a Igreja tem “um só altar; no retábulo que é obra moderna está colocada a imagem de Santiago, padroeiro da Igreja, de uma parte, e outra, S. Bento e S. Bernardo. Esta Igreja não tem sacrário por estar em lugar solitário, nem irmandade”
O mesmo documento de 1758 refere que Alenquer foi conquistada por D. Afonso Henriques e que “segundo uma memória antiga a entrou (…) pela porta que hoje se chama postigo de Santiago; e por entender a piedade do Rei conquistador que o Santo Apóstolo o socorrera naquela acção lhe mandava edificar junto da mesma porta, e da parte de fora da muralha uma Igreja que é a Paroquial e Matriz”
A este respeito escreveu Guilherme Henriques (1873): “Há poucos annos acabou-se de a desmoronar para aproveitar o material numa ponte que liga à estrada da Merceana”
Em Novembro de 1895, no Almanach Provinciano, publicado em Alenquer por Jayme Ferreira, escrevia Luiz Carlos Pereira d’Azambuja: “A torre de S. Thiago é um venerável Padrão Histórico, que presentemente está votado ao mais completo desprezo, e cujos restos, que alguma coisa representam, teem direito a serem resguardados do furioso vandalismo d’um povo, que vive mais das tradições...


Fontes Bibliográficas e de imagem:  
O Concelho de Alenquer, Subsídios para um roteiro de arte e Etnografia, 3ª edição; António de Oliveira Melo, António Rodrigues Guapo, Padre José Eduardo Martins, 3ª edição.
-  AL AIN KEIR, José Henrique Tomé Leitão Lourenço.
-  A Vila de Alenquer  - fac-simile da edição de 1902, de Guilherme João Carlos Henriques.
-   Lendas e Narrativas, de Alexandre Herculano.

Antiga Igreja de Cabril. (Pampilhosa da Serra)

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

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Em cima: A torre da antiga Igreja
Cabril é uma freguesia portuguesa do concelho de Pampilhosa da Serra, com 34,47 km² de área e 309 habitantes (2001). 
A primitiva igreja de Cabril, era um templo de arquitectura simples, mas bem localizado e de dimensões adequadas ao número de habitantes da freguesia. Os altares, primitivamente 3 e depois 5, eram quase todos de talha dourada. A porta principal do templo dava para noroeste e no exterior da frontaria existiam 3 nichos com imagens de S. Domingos no alto, Nossa Senhora do Rosário do lado esquerdo e uma Nossa Senhora com o menino Jesus do lado direito. Essas imagens ainda hoje existem na cave da actual igreja, mereciam condigna exposição no museu da freguesia contíguo ao Centro Social. As horas eram dadas ao povo através da sineta do relógio de pesos colocado no telhado, no centro sul junto à frontaria, espalhando o som aos quatro ventos, cuja direcção o galo da torre ali ao lado, diligentemente indicava. A forte e vetusta torre sineira manteve-se intacta após a derrocada da igreja nos anos 50 e foi sensatamente integrada no edifício do Centro Social, constituindo, deste modo, uma valiosa referência histórica e significativo símbolo de religiosidade local.
O interior da antiga igreja que colapsou na década de 50

Fonte: ligamfcabril.dyndns.org

Convento de S. Francisco. (Funchal - Madeira)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

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O extinto Convento de S. Francisco, foi começado a construir em 1473, sendo fundado por Luís Álvaro da Costa e situava-se no espaço agora ocupado pelo Jardim Municipal. Em 1865 seria demolido.
Demolição do Convento
Imagem da demolição em 1865 in ARM, colecção fotográfica Aragão Mendes Correia, n.º 591. Editor: Fotografias Vicente