Não é um edifício desaparecido, mas é sem dúvida um edifício muito alterado e ampliado, que merece uma publicação neste espaço.
Os terrenos ocupados pelo Hospital pertenciam ao senhor Luís Correia Pinto, da Freguesia de Resende, que ofereceu a sua "Quinta do Picotinho", hoje conhecida por "Quinta do Hospital", doando-a à Santa Casa da Misericórdia de Resende já constituída.
A escritura de doação foi lavrada e assinada, no Cartório Notarial do Bacharel Amadeu Aarão Pinto dos Santos, no Largo da República da Vila de Resende, no dia 25 de Março de 1935.
Hospital Regional de Resende
A primeira pedra da obra do Hospital foi benzida, por Sua Excelência Reverendíssima, o Senhor Bispo de Lamego, D. Agostinho de Jesus e Sousa, em 08 de Outubro de 1934.
O custo do edifício do Hospital foi de duzentos e sessenta e um mil e oitocentos e noventa escudos. Os donativos recebidos no concelho foram de 111.746$20. O estado contribuiu com 82.000$00, a Câmara Municipal de Resende com 30.000$00 e a Junta de Província do Douro Litoral deu 23.000$00, com o encargo de o Hospital receber e tratar os doentes dos concelhos de Cinfães e Baião, e essa a razão de ser do Hospital se chamar " Regional".
Em 16 de Julho de 1939, dia do 68.º Aniversário do Dr. Rebelo Moniz, e Festa Litúrgica de Nossa Senhora do Carmo, numa celebração solene, foi inaugurado o Hospital Regional da Misericórdia de Resende. Presidiu o senhor Bispo de Lamego, Dom Agostinho de Jesus e Sousa e o orador convidado foi o Dr. Francisco Correia Pinto, nascido em Caldas de Aregos e criado em Freigil, lente da Universidade de Coimbra, um dos maiores oradores do seu tempo, ilustríssimo resendense e cónego da Sé do Porto. Na inauguração do Hospital, já estavam presentes as Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Portuguesas, que, por influencia do Bispo da Diocese, Dom Agostinho, ficaram a dirigir o hospital logo no seu inicio e, mais tarde, também o Patronato. As Irmãs eram chefiadas pela superiora Irmã Francisca do Rosário, que se manteve à frente da comunidade até 1974, data em que as Irmãs saíram definitivamente de Resende.
As Irmãs eram tudo naqueles tempos: enfermeiras, professoras e parteiras tanto no Hospital como no Patronato.
Fonte:
- Santa Casa da Misericordia de Resende
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