Não é um "Monumento Desaparecido" mas na data em que redijo este texto é, sem dúvida, um monumento em degradação, senão em extinção.
A Ponte D. Maria II foi erigida em data incerta, embora apresente vestígios de construção romana. Mede aproximadamente, 103 metros de comprimento por 9 metros de largura e assenta sobre 12 arcos de meio ponto, com vãos desiguais; está construída em alvenaria de tijolo rebocada, com talhamares piramidais a jusante e montante, e um tabuleiro gradeado em Ferro. Foi referida por Henrique Fernandes Sarrão na sua obra História do Reino do Algarve, escrita por volta de 1600.
A Ponte D. Maria teve obras de conservação em 1618. Teria sido danificada no Terramoto de 1755, foi reconstruída em 1783 pelo Capitão General Conde de Rezende; nesta remodelação, foram adicionados dois patamares com bancos, e uma lápide comemorativa. Em Novembro de 1805, 3 arcos foram destruídos numa cheia, tendo as reparações durado até 1807. Sofreu obras de renovação entre 1958 e 1960, tendo a placa comemorativa sido removida e guardada no Museu Dr. José Formosinho.
Desde Fevereiro de 2012 que a ponte rodoviária D. Maria II, um dos principais acessos à cidade de Lagos, está interdita ao trânsito automóvel e pedonal por apresentar "risco de colapso iminente".
Fontes parciais:
PAULA, Rui Mendes. Lagos: Evolução Urbana e Património. Vila Real de Santo António: Câmara Municipal de Lagos, 1992. 392 p.
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