A Sé de Lisboa, ou Igreja de Santa Maria Maior, localiza-se na capital de Portugal.
Actualmente é a sede do Patriarcado de Lisboa e da Paróquia da Sé. A construção da Sé teve início na segunda metade do século XII, após a tomada da cidade aos Mouros por D. Afonso Henriques, e apresenta-se hoje como uma mistura de estilos arquitectónicos.
Esta construção está classificada como Monumento Nacional desde 1910.
Possuindo este edifício, muito conteúdo para se falar e debater, vamos no entanto, nesta publicação, apenas nos focar nas grandes obras de restauro, realizadas já no século XX.
Tendo sofrido ao longo dos anos, muitas alterações e acrescentos, grande parte das adições da era barroca foram retiradas a partir de uma grande campanha de restauro que ocorreu na primeira metade do século XX, cujo objectivo foi devolver à Sé algo de sua aparência medieval.
Sé de Lisboa. Fachada principal no século XIX, antes das
intervenções de Augusto Fuschini e António do Couto Abreu
intervenções de Augusto Fuschini e António do Couto Abreu
Sé de Lisboa. A Catedral em início do séc. XX
O primeiro encarregado dos trabalhos, em 1902, foi Augusto Fuschini, que planeou um edifício revivalista em estilo neogótico. Augusto Fuschini demoliu algumas construções que flanqueavam a igreja, reconstruiu abóbadas, restaurou e abriu janelas e coroou de ameias o edifício.
Sé de Lisboa - Projecto de Augusto Fuschini
Restauro da Sé, no olhar de Augusto Fuschini
Sé de Lisboa. Fachada principal com as obras de Fuschini
Sé de Lisboa. Fachada principal com as obras de Fuschini já mais adiantadas
Após a sua morte, em 1911, o projecto de restauro foi retomado e modificado por António do Couto Abreu, que passou a privilegiar as estruturas medievais ainda existentes. Foi reconstruída a abóbada da nave central, a fachada foi restaurada e refeita a rosácea, além de muitas outras alterações que deram ao edifício a aparência neo-românica que tem hoje.
Nos planos estava incluída a construção de uma capela-mor neogótica, mas a oposição de figuras como os arquitectos Raul Lino e Baltasar de Castro salvaram tanto a decoração pós-terramoto da capela-mor como da Capela do Santíssimo.
Sé de Lisboa após as obras. Calótipo de Fionnbahrr Ó Súlleabháin
Após as reformas, a Sé foi reinaugurada em 1940, numa grande solenidade promovida pelo Estado Novo. Um Te Deum foi celebrado na Catedral no dia 05 de Maio de 1940, abrindo as cerimónias de celebração do 8.º Centenário da Fundação de Portugal e o 3.º Centenário da Independência.
A Sé também foi importante na celebração do 8.º Centenário da Conquista de Lisboa aos Mouros, em 1947.
Fontes parciais:
- Arquivo Municipal de Lisboa (AML)
- BN
2 comentários
Existiu preconceito contra o barroco no inicio do sec. XX?
10 de março de 2017 às 19:26Em Portugal os "monumentos" foram basicamente todos destruídos pelo barroco!
24 de novembro de 2020 às 11:46Enviar um comentário